Incantatem

Por que me afastar? Porque éramos inimigos e como tais nos odiávamos. Porque eu era uma Weasley e ele um Malfoy. E principalmente porque estávamos em guerra declarada!

Magic and Mistakes

Hermione volta a Londres depois de dois anos. Ela cresceu e já não é a garota de antes. A guerra contra Voldemort teve seu fim e, agora, nada impede ela de ficar com Draco Malfoy. Isso era o que ela pensava. Em meio às mudanças da sua vida, novo emprego e uma nova casa, perceberá que Draco também tem sua própria vida. No entanto, acabarão sendo um dos casais mais conhecidos do mundo bruxo, algo que não esperavam. As consequências de seus atos se tornarão mais perigosas. Magia e erros, porque nem sempre se pode prever o futuro.

Por Culpa do Destino

Seria certo passar por cima de uma guerra por amor?

Imperius

Ele me olhava com aquelas orbes cinzentas como se estivesse arrependido do que me fizera. Eu fora uma tola, uma estúpida e iludida, afinal, como diabos Draco Malfoy se apaixonaria por uma sangue-ruim, nem ao menos a maldição imperius causaria isso. - Deixe-me explicar - ele pediu, sussurrava, sua voz estava quebrada.

Inimicum

Hermione Granger por anos foi uma pessoa amarga e nunca soube ao certo a razão de Draco a abandonar. Agora ela é uma auror e ele um comensal, entretanto um encontro faz com que ambos voltem ao passado e segredos sejam revelados.

14 outubro, 2012

[Imperius] "I like you, but..."


N/a Annah: Oie minhas lindas! Vooltamos! Peço que nos desculpem pela demora. Mais aqui está o terceiro capitulo da fic *--* Espero que vocês gostem, e não deixem de comentar! Beijos sabor Draco Malfoy! (Ele é meu... u.u kkkkkkkkk;p)Obs: Capa maravilhosa feita pela Beeh! *-* Créditos a ela!Enjoy!


Pov. Hermione
– Mione... – Escutei a voz do Harry atrás de mim e me virei.
– Oi Harry! – acabara de sair do meu quarto, havia acordado de muito bom humor hoje que nada poderia estragar meu dia, nem o Malfoy o jeito estranho que ele estava me tratando, ontem a noite ele me pediu desculpas.
Flash Back ON
Havia acabado de sair do meu refúgio, minha biblioteca, não estava com fome, ver o Rony ignorando-me era algo novo para mim, e não era tão fácil de lidar como eu pensava que seria.
Andava pelos corredores vazios, pois todos estavam comendo. Mas tinha um lado bom em estar sozinha, conseguia organizar os meus pensamentos e observar a decoração de Hogwarts, que em geral não podia observar com o tumulto de alunos.
– Mione! – falou uma voz ofegante, me virei assustada, Rony parecia cansado e fez sinal pedindo um minuto, eu sorri um pouco e assenti.
– O que faz aqui Ron? – perguntei chegando mais perto dele.
– Estava te procurando – disse arrumando sua franja, meu coração bateu um pouco mais forte e eu não parava de sorrir.
– Estava na biblioteca – disse.
– Quando eu fui lá estava vazio... Enfim, Mione, queria pedir desculpas, eu sei que você só queria me ajudar, mas na hora... Meu ego masculino ficou ferido! – falou o final secando as lágrimas mentirosas, brincalhão, não tem como eu sentir raiva dele e o empurrei de leve para trás e começamos a rir.
– Te perdôo Ron – falei e ele me abraçou, sentia-me tão feliz que queria gritar.
Flash Back OFF
– Oi Mione! – falou meu ruivinho arrumando o gorro em sua cabeça e tentando não derrubar seus livros.
Somente quando o Harry pigarreou lembrei-me que estava sorrindo como uma idiota em direção dele.
Olhei para Harry que segurava uma risada e eu bati nele com o meu livro.
– O que aconteceu? – perguntou o Ron olhando para nós dois.
– Nada – respondemos ao mesmo tempo, enquanto Harry passava a mão aonde meu livro tinha batido
É, com certeza Harry sabe que eu to gostando do Rony.
Isso é mal, não que eu não confie no Harry, mas por que tenho medo do que ele possa dizer.
– Eu hein... Vocês estão estranhos! – falou passando em nossa frente.
Harry ao contrário do que eu esperava, ele não falou nada e sorriu.
– Vamos!
Assenti, realmente tenho sorte de ter amigos como Harry e Rony.
Pov. Draco
Fazia um mês que aquela maldita aposta havia começado, eu me odiava só por ser obrigado a tratá-la bem e observá-la mesmo sem perceber, os seus traços delicados, o modo como seus lábios rosados se formavam em um bico quando ela estava entretida demais com algum livro e... Merda! Merda! Porque eu pensando nisso?
“Ela é uma sangue-ruim! Ela é uma sangue-ruim!” repetia isso em minha cabeça como se fosse um mantra. Por Merlin! Não podia ficar observando ela dessa maneira.
E só para melhorar estou numa aula nada interessante com um professor nada interessante também, Pansy está cada vez mais grudenta e chata, e graças ao Blaise ela fica querendo saber que aposta que eu fiz com ele. Eu ainda acabo com a raça daquele maldito idiota!
Pov. Hermione
Mais um dia de aulas havia acabado, mas eu estava feliz. Apesar de ter fazer vários trabalhos comunitários durante algum tempo graças aquele sonserino idiota, que eu por sorte não havia visto fazia um tempo. Merlin finalmente teve pena de mim.
Terminando de arrumar e limpar as pilhas de livros da biblioteca, eu sorri com o trabalho concluído, e pegando meu material eu deixei a sala, já havia passado do horário para recolher, mas se alguém me pegar eu diria verdade, que cumprindo parte do trabalho que o Snape me designou. Não era mais estranho para mim, afinal, eu já estava acostumada a quebrara as regras, mas por boas razões.
Os corredores estavam pouco iluminados, e eu percebi risos e palavras abafadas, que logo se cessaram. Provavelmente eles me viram.
– Lumus! – disse apontando minha varinha para frente e assustei-me, o Rony estava lá, ele pareceu estar assustado com a minha presença.
– O que faz aqui esse horário? – perguntou ele chegando mais perto de mim.
– Iria perguntar a mesma coisa – respondi.
Pov. Draco
– Fica mais Draquinho! – disse a irritante da Pansy enquanto tentava sem sucesso me puxar para sua cama. Sinceramente, já estava cansado dela, mas ela ainda é boa de cama.
– Já tenho que ir – falei seco e coloquei minha calça e em seguida minha camisa sem me preocupar com aquela gravata, coloquei-a de qualquer maneira.
– Draquinho... – Nem escutei o que ela quis dizer, havia fechado a porta ignorando-a.
Mesmo querendo aquela sangue-ruim não me saia de minha cabeça e quanto mais isso acontecia, mas eu queria matar o Blaise.
Passava pelos corredores somente com o barulho de meus passos nos corredores mal iluminados, não tinha medo de ser pego e muito menos do escuro, desde pequeno minha casa sempre fora mais assustadora que o fato de estar Hogwarts, e agora com Voldemort e outros comensais da morte lá, eu não sinto nenhuma vontade de voltar para aquele local mórbido.
Até que todos meus pensamentos são lançados para longe quando vejo o Weasley e a Granger naquele corredor escuro, escondo-me extremamente curioso, afinal... não é todos os dias que eu os vejo quebrando as regras.
– O que faz aqui esse horário? – perguntou o Weasley
Deixou-me estranhamente aliviado ao saber que ele parecia estar surpreso com ela lá, a Granger mantinha a varinha em seu rosto, ela parecia estar petrificada.
– Iria perguntar a mesma coisa. – Ok, ela com certeza não está petrificada.
– Eu perguntei primeiro – falou ele abaixando a varinha
– Eu estava voltando da biblioteca, tinha que arrumar uma pilha de livros, tudo isso graças ao idiota do Malfoy! – cuspiu meu nome, mas eu não deixei de sorrir.
Por mais que odiasse admitir, Blaise tinha razão, eu adoro provocá-la, não está sendo nada fácil não fazer isso.
Eles não falaram nada por um minuto, e eu já estava ficando entediado lá.
– Ron... Tenho que te contar uma coisa! – falou a Granger parecendo nervosa, fiquei curioso, admito. O que a sangue ruim iria querer dizer para o covarde pobretão?
– Fala – pediu parecendo meio desconfortável
– É que... Bem, eu estou apaixonada por você, eu sei que é repentino, e até estranho, mas é o que eu sinto! – falou ela.
Quase caí do local onde estava, deixou-me surpreso, jamais teria pensado nisso. Segurei uma risada apesar de lá no fundo eu sentir algo estranho.
O cabeça de cenoura pareceu desnorteado e se afastou dela assustado e não disse nada.
– Ron, por favor... – disse ela chegando perto dele, não dava para ver sua expressão, mas pela voz ela parecia chorar.
– Hermione, eu gosto muito de você, mas como minha melhor amiga e nada mais que isso! Desculpe-me! – falou e em seguida a Granger saiu de lá correndo, a luz foi embora, fiquei indignado. Como o cabeça de cenoura a deixou ir?!
O Weasley foi para o lado oposto ao da Granger, e assim que ele saiu, fui atrás da Granger, não sabia o porquê de estar fazendo isso, afinal eu a odeio, mas algo está me puxando para lá, não podia deixar ela sofrendo pelo idiota do Weasley, ela não merecia isso.
Pov. Hermione
Como eu pude ser tão estúpida?! Onde eu estava com a cabeça na hora que eu me declarar para o Rony? O resultado não foi como eu esperava, Rony nunca vai me ver como namorada somente como amiga. E o resultado disso: Hermione Granger acabada no chão, sentada de qualquer jeito em algum corredor qualquer que eu não fazia menção de saber, nunca havia chorado tanto em toda minha vida, e a cada vez só ficava pior, talvez aquelas risadas... Ele esteja com alguma lá, mas ela conseguiu fugir antes dele. Eram tantas coisas que se passavam em minha cabeça, que nem notei uma voz, estava mais melodiosa que o normal, deveria ser por causa do eco ou sei lá o que.
– Granger, o chão já está limpo, não precisa de você limpando ele! – falou o Malfoy com um sorriso irônico nos lábios, mas seus olhos acinzentados demonstravam outra coisa... Ele parecia preocupado, será? Não, claro que não.
– O que veio fazer aqui, Malfoy? – perguntei lutando para que minha voz não saísse como um sussurro choroso, mas infelizmente não obtive sucesso. Sequei minhas lágrimas, odiava mostrar fraqueza perto dele. Escutei ele falar algo baixinho, mais para si mesmo, e em seguida para a minha surpresa ele sentou-se ao meu lado encostando a cabeça na parede fechando os olhos como se estivesse pensando, não pude não admirar aquela face tão rígida, mas ao meso tempo tão delicada. Ele é lindo! O QUE? “Ele é um sonserino estúpido que vive te atormentando!” pensava tentando respirar tranquilamente, e novamente sem obter sucesso. Mas é tão estranho eu estar ao lado do meu pior inimigo sem nos falarmos, e pior ele estava tão perto que eu sentia seu cheiro delicioso.
Corei com meu próprio pensamento e percebi que ele me olhava, não conseguir distinguir o que aqueles olhos acinzentados como o céu nublado queriam dizer.
– O que você quer Malfoy? – perguntei novamente inebriada
– Você não merece ficar chorando dessa maneira, principalmente por alguém como o cabelo de cenoura! – falou ele assustando-me.
– Quem mandou você escutar a conversa? – perguntei, ou melhor, gritei afastando-me um pouco dele, mas lá no fundo eu estava um pouco mais aliviada com as suas palavras.
– Não precisa mandar para eu escutar Granger, pensei que já soubesse disso! – respondeu.
De fato eu sabia, mas estava surpresa, ele está tentando me consolar? O máximo que ele faria era me zoar pelo resto da minha vida, por isso que eu acho que ele está tramando algo. Observei-o novamente, nossos olhares se encontraram, não conseguia enxergar nenhuma brincadeira por trás deles.
– Manda o Weasley ir à merda e viva sua vida, Granger – falou por fim surpreendendo-me novamente, e sem querer eu sorri. Era incrível o que o seu pior inimigo poderia te ajudar em uma hora dessas.
– T-te-nho que ir... – disse.
Merlin, eu não acredito que gaguejei!
Ele assentiu e se levantou primeiro que eu, e novamente me ofereceu sua mão, pensei um pouco, mas finalmente aceitei. Ele não teve problema algum em me levantar, e arrumei a saia mais vermelha que um tomate. Nem havia percebido que quando estava sentada, ela estava arriada e apareceu a minha perna quase toda.
– Não se preocupe, Granger, olhar não tira pedaço! – sussurrou no meu ouvido sedutoramente causando-me arrepios, e soltei sua mão.
– Vai à merda você também, Malfoy! – gritei mais nervosa por ele ter me visto daquela maneira e a forma como ele causou reações em meu corpo. Enquanto me afastava escutei-o rir.
Eu mereço...

N/a Beeh: Um fato... a Annah arrasa nos caps u.u primeira dramione dela e eu aqui de boca aberta lendo essas cenas com o Draco gostoso u.u Queria só me desculpar pela demora, eu e a Annah estamos FERRADAS esse ano com escola/vestibular e derivados, espero que entendam :*

[Imperius] I Hate You Malfoy!

N/a Annah: Genteeeeeeeeeeeeeeeeeee! Que emoção!! 10 Reviews?!o E olha que só pedimos 5! Continuem sempre asssim! u.u kkk Agradecemos muito o incentinvo, e como prometido aqui está o primeiro capítulo! Espero que gostem! *Sei que vão gostar! u.u kkkk Beijos sabor Draco Malfoy!


Pov. Hermione
O dia parecia perfeito pela janela de meu dormitório, o sol ainda parecia tímido e aparecia aos poucos pelo horizonte, a paisagem estava perfeita, até ele aparecer... Draco Malfoy, como eu odiava. Sonserino, arrogante, metido, e infringi as regras por diversão.
Ele andava calmo e elegantemente pelo belo jardim de Hogwarts, não sabia o que a doninha de cabelos melados estava fazendo àquela hora da manhã acordado e muito menos, porque eu estava curiosa ao seu respeito. Observei-o passar suavemente as mãos nos seus cabelos que estavam bagunçados pelo vento, ele parecia esperar alguém...
–HERMIONE!- gritou Gina estressada, praticamente pulei de susto e escutei sua gargalhada estrondosa ecoar pelo quarto
–Por Merlin Gina! Que susto! – disse pousando andando um pouco e sentando-me em minha cama.
–Você não me escutava. O que você olhou de tão importante?- perguntou ela sentando-se ao meu lado curiosa
Minha face ficou rubra, jamais contaria a Gina que eu estava observando Draco Malfoy, e nem eu sabia por que fazia tal ato, na verdade, eu nem havia percebido.
–Vamos nos atrasar para a aula, Snape odeia que cheguemos atrasados. – disse mudando de assunto e levantando-me da cama
–Hum... Quem será de tão importante, que você não me falou?!- perguntou ela colocando mecanicamente uma das mãos em meu ombro.
–Ninguém. – menti esperando que ela acredita-se e em seguida peguei meus livros e os pergaminhos para as aulas.
Ela sorriu um pouco e amarrou seus cabelos demoradamente
–Se você não quer me falar... Eu descubro!- Falou em tom de desafio e saiu na frente.
“Ótimo...” pensei sarcasticamente
[...]
Os corredores de Hogwarts nunca pareceram tão longos e sinuosos, Gina estava conversando com Harry animadamente e parecia ter esquecido sobre o assunto, já Rony permanecia calado, como se avaliasse o que fosse me dizer.
–Aconteceu algo, Ron?- perguntei preocupada, não podia negar, afinal e tenho uma queda por ele... Ou melhor, um tombo por um dos meus melhores amigos.
Ele pareceu pensar um pouco e sua boca se abriu para ele dizer algo, mas infelizmente aquela voz ecoou pelo local.
–Vão ficar ai parados no meio do corredor como dois idiotas ou posso tirá-los a força?- perguntou o Malfoy com um sorriso sarcástico, nem havia percebido. Harry e Gina nem estávamos à vista, e tínhamos parado em pleno corredor.
–Pode tentar Malfoy!- falou o Rony irritado
Malfoy esboçou um sorriso, um sorriso irônico, mostrando como se divertia com aquilo, não podia negar o quanto ele era lindo... O QUE? Meu Merlin, o que eu pensei?!
Malfoy pegou sua varinha parecendo aceitar o desafio, e Rony fez o mesmo parecendo inseguro.
Eu não ia deixar aquilo acontecer.
–Parem! É estritamente proibido fazer uso de magia nos corredores da escola, e pior ainda se for contra um aluno!- falei colocando-me a frente dos dois
O corredor estava ficando mais vazio, e eu sabia que aquele sonserino arrogante não iria se dar mal, caso ele fosse pego.
–Vamos Ron!- puxei o Rony pelo braço e fiz questão de passar por ele sem nem o olhar
–Mais uma vez sendo protegido pela sangue ruim Weasley?!-
Ignorei-o como podia, enquanto meu ódio por aquele sonserino só aumentava. Rony bufou, mas nada disse.
–Me solta Hermione!- falou o Rony assim que chegamos à porta da sala
–Desculpe. – falei meio corada ao perceber que não havia soltado o Ron durante todo o percurso
–Vamos entrar?- perguntei a abrindo a porta
–Porque você sempre insiste em se meter nos meus assuntos Hermione? -
–O que?- franzi a testa sem entender
–Malfoy sempre achou que eu fosse fraco, e que sempre preciso de alguém me protegendo... –
–Mas eu não faço isso por mal, Ron entenda, se nos atrasássemos... –
–Só não me ajude mais, entendeu?!- falando isso ele adentrou a sala deixando-me assustada e frustrada do lado de fora
[...]
Rony sentou-se ao lado de Luna, e eu sentei-me em uma mesa ao fundo da sala. Estava muito irritada e frustrada com o Ron, porque ele me tratou dessa maneira? Porque ele está me tratando de um modo tão infantil? Ele nunca ligou para as provocações do maldito Malfoy, e agora onde eu estou?! No fundo da sala, e ainda vou encarar o rosto nada contente do Snape.
[...]
Fazia alguns minutos que a aula de defesas contra as artes das trevas havia começado, todos estavam em silencio, enquanto a voz de Severous Snape preenchia o local, ninguém ousaria interrompê-lo, até que todos escutarem a porta de madeira envelhecida abrir em um estrondo ensurdecedor, fazendo todos prestarem a atenção em quem seria o doido que atrapalharia aula do Snape, até ele próprio, parou para olhar.
Claro, não poderia ser outra pessoa, tinha que ser ele! Draco Malfoy, ele pareceu nem ligar para todos que olhavam assustados, eu não fazia nem questão em perder esse tempo, olhava para o livro, mesmo não lendo nada, minha cabeça queria virar e encará-lo, mas eu não podia deixar!
–Malfoy, vá a minha sala do final dessa aula. – Pronto! Só foi isso que o Snape disse, nada de tirar da sala, ou fazê-lo se arrepender do que fez. Eu percebi até um pequeno sorriso quase se formar em seus lábios.
–Sente-se ao lado da Srta Granger. – Falou virando-se para pegar algo que eu nem dei atenção para o que poderia ser. Estava irritada demais com ele. Merlin me odeia! Não é possível, justo ao lado daquela doninha maldita! Forcei-me a não olhá-lo enquanto folhava meu livro tentando sem sucesso me concentrar. Malfoy sentou-se ao meu lado quase sem fazer barulho nenhum, mas aquele cheiro atiçou ainda mais a minha raiva, deixou-me tonta e encantada. Nunca havia sentido antes.
–Vai fingir que está lendo alguma coisa até quando Granger?- perguntou, e eu olhei diretamente para o Snape que pareceu nem ouvir, e se ouviu, não disse nada.
–Não te interessa doninha de cabelo seboso!- respondi seca
–Pelo menos eu não sou um sangue-ruim. – rebateu, e eu finalmente me virei para dar uns bons tapas nele, quem ele é para ficar me chamando de sangue-ruim?! Maldito sonserino
Controlei uma lágrima sair de meus olhos, jamais o deixaria me ver nesse estado e falei olhando seus olhos acinzentados frios e severos
–Não tenho sangue puro, mas pelo menos não será o meu pai que vai morrer preso em Azkaban!- falei e escutei a voz do professor Snape parar de falar e todos nos encararem, Malfoy estava vermelho de raiva, seus olhos transmitiam um ódio que me fez recuar um pouco.
–Jamais ouse falar de minha família! Garota de sangue ruim!- falando isso ele se levanta e irritado saí no meio da aula, batendo a porta em um estrondo terrível! Sorri um pouco, sentia-me um pouco mais vingada por todos aqueles anos, mas senti-me um pouco estranha porque pareça ter enxergado uma tristeza oculta por trás de tanto ódio.
–Granger, quero você na minha sala depois da aula!- falou auditório, e eu me levantei de minha cadeira e sem percebi perguntei irritada
–Mas por quê? Eu não fiz nada, foi o Malfoy que começou!- disse e depois me arrependi, Snape olhou-me como se fosse lançar um Cruciatus em mim a qualquer momento.
–Está repreendendo-me Srta Granger?!- perguntou
–N-não senhor... – falando isso me sentei novamente repensando sobre o que acabara de ter feito. Tudo culpa do Malfoy.
“Inferno!”- praguejei mentalmente




N/a Beeh: omg omg omg! geeeeente quantos leitores, isso que é felicidade! *O* continuam acompanhando porque eu sei que vcs vão se surpreender com essa fic! Para brigas e provocações hot: comente. Para confusões: acompanha. Para amassos com o Draco gostoso: RECOMENDEM PARA AS AMIGAS. Para mais informações: encham a paciência das autoras! UHSHUSHUSHUSS

[Incantatem] Albus's story


Estamos aqui hoje reunidos pela memória de Rosie Weasley, a garota nerd de Hogwarts que está prestes a ser assassinada pelo pai, Ronald Weasley, auror do Ministério da Magia, caçador, portanto, de bruxos das trevas.
Acusação número um: namorar Scorpius Malfoy, filho do seu inimigo, o babaca que vivia inclusive ofendendo minha mãe nos tempos de Hogwarts, babaca conhecido como Draco Malfoy, ou sogrão.
Acusação número dois: esconder isso do pai, Ronald no caso.
Acusação três: ajudar o primo, Albus Severus Potter, a esconder também o seu namoro com Alynna MacIntyre, filha de um bruxo que conspirou no passado com Lord Voldemort.
Sessão do julgamento aberta!
– Esconder um namoro. ESCONDER UM NAMORO, ONDE JÁ SE VIU ISSO? – papai ia dizendo pela centésima vez e eu rolei os olhos. Albus estava sentado ao meu lado de qualquer jeito, com os braços cruzados na frente do corpo e uma expressão de tédio na face.
Tio Harry tinha vontade de trucidá-lo, e eu agora não sabia onde o cara calmo estava. Tudo bem, esconder por alguns dias um namoro era até compreensível, mas por meses? Era um pouco insano, algo descuidado.
– Rose Weasley, como você sequer cogita namorar o filhote da doninha, como...
– Ronald, acho que Rose sabe muito bem o que escolher, e lembre-se de que Scorpius não é Draco – mamãe foi dizendo e eu sorri.
Ela estava do meu lado. Yeah!
– Meu amor...
– “Meu amor” nada Ronald, eu não quero ver você brigando com a Rosie por causa disso, não quando ela estava sim planejando te contar, mas você por ser um cabeça dura iria com certeza dar seu show, então não venha com meu amor e não comece a difamar o menino que você sequer conhece!
– Mione...
– E não quero saber de você proibindo-a de namorar, porque me lembro muito bem de você na idade dela! – mamãe foi dizendo e eu vi tia Ginny e Harry se entreolharem e trocarem sorrisinhos e eu me peguei super interessada no passado dos meus pais.
– O que papai fazia? – perguntei, aproveitando que a situação mudou totalmente.
Ambos me olharam e eu vi mamãe realmente irritada, não comigo, mas com as lembranças, e uma veia pulsava em sua testa. Ela então saiu bufando e papai foi atrás dela, tentando redimir-se. Eu, recém livre, olhei então para meus tios e eles riam.
– Er, o que foi isso? – perguntei.
– Sua mãe ainda não deve ter superado o primeiro namoro do seu pai, sabe? – tio Harry falou – Ela sofreu muito quando ele namorava Lilá Brown...
– E o Rony também ficou louco quando sua mãe foi a um baile com Vitor Krum, um jogador famoso de quadribol – Ginny completou e eu ri. – Mas agora, mocinho, uma coisa é a Rose esconder namorar o Malfoy, mas você não nos contar sobre si mesmo?! Não parece ser algo típico de você, meu querido – ela foi dizendo.
Albus suspirou e eu percebi que ele estava bem despreocupado, parecia inclusive melhor, agora que a carga lhe foi tirada dos ombros.
– Bem, você conhece os MacIntyre... – Albus falou diretamente ao pai. – Alynna já teve, bem... acesso a conhecimentos que vão além dos ensinados na escola, é algo de família, as mais tradicionais sempre instruem os filhos nas artes antigas. Com ela não seria diferente. Ally é incrível e uma bruxa magnífica, e poderosa como toda a sua família. Um dia eu estava todo atrapalhado tentando fazer um simples feitiço e ela aparece rindo. Uma garota que tinha acabado de entrar em Hogwarts! Eu tinha sido nocauteado pelo Malfoy no duelo daquele dia, e agora vinha ela tirar sarro de mim e me desafiar.
– E você aceitou? Duelou com uma garota do primeiro ano? – tia Ginny perguntou repreendendo o filho.
– Sim – Albus falou e suas bochechas coraram. – Eu aceitei, porque ela era muito irritante! – ele exclamou vi pura sinceridade e vergonha nele e em seguida ele estava mais vermelho. – Então ela me atacou e eu tentei repelir, mas o ataque era forte e...
– Uma garota te venceu?! – Harry falou transtornado e Ginny lhe deu um tapa no ombro.
– Garotas podem sim vencer, ouviu Sr. Potter? – ela falou e se virou para o filho. – Continue, querido.
Percebi que minha tia estava adorando a história de Albus e ele riu da cena entre os pais.
– Bem... nós brigamos depois disso e ela me azarou. Fiquei um dia inteiro na enfermaria até madame Pomfrey me fazer parar de me coçar inteiro. – Albus falou com certa raiva. – Toda vez que nos víamos eram apenas olhares de ódio um para o outro. Até o ano passado. O clube de duelos abriu e eu me inscrevi logo que soube. E quem eu ganho de par? Alynna. Ela era um ano mais nova, mas estava num nível superior aos outros de sua turma, então o professor a colocou comigo.
– Oh meu Merlin! – Harry exclamou – é por isso que você me pedia aulas de duelos antigamente? Você queria ganhar dela!
Tia Ginny olhou de um para outro. E sorriu. Albus estava da cor dos meus cabelos.
– Não, amor... – minha tia falou. – Albus queria impressioná-la.
Céus! Ela sabia tudo sobre o filho e sobre garotos, porque nesse momento Albus parecia parte da poltrona, visto que se afundou nela e colocou uma almofada no rosto, para evitar ver qualquer um, como se assim, também não pudessem vê-lo.
Então, nesse momento, ocorreu-me uma lembrança, algo que eu não fazia idéia de que ainda pudesse lembrar.

***


Uma garota de estatura mediana ergueu-se de forma nobre ao ser chamada. Ela usava uma saia de um cinza muito forte, quase negro e uma camisa branca. As meias três quartos e a sapatilha combinavam com ela perfeitamente. Não usava a gravata do uniforme e tinha já se livrado do pulôver que usava há pouco. Apenas o brasão esverdeado e com uma serpente destacava-se na frente de sua camisa, onde ela colocara o broche e aparecia nem se dar conta disso. Os cabelos negros estavam presos num coque. A garota parecia entediada.
Um homem olhou a sala, à procura de sua vítima. Ele era um senhor excêntrico, com vestes roxas e uma capa verde caindo-lhe pelas costas. Usava óculos na ponta do nariz e os cabelos eram de um castanho quase loiro.
“Sr. Potter?” o professor chamou procurando o garoto por entre os alunos. Meu primo me olhou entediado e eu dei de ombros e o empurrei para o meio do salão. Quando fitei a turma da sonserina, alguém me olhava fixamente e eu fuzilei o ser com os olhos. Scorpius Malfoy era um idiota e eu esperava que ele fosse nocauteado pelo duelista que fosse seu adversário.
“Cumprimentem-se” o professor pediu e meu primo fez uma reverência à menina sonserina. Ela fez o mesmo e eu percebi ambos sorrirem um para o outro. Outro aviso foi dado e o duelo principiou. Albus desviou do primeiro feitiço, porém quase foi pego pelo segundo. A garota tinha movimentos belos e leves, não duelava com violência, mas sim, calma. Como se aquilo fosse algo comum a ela e natural, o que eu não duvidava que fosse. Ela conjurou aranhas e as mesmas pularam de sua varinha e foram direto para Albus, que se assustou por um segundo. No outro ele as incendiou e pegou-a de surpresa. A menina preparou outro ataque, porém Albus já tinha sua varinha em sua direção. Ambos pararam, não se moveram por alguns instantes e fitaram-se de forma intensa.
“Muito bem, Sr. Potter” o professor falou batendo palmas. “Belos movimentos, Srta. MacIntyre!” completou, mas eu vi a garota fuzilar meu primo com o olhar.

***


– Ally queria me matar depois que eu venci, porém ela não o fez, obviamente. – Albus falou.
– E como vocês acabaram juntos? – perguntei estranhando aquilo tudo.
– Eu e ela? Rose, acorda! Eu gostava dela desde o duelo quando eu estava no segundo ano! No terceiro havia um sapo de chocolate dela nas minhas coisas, bem no dia dos namorados, não sabia que Alynna era a dona do presente, mas descobri depois, e no quarto ano, depois desse duelo, ela veio até mim e disse que eu era um ótimo duelista. – Albus foi falando. – Então eu a convidei para ir a Hogsmeade. Ela disse não.
– Céus! Por quê? – eu me peguei falando.
– Pelo mesmo motivo que você não queria falar sobre Scorpius. Pelo mesmo motivo que eu guardei segredo até agora.
Meu primo olhou para os pais e desviou o olhar logo em seguida. Eu me sentia meio péssima por dar tanta magnitude ao meu segredo quando Albus estava com mais problemas.
– Ainda não entendo, filho... – Ginny foi dizendo.
– Ally e eu começamos a namorar quando eu terminei o quarto ano. – Albus falou. – Desde então ela tenta dizer aos pais isso, mas é complicado, sabe? Como dizer, “hey pai, eu to namorando o filho do Potter, o cara que quase te condenou a Azkaban...” – respirou então de forma pesada. – Não dá... ela não consegue. E eu disse que só contaria depois dela.
Albus então olhou para a mãe como se fosse um bebê com fome e todo choroso. E só então eu percebi que não era só os filhos do trio maravilha que tinham problemas para lidar com essa situação. Alynna era sonserina. E namorava um grifinório. O mesmo acontecia com Scorpius. Céus! Ele seria torturado pelo Sr. Malfoy! O que eu faria sem o meu Malfoy?!
Foi então que eu vi Roxanne e Liam aparecerem na porta e sorrirem. Eles tinham as mãos juntas e minha prima parecia bem feliz.
– Adivinhem! Teddy e Vick então aqui! – Rox falou e Albus pulou de onde estava. Agora bem mais animado saiu à procura do mais velho.
Cheguei à sala e vi Victoire Weasley, linda, loira e maravilhosa, rindo junto com Molly. Teddy agora apertava as mãos do vovô e quando olhou para mim, abriu um sorriso enorme.
– Veja se não é a pequena Rosie! – falou e veio correndo me abraçar e levantou-me do chão, desarrumando todo o meu cabelo. – Eu e Vick temos um trabalho para você, Rox, Molly e Nick.
– O que é? – perguntei.
Ele sorriu e olhou para tio Bill e tia Fleur. Victoire aproximou-se dele e ele pegou-lhe a mão. Eles eram um casal tão lindo que eu me peguei com certo ciúmes, será que eu um dia teria o que aqueles dois tinham? Ela o olhava de forma tão apaixonada e eu não via menos nos olhos de Teddy Lupin.
– Eu e Vick vamos nos casar!
Minhas primas cobriram as bocas com as mãos, que agora estavam convertidas num perfeito “o”. Eu estava muito feliz por eles e fui logo abraçando Vick.
– Você será uma das madrinhas, Rose! Diga que sim! – ela disse. – Ficará linda com um vestido todo rosa!
Eu ri, sabendo que adoraria experimentar vestidos com as garotas e aceitei na hora.
– Não acredito! Vocês se casando! – Roxanne foi falando. – É como um conto de fadas!
Nick falava animadamente com Molly e Vick sobre vestidos e preparativos, enquanto vovó insistia na cerimônia ser no jardim, como a de Bill e Fleur foi. E a francesa dizia que a filha ficaria linda com seu vestido de noiva.
Acabei me afastando deles e sai da casa, resolvendo por andar no jardim, estava já cansada de todo o movimento desde o almoço e queria sossego. Um casamento! Isso seria ótimo! Vi-me pensando e sentei-me perto de uma árvore. Estava frio, porém eu não me importava muito com a neve, até achava-a bela demais.
– Você deveria falar com Lily – uma voz falou e olhei para cima. Lysander estava agora empoleirado num dos galhos e eu havia me esquecido de como ele conseguia ser bizarro às vezes. Agora prestando atenção nele eu me recordava disso. Havia ao redor de seu pescoço um colar colorido e com vários pingentes estranhos.
Ele percebeu o que eu olhava.
– Isso protege contra maus espíritos – Lys foi dizendo. – Eles geralmente infestam os sonhos. E eu odeio ter pesadelos – falou com uma voz meio distante, mas em seguida me fitou mais animado. – E siga meu conselho: fale com Lily.
O loiro então agarrou o galho com força e girou o corpo, deixando o mesmo pendurado. Ele estava a pelo menos três metros do chão e eu temia que ele despencasse.
– Lysander, cuidado! – falei e me levantei.
Entretanto, meu medo era desnecessário, ele acabou indo para um galho mais baixo e pulou os metros que restavam, caindo bem próximo a mim.
– Ela está arrependida do que fez – ele falou e um vento bateu em mim e eu me arrepiei. – Tenho que ir... – falou em seguida. – Lorcan queria jogar um pouco de quadribol com os garotos ainda hoje e eu quero vencê-lo.
Eu ri tristemente e abaixei a cabeça.
– Lys... me desculpe pelo que houve, sabe? Eu deveria saber que eu estava bebendo alguma poção, deveria ter reconhecido e...
– Você estava drogada, Lorcan não, Rose. Essa é a diferença. – o loiro falou e suspirou – Você foi meu primeiro amor, Rosie – disse de forma tão melancólica que eu quis abraçá-lo – Mas você nunca foi minha, e eu... eu já penso em você assim.
Lysander sorriu bobamente e eu estranhei.
– Lys... você está gostando de alguém? – perguntei e o garoto sorriu mais ainda e me abraçou forte.
Era tão bom tê-lo como amigo. Sentia-me horrível por tê-lo usado um dia. Como eu conseguia ser tão estúpida? Lysander afastou-se e beijou minha testa.
– Talvez, Rosie. Talvez...
O loiro afastou-se e largou-me de vez. Vi ele entrar na casa e eu olhei então para o céu esbranquiçado. Um pássaro voava longe e eu me peguei pensando em Scorpius.
– Rosie! – ouvi alguém me chamar e ao olhar para a fonte de som vi Albus e James com suas vassouras. – Venha jogar!
Eu sorri. Não era fã de esportes, mas adorava estar perto daqueles malucos.
– Estou indo!
Acho que agora tudo ia ser mais fácil.
Era o que eu esperava.

[Incantatem] Guerra Potter


Pov Rose
Penso que a Terceira Guerra Mundial está para ser iniciada. Há na toca uma atmosfera amigável, ao menos entre os adultos, porque entre meus primos tudo é instável. É entre eles que a guerra era mais provável. Lily ainda briga com James por causa de Vlouty, Albus tenta não se intrometer, mas é obvio que ele está irritado com a irmã por implicar com sonserinos, é mais difícil para ele anunciar o namoro com Alynna quando Lily insiste em odiar qualquer um da casa inimiga.
E eu sinto-me mais horrível ainda, pelo fato de que combinara com Scorpius que tiraríamos nosso namoro das sombras. Era também de se esperar que meu pai estivesse cozinhando meu fígado a essa altura, porem isso não acontecera ainda. Nem Nick, nem Molly revelaram meu relacionamento com Scorpius, o que me deixava impressionada.
O jantar transcorreu, porém, tranquilamente bem e ouvi vovó dizer que amanhã a tia Luna viria para o almoço, o que significava que Lysander e Lorcan estariam aqui. Isso me deixava nervosa por tudo que acontecera entre mim e os gêmeos, mas eu não diria nada.
Estava agora no meu quarto na toca, onde eu frequentemente dormia quando ia para a casa de vovó e vovô, era um quarto que eu dividia com minhas primas e por isso estava sempre com alguém me fazendo companhia. Mas naquele momento eu apenas olhava a lua pela janela, enquanto Roxanne escrevia em num velho diário. Lily estava na cozinha atacando os doces que sobraram da sobremesa e eu suspeitava que Hugo também estivesse por lá, já que era também um esfomeado e guloso.
– O que acha que acontecerá quando eu disser sobre Scorpius? – perguntei para Roxanne, que me entendia visto que estava agora com Liam, outro sonserino.
Bela ironia, Weasleys apaixonadas por sonserinos.
– Bem, seu pai vai amar isso! – a ruiva falou, ironicamente.
Ironia, eu realmente não precisa disso naquele momento. Mas o certo era dizer logo de uma vez sobre Scorpius, um namoro às escondidas seria bem pior. Rox fitou-me e vendo minha aflição, continuou a falar.
– Não tive problemas com papai por causa de Liam.
– Você contou já para o tio Jorge!? – exclamei.
– Sim. Eu disse a minha mãe primeiro e ela foi legal com isso. Depois eu contei para papai e o Fred acabou dizendo que não se importava, já que conhece o Liam e sabe que ele é um cara diferente, não um sonserino babaca. Disse também que Liam uma vez o salvou de uma bela detenção há alguns anos. – Roxanne foi dizendo e eu estava maravilhada com tudo isso, e feliz por tudo dar certo para ela. – Liam apareceu em casa e tudo está ótimo por enquanto, e ele virá amanhã aqui.
A ruiva estava radiante e eu senti uma pontada de inveja. Queria que tudo fosse simples assim também para mim.
– Você não me disse ainda como ele te pediu em namoro – exclamei de dando conta disso e a vi ruborizar.
– Bem... – Rox começou – Não foi tão especial...
– ME CONTE! – exigi tacando-lhe um travesseiro e os cabelos vermelhos dela ficou todo desarrumado. Mas percebi que ela não se importava com isso.
Minha prima abraçou o travesseiro e sorriu de forma sonhadora.
– Foi logo depois do show, depois de você desaparecer. Eu fui até onde ele estava com os outros da banda e ele me abraçou cantando de novo Baby I’m Yours. Ele sussurrou no meu ouvido Rose, aquela voz tão perto... – ela foi dizendo e eu parecia ouvir uma espécie de novela. - Baby, I'm yours and I'll be yours until two and two is three, yours until the mountains crumble to the sea, in other words, until eternity...
Roxanne estava muito diferente, a garota tão focada que eu conhecia agora tinha um olhar perdido em qualquer pouco, e repentinamente ela me fitou.
– E logo depois ele disse: Roxanne, namore comigo... Eu quis gritar, eu fiquei parada ali olhando ele, e o Liam continuava a me olhara também e do nada: “Por Merlin, fale algo!”. Eu comecei a rir, ele estava nervoso, então eu o beijei.
– Meu Merlin, eu acho que vou chorar!
– Não zoe, Rose Weasley! – Ro me tacou o travesseiro de volta e eu ri. – E quanto a você? Como foi namorar Scorpius Malfoy?
Roxanne contestou ao mesmo tempo que alguém abria a porta e invadia o quarto.
– Como é que é?
Oh, Merda!
Olho estupefata para o portal a tempo de ver minha mãe fitando-me completamente surpresa. Eu rapidamente me levanto e fecho a porta, puxando mamãe para dentro.
– Mamãe, eu...
– Rose, desde quando está namorando?
– Bem, mal faz uma semana – falei contando mentalmente os dias e a encarei – Eu iria contar, mas não sabia como, mamãe, eu...
– Por que não sabia? – Hermione Granger ainda estava surpresa e eu me sentei na beirada da cama.
Estava ciente da presença de Roxanne, do meu coração pulando contra meu peito, uma sensação completamente nova, como se hipogrifos voassem em meu estomago e um dragão queimasse minha garganta com suas chamas.
– Bem, é óbvio, não é?! – eu exclamei. – Como eu direi para papai que estou namorando um Malfoy?
Minha mãe olhava-me com mais compaixão ainda. Eu esperava qualquer reação menos essa. Em que mundo ela aprovaria o filho do cara que tanto a importunou no passado? Aquilo era surreal demais.
– Filha, isso é mesmo sério?
– Se é sério? Por que eu passaria por todo esse nervoso para dizer isso se não o fosse?
Merlin! Até mamãe tinha seus momentos de lerdeza! Eu olhei para o chão, tentando saber o que aconteceria dali para frente.
– Convide-o para vir aqui amanhã.
Ok, pausa dramática. Eu ouvi mesmo isso? Fitei mamãe e encarei aqueles enormes olhos castanhos, achando que talvez ela estivesse louca. Em que mundo Scorpius Malfoy visitaria os Weasleys e tudo ficaria bem? Sentia vontade de chorar. E pensar que papai nem sequer desconfiava...
– Eu não posso, mamãe. Lily piorou tudo – deixei escapar e isso era a pura verdade.
– Ginny falará com ela. Não entendo o problema também, Albus é quase um sonserino, seria mais fácil se ele estivesse nessa casa, talvez, mas não, o chapéu tinha que ficar tão indeciso! – mamãe rolou os olhos e eu estreitei meu olhar.
– Como é? – perguntei e ela me olhou atônica.
– Pensei que ele tivesse lhe dito... – ela sussurrou e olhou para Roxanne, percebendo que nós duas não fazíamos idéia do que ela falava. – Oh. ­– falou em seguida, percebendo que revelara algo pessoal do meu primo.
– Mamãe, o que houve? O chapéu não sabia onde por Albus?
Ela olhava de mim para Rox e eu sabia que estava considerando revelar ou não o segredo de meu primo.
– Bem, é.
Mamãe contou então que durante a seleção de Albus, o chapéu seletor simplesmente parou de funcionar, eu lembro-me de que meu primo perdeu-se no castelo e McGonagoll ficou uma fera com isso, dizendo que ele tinha saído exatamente ao seu pai, sem por nem tirar e depois ela o levou para a sala da diretoria para selecioná-lo. Depois disso Albus apareceu somente no salão comunal e parecia um pouco perturbado, mas pensei que fosse somente por ter levado uma bronca logo no primeiro dia. Mas não.
Agora mamãe dizia que o chapéu não funcionou com ele direito e que demorou minutos para decidir entre colocá-lo na sonserina ou griifória.
– Albus estava morrendo de medo da seleção, não queria ser um bruxo sonserino, porém o chapéu via a casa dele como sendo exatamente essa, e o desejo do Albus de não estar lá foi tão grande que o chapéu teve de colocá-lo na grifinória. Exatamente como fora com Harry, mas sua seleção fora mais intensa. Acho que Lily não sabe disso, que seu irmão deveria estar na sonserina. – mamãe falou e suspirou. – Filha, mas deixando isso de lado, você precisa dizer a seu pai.
Eu a fitei e mamãe levantou-se.
– Não diga nada a ele, ainda. Eu não sei como falar para o papai – pedi e soube que ela estava do meu lado e conhecendo meu pai como conhecia, ela concordou.
O que eu deveria fazer da minha vida? Céus!
– Essa história com James está piorando tudo para você e Albus – Rox foi dizendo.
– Como sabe sobre o namoro de Albus? – perguntei, lembrando-me que, para todos os efeitos, ninguém sabia ainda.
– Liam me contou.
– E como Liam sabe? – contestei mais surpresa ainda.
– Ele é fantástico em descobrir segredos, assim como eu. Nós andávamos por toda Hogwarts e nos escondíamos em vários lugares desde que eu entrei no primeiro ano, e estava já no segundo. Sempre fomos amigos, embora mantivéssemos isso em segredo.
Incrivel! Hogwarts era uma caixinha de surpresas.


***


– Você contou a eles? – o moreno ia falando.
– Ainda não.
– Por que não contou a eles?! – ele insistiu.
– Não consigo.
– Rose!
– Pare de encher, Liam! – eu sussurrei enquanto dava um tapa no sonserino.
Roxanne riu do namorado e de mim e eu voltei a alimentar as galinhas da vovó. Ele chegara há alguns minutos e todos o receberam bem, com exceção de Lily que estava emburrada e que vivia resmungando algo como “sonserinos são a escória”. Eu já estava quase lhe dando um tapa na cara, nem Hugo conseguia convencê-la a parar com isso. Nem tio Harry!
– A ruiva de miniatura está me enchendo já – Liam falou. – Sem querer ofender, Potter.
–Tudo bem – Albus disse. Ele estava sentado na grama com Rox e observava eu e Liam jogando milho. – Minha irmã sabe ser infantil.
– Normal, ela tem só 13 anos. Mas aposto como isso só está acontecendo por culpa da Emmily, por causa do que ela fez a Lily...
Eu olhei para Albus e ele pareceu não entender.
– O que quer dizer?
– Quando Lily entrou em Hogwarts, Emmily acabou aprontando com a maioria dos calouros. Até mesmo com seu irmão, Rose. Eu descobri isso apenas quando vi Emmily rindo com as meninas no salão comunal. Ela e Diana sempre os assustavam com feitiçarias.
Agora eu entendia muito melhor minha prima, mas mesmo assim, ela estava sendo infantil demais!
– Crianças, o almoço está servido – tia Ginny apareceu na porta da casa, nos chamando e nós quatro entramos antes que a comida esfriasse ou Hugo e James comessem tudo que vissem pela frente.
Tudo estava uma delícia como sempre e eu vi Liam repetir o guisado de vovó e Roxanne dizendo que ele sairia rolando logo logo se continuasse a comer tanto. Lysander estava do meu lado e eu percebi que todo o nosso passado já tinha sido superado por ele, e agradeci a Merlin por isso. Eu adorava tê-lo como amigo e sentia falta das nossas conversas sobre as aulas de Hogwarts.
Lily estava calada e olhava Liam com uma cara feia e irritada.
E repentinamente uma coruja entrou pela janela e pousou na cadeira de Liam. Ele pegou a carta e sorriu.
– Aconteceu algo? – Roxanne quis saber.
– Scorpius me mandou um cartão de Feliz Natal! – o moreno falou. – Eu lhe disse que estaria aqui e ele escreveu também “... e desejo a toda a família Weasley e Potter um ótimo Natal”
Céus, eu aposto como ele fez isso para ser um bom garoto frente a minha família e eu sorri com isso.
– Scorpius é o filho do Malfoy? – Harry quis saber, meio impressionado.
– Sim! Ele mesmo.
– Não entendo porque ele deseja isso, não é como se ele se importasse... – Lily foi dizendo.
– Eu adoraria que você parasse de insultar minha casa e meus amigos, Srta. Weasley – Liam falou, sério como nunca e vi Albus sorrir com isso e James parar de comer repentinamente.
– Por que eu deveria? – Lily disse e eu quis afogá-la em seu copo de suco de abóbora. – Todos sabem que o Malfoy é...
– Lily, para já com isso – a voz dessa vez era minha e eu percebi que não aguentaria ela falando mal de Scorpius. – Ninguém mais superta você insultá-los. Scorpius, Liam ou qualquer outro sonserino que você conhece não é passado de nossos pais e também não são as cópias do pais deles.
Agora todos me olhavam surpresos, afinal, a última pessoa naquela mesa que discutiria com Lily seria eu.
– E como você pode saber isso? Como pode dizer coisas boas de Scorpius Malfoy? Esse cara faz mal a você há anos.
– Correção: Nós brigamos há anos, não só ele me provocava, mas eu também.
– Por que o defende, Rose? Ele não se importa nada com você e...
– É claro que Scorpius se importa – falei e percebi que corada. – Ele e eu estamos namorando – eu falei de uma vez, sem me importar com o som do garfo de James caindo no chão, ou o sorriso da minha mãe. Eu não planejava dizer a eles desse modo e finalmente falei da pior forma. Parabéns Rose Wealsey!. – E eu planejava falar isso nesse fim de semana, porém você Lilian Potter, estragou todos os meus planos por causa de um briga estúpida com seu irmão.
Meu pai estava sem fala.
– Albus! Diga alguma coisa! – Lily falou. – Diga que Rose não pode namorar um... um sonserino. Eles tão cruéis e...
– Lily, pare...
Eu me levantei, já não me importando com a confusão que eu criara. E não esperando que tudo fosse ficar mais tenso ainda.
– Ele só vai machucar ela... – Lily continuava dizendo e eu comecei a subir as escadas para meu quarto, Roxanne estava vindo atrás de mim, e era ótimo ter a companhia dela. – Você deveria proteger sua melhor amiga dele...
– Lily, você está errada, sonserinos não são assim. – Albus falou e eu parei um minuto no topo da escada para ouvi-lo.
Não era possível que ele fosse dizer seu segredo. Será que minha petulância o influenciara?
– Como você sabe? – Lily desafiou. – Por que diz que sonserinos não são cruéis?
– Porque eu estou namorando com uma sonserina há meses.