29 agosto, 2012

[Anywhere but here] Capítulo 2

A menininha segurava um enorme álbum de fotos no colo e soltou uma risadinha ao ver alguém conhecido.

– O tio Rony está ridículo com essa roupa, mamãe!

A mulher olhou para a foto e viu o amigo vestido com seu traje de gala para o baile do Torneio Tribruxo. Aquilo fazia anos, mas provocou uma risada gostosa nela.

– Eu sei, minha pequena... – a mulher falou. – Mas acredite, a foto está bem melhor do que a cena ao vivo e a cores!

– Está brincando, né? O tio Rony está horrível! – um menininho loiro falou subindo na cama e pulando no colo da moça.

– Já disse para não falar assim do seu tio... – a mãe ralhou com o menino.

– Mas Jean também falou, mamãe...

– Não brigue com nenhum deles, a mini-Hermione também falou mal do pobretão, como Hyperion disse. Ambos tem bom gosto! – um homem falou surgindo a porta.

– Draco! – a mulher falou erguendo-se e levando o menino consigo no colo. – Hoje é Natal, não vá brigar com meus amigos...

– Eu vou ganhar presentes, mamãe? – o menininho contestou, olhando da mãe para o pai.

– Não sei, Hyperion, você não está sendo um bom menino ultimamente.

– Hermione! Ele só tem três anos, não pode ficar maltratando-o assim... – Draco ralhou ao ver o filho fazer cara de choro. – E aguentar o Potter não era o que eu tinha planejado para o natal...

– E o que você planejou papai? – Jean perguntou inocentemente ainda olhando o velho álbum.

Draco jogou-se na cama, ao lado da filha e passou as mãos pelos cabelos aloirados da menina.

– Quantos anos você tem mesmo?

– Sete! – ela levantou uma das mãos e o dedo indicador da outra.

– Hm, quando você tiver trinta anos faça-me essa pergunta novamente...

– Draco! – a mulher ralhou com o marido e o pequeno Hyperion desceu de seu colo, para ir junto à irmã novamente.

– É você nessa foto, mamãe? – o loirinho perguntou, apontando para uma velha fotografia dos tempos de Hogwarts, uma na qual Hermione trajava um longo vestido e dançava com seu pai.

Hermione a olhou e lembrou-se daquela noite.

– Sim, meu bem, sou eu e o papai.

O menino foi falar algo, mas nesse momento ouviu um estalo. Duas cabeças loiras olharam pela janela do quarto e sorriram.

– Tia Gina está aqui! – o menino falou e saiu que nem louco para atender a porta.

– Espera! – Jean falou.

A menina saiu embestada atrás dele e Hermione se pôs a rir.

Poderia esperar tudo, menos por aquilo. Comemorar o Natal com seus filhos, amigos e Draco... era algo que no passado ela nunca imaginaria.

– Por que está sorrindo? – Draco contestou.

– Por nada... só estava me lembrando de tudo. E do quanto você era feio naquela época! – Hermione brincou.

– Feio? – Draco ficou escandalizado e pegou o álbum das mãos dela. – Olhe para a minha beleza! Sou um lindo, Hermione. Admita!

Ela fitou novamente a foto.

– É... você dá para o gasto...

O loiro fechou a cara e avançou ameaçadoramente para a mulher.

– Dou para o gasto? – perguntou e a segurou pelos braços.

– Draco, não! – Hermione pediu, mas Draco não a atendeu, começou a fazer-lhe cócegas e ela morreu de rir. – Draco... DRA... PA... RA!

– Diga que sou lindo.

– Voc... você é... lindo! PARA!

– Diga que é minha...

– É sério... para! – pediu novamente, e ele continou. – Okay, okay, eu sou sua!

– Diga que me ama!

– Eu estou cansando desse jogo, Malfoy! Você vai me beijar de uma vez, sim ou não? – Hermione contestou fazendo uma falsa cara de brava e Draco riu da expressão dela.

– Sim, senhora! – falou e tomou-a nos lábios como dois adolescentes apaixonados, traduzindo nesse toque a necessidade de tê-la para si. Sentindo-a como nunca, desejando-a como sempre.

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