29 agosto, 2012

[Never] Prólogo

Beeh: Hey povo *O* Mais uma fic minha e a minha primeira com o Yurizito *O* É, eu sei que eu não deveria postar mais uma, mas eu não me controlo, a história vai se formando e eu TENHO que escrever, e a culpa é do Yuri que me convenceu a embarcar nessa tbm u_u. Alguém adivinha quem escreveu cada pov? kkkkkkkk Ganha o Draquito quem adivinhar, brinks ele é meu, tirem os olhos >.< HSUHDSUDHS!
Yuri: Ainda bota a culpa em mim, u_u! KKKKKKKKKKK! Hey povo! Bem, eu tive que escrever essa fic quando eu tive a idéia dela, e a Gabes parecia ser a pessoa perfeita pra escrever ela comigo, né, dona Gabes, u-u? Enfim, esperamos que gostem, gente! Até lá em baixo!


Hermione's Point Of View

Hermione olhou fixamente pela janela do carro de seus pais e fechou os olhos com ternura.

A carta de Hogwarts ainda permanecia em seu bolso desde que ela havia deixado sua casa, à caminho da estação de King’s Cross.

Em sua mente, abria-se um longínquo clarão de diversos pensamentos, cujos mesmos a garota decidia guardar para si mesma.

Sua sina.

Ah, como ela tinha o poder degradante de arruinar-lhe a vida; suja e odiada por aqueles cujo sangue puro tomava-lhe as veias. Hermione lera tudo sobre ela.

Ela pensava em quantos problemas seriam-lhe cobertos; quantas humilhações seriam-lhe impostas; quantas peças seriam-lhe pregadas... Pelo simples fato de Hermione não ter nascido de um fruto bruxo.

Por ter nascido trouxa.

A garota apertou os olhos com fervor e sentiu os cílios saliarem-lhe a pele. Seus olhos chorosos encobriam-se de lágrimas, mas ela os mantinha firmes, mesmo que encobertos por suas pálpebras.

Seus ouvidos captaram o agudo som da buzina do carro dos pais, e o estridente som da voz do homem que dirigia logo à frente, gritando algo que Hermione não pôde ouvir.

Ela tampouco ligava.

Apertou os livros que mantinha presos aos braços e apertou-lhes com força.

A única coisa que lhe acalmava a alma, o pensamento e até mesmo a escuridão que outrora lhe era imposta.

Ela olhou de relance para o lado, e observou as ruas de Londres com louvor. Eram tão lindas. O asfalto impecável era encoberto pelas mais diversas pessoas que nem mesmo Hermione Jean Granger poderia distinguir. Elas deixavam-lhe rastros de pegadas que, em meio à tantas, se perdiam em uma só colisão.

Eram tantos os edifícios... Rodeavam a rua em um alinhamento sem igual, erguendo um majestoso lote que se prolongava em constante seguimento.

Como Londres era-lhe especial... As emoções que outrora vivera ali mesmo, naquelas ruas... Tomariam-lhe a memória e o coração para sempre...

Apenas a simples lembrança daqueles momentos consumia-lhe a alma... e isso doía.

A garota desviou o olhar dali na mesma hora, e focou-os novamente em seus livros. Ah, como eles eram-lhe reconfortantes.

Tomou um a mão e abriu-lhe com leveza, deixando os outros sob as pernas. “Eros & Psyque.”

Este, ganhara de presente da mãe, em uma visita rápida à Floreios & Borrões para comprar os livros da escola. Hermione desembrulhara-lhe ofegante e ansiosa, ali mesmo, após de um grande abraço à mãe.

Uma mulher com curvas magníficas pousava na capa, ao lado de um homem, ambos cobertos por um manto branco, cobrindo-os do pescoço à baixo. O homem continha deslumbrantes asas nas costas, e cortejava a mulher, enquanto a mesma trocava carinhos com ele. As letras transpareciam em dourado, em uma fonte singela, rabiscada ao rodapé. As folhas do livro eram amareladas e borradas nas pontas. Folheou-as com carinho, e partiu para a leitura. Passou a introdução não muito entusiasmante e os créditos e dedicatórias. Seus olhos avistaram o Capítulo Um e as tantas letras que o compunham. Ela irradiou no mesmo instante.

Tocou com os olhos as primeiras palavras, mas o rangido do freio estalou pelo carro, atrapalhando a leitura; eles haviam chegado à estação.

Ela rapidamente fechou o livro e tomou os outros a mão, guardando-os em sua bolsa, qual colocou de relance no ombro.

Desceu do carro em um entusiasmo incomparável e sorriu, contemplando a grandiosa estrutura que se erguia acima de sua cabeça.

Seus pais rapidamente trouxeram-lhe um carrinho, onde colocou suas maletas, malas, bolsas e os mais diversos livros.

Sorridentes, entraram na estação e atravessaram o salão de entrada, disparando à escada, que os levou para as mais diversas plataformas que seguiam em perfeito alinhamento, nos mais diversos lados.

Mas apenas uma plataforma, ou duas, no caso, era importante naquele momento. As plataformas 9 e ¾.

A plataforma que dava acesso ao expresso de Hogwarts, e que se encontrava em uma barreira entre as plataformas nove e dez. Hermione lera isto em um livro, e firmara-se curiosa por este momento desde que descobrira sobre o mundo da magia.

Então, a família Granger caminhou até as plataformas. As plaquinhas se alinhavam frente à frente, em cada plataforma, ao redor da estreita barreira de pedra que as dividia.

Hermione virou-se aos pais; os olhos marejados pelas lágrimas. Sorriu inocentemente e deixou uma única lágrima cair. Afinal, aquilo não seria um adeus. Correu até eles e abraçou-lhes com força.

– Sentiremos sua falta, querida – disse a mãe, dando um beijo do lado direito do rosto da filha, enquanto o pai ocupava o esquerdo, como sempre faziam.

A garota sibilou um risinho e disse-lhes:

– Também sentirei, mãe.– Beijou o pai de leve na testa.

– Bem... Aqui nós ficamos, querida – disse o pai, separando-se da mãe e filha, que fizeram o mesmo.

– Sim... – disse Hermione, e com desenvoltura, jogou-lhes um beijo. – Adeus, mãe, pai.

– Adeus, querida – disseram-lhe os pais.

Hermione virou-se com leveza e encarou a estrutura de pedra que erguia-se notoriamente à sua frente, e tremulou de leve. Curiosidade, acima de tudo, elevava-se junto ao temor da garota.

Seria tudo aquilo um sonho? Ou a realidade realmente a envolvia em uma teia de profundas emoções e sentimentos? Será que a magia realmente existia? Ou será que aquilo tudo não se passava somente em sua mente fértil, durante um simples cochilo noturno?

Só havia uma maneira de descobrir.

Hermione posicionou o carrinho e a si própria devidamente alinhadaà barreira. Suspirou.

De um passo, seguiu-se vários, e a garota chocou-se contra a barreira.


Draco’s Point Of View

Draco Malfoy era criança incomum. Julgá-lo parecia impossível, assim como entendê-lo. Todos os que o faziam, cometiam erros, ele confundia a qualquer um. Seus gestos eram os mesmos de uma criança adorável, sabia ser dócil, tinha carisma para tocar a mais carrancuda pessoa. Draco era um menino extraordinário. Sua aparência era a de um pequeno príncipe e qualquer um julgaria que ele recebera a mais fina educação, visto que seu sangue nobre e reputação o precediam. Os dedos ágeis foram treinados perfeitamente para tocar a mais bela composição no piano, sua mãe o ensinara, ainda que o pai discordasse. Música era algo inútil para Lucius Malfoy, que rapidamente instruíra o filho a reconhecer aspectos da Magia das Trevas. Os olhos azulados naturalmente encontravam traços de Magia Negra.

E com tal educação estaria para se tornar também um dos melhores bruxos de sua geração, ainda que fosse uma simples criança, porém excepcional. Draco iniciaria seus estudos numa das mais conceituadas escolas de magia e bruxaria: Hogwarts.

Tão precoce menino estava agora fitando seu reflexo no espelho. Os olhos cinzentos eram uma tarde tempestuosa. Lucius ensinara-o a não ansiar nada, o nervosismo era para os fraco, entretanto, Draco estava nervoso. A perspectiva de estudar numa escola como aquela o deixava anestesiado de tanta euforia.

Ele fitou-se uma última vez antes de ouvir um estalo forte em seu quarto. O elfo Dobby o olhava.

– Sua mãe o chama, menino Malfoy.

Ele fizera-lhe uma reverencia tão exagerada que seu nariz tocou o chão. O menino ignorou o elfo e saiu de seu quarto, descendo rapidamente as escadas da opulente mansão. Nas paredes ricamente decoradas, os retratos de seus antepassados acompanharam seus passos até o hall de entrada, onde sua mãe arrumava a camisa de seu pai, perfeitamente polidas e negras. O homem era alto e era facilmente perceptível que a maior parte de suas feições eram vistas nas do filho. Os olhos ora azulados, ora cinzentos. Os cabelos loiros, longos no pai, curtos no filho. A expressão arrogante na face. A postura nobre. A mãe, por outro lado, trazia no rosto as características dos Black, o modo superior, os gestos de uma lady, a impetuosidade e olhos atentos e esperto. Draco era a cópia de seu pai, mesclada com a superioridade e impulsividade dos Black.

– Draco, meu amor, desça logo, ou irá perder o Expresso – Narcisa Malfoy falou, olhando para seu menino e terminando de ajeitar as vestes do marido.

Era visível que o homem estava incomodado, Narcisa sabia o porquê. E Draco também. O menino ouvira uma das discussões dos pais. O problema era ele. Lembrava-se das palavras de Lucius. O fato dele não querer que o filho fosse para Hogwarts, mas sim para o Instituto Durmstrang. Draco não queria nem imaginar como seria viver num lugar tão frio e ficou mais do que feliz ao ver a mãe discordar.

“Você não vai levar meu filho para tão longe!” Narcisa Malfoy falou.

Agora, vendo a expressão do pai, Draco sabia que ela tinha muita coragem para bater de frente com o pai. Temia-o ao passo que também o admirava.

– Sim, mamãe, vamos... – Draco falou terminando de descer e viu seu malão ali perto – Aliás, como iremos?

Draco sabia que a mãe odiava pó de flu, deixava as vestes imundas, fora que essa não era a melhor forma de transporte.

– Uma chave, é claro – sua mãe falou pegando um pente que estava em cima de uma mesinha – temos mais dois minutos antes de partir.

A loira aproximou-se do filho e beijou-lhe a face.

– Ainda temos tempo para nos despedir, mamãe... – Draco reclamou, porem deixou a mãe beijá-lo.

Era bom receber algum carinho, ainda que fosse somente de sua mãe. O pai mantinha-se mais afastado, pegou o seu malão e o puxou para mais perto.

– Draco... – Narcisa começou – Eu quero que você aproveite a escola o máximo que puder, não arranje confusões e não deixe nunguém pisar em você, meu menino. Você é um Malfoy, tem sangue Black. É melhor do que todos ali juntos. E escreva-me.

– Mamãe, eu voltarei em alguns meses, não estou indo para sempre.

– Escreva-me Draco!

– Okay! Eu escrevo – o pequeno loiro falou e se afastou da mãe ao ver o pente de madeira brilhar. – Temos que ir.

Narcisa estendeu o objeto, Draco o tocou ao menos tempo que o pai fechou suas mãos sobre as mãos do filho e da esposa. E juntos partiram da mansão Malfoy. Draco sabia que tudo mudaria naquele dia. Seu coração deu um solavanco.

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