Incantatem

Por que me afastar? Porque éramos inimigos e como tais nos odiávamos. Porque eu era uma Weasley e ele um Malfoy. E principalmente porque estávamos em guerra declarada!

Magic and Mistakes

Hermione volta a Londres depois de dois anos. Ela cresceu e já não é a garota de antes. A guerra contra Voldemort teve seu fim e, agora, nada impede ela de ficar com Draco Malfoy. Isso era o que ela pensava. Em meio às mudanças da sua vida, novo emprego e uma nova casa, perceberá que Draco também tem sua própria vida. No entanto, acabarão sendo um dos casais mais conhecidos do mundo bruxo, algo que não esperavam. As consequências de seus atos se tornarão mais perigosas. Magia e erros, porque nem sempre se pode prever o futuro.

Por Culpa do Destino

Seria certo passar por cima de uma guerra por amor?

Imperius

Ele me olhava com aquelas orbes cinzentas como se estivesse arrependido do que me fizera. Eu fora uma tola, uma estúpida e iludida, afinal, como diabos Draco Malfoy se apaixonaria por uma sangue-ruim, nem ao menos a maldição imperius causaria isso. - Deixe-me explicar - ele pediu, sussurrava, sua voz estava quebrada.

Inimicum

Hermione Granger por anos foi uma pessoa amarga e nunca soube ao certo a razão de Draco a abandonar. Agora ela é uma auror e ele um comensal, entretanto um encontro faz com que ambos voltem ao passado e segredos sejam revelados.

28 janeiro, 2012

[Cidade de Sangue] Fuga


– Ethan, quem é essa garota? – pergunto novamente e ele desvia os olhos de mim.
Sinto-me como se estivesse à margem de um segredo mais do que interessante da secreta vida de meu amigo. Respirei fundo e fui até o retrato, peguei-o e fitei fixamente as duas meninas. Eu poderia jurar que eram irmãs. Na verdade, eu não tinha a menor dúvida.
– Diga-me! – exigi virando-me para ele e no mesmo instante o retrato voou de minha mão. Ethan puxou a foto de mim e o recolocou no lugar
Empurrou-me, então, diretamente para a porta.
– Vá embora, Nick! Aproveite o sol lá fora e pegue uma corzinha, ok?
Corzinha? Ethan estava chamando-me de branquela na cara dura? Como se ele fosse tão mais bronzeado do que eu!
– Você ainda irá me dizer quem ela é, Ethan! – gritei e a porta foi batida na minha cara. – ESTÚPIDO!
Bufei girando os olhos e voltei-me para a rua. O que fazer agora? Se eu voltasse para casa teria que explicar a Lory e a Kate como diabos eu não queimava no sol. Ahh, maldito vampiro! Enche-me de problemas e ainda pensa ser um maravilhoso e gostoso modelo salvador de garotinhas! Ok, ele era um salvador! E gostoso.
Pare, Dominique Armstrong! Foco! Ethan é um biltre arrogante!
Pensando nisso, viro-me novamente para a rua e entro na primeira livraria que encontro. Compro um cappuccino e tento decidir-me o que fazer. Procurar pelos caçadores? Improvável encontrá-los. A única forma seria uma armadilha, eu os atrairia, mas estaria somente me expondo, arriscando minha própria existência. Era perigoso demais até mesmo para mim.
Eu deveria então encontrar a garota loira? Em Noctem? Onde havia milhares de pessoas? Cruzar com ela seria a maior sorte do mundo.
Vou até uma das estantes e coloco em minhas mãos um título estrangeiro. Não quero ler nada americano, deixo que meus dedos escolham algo do meu país, do qual parti não por livre vontade, mas sim, necessidade.
Compro um romance britânico e dirijo-me para fora de lá. Tenho os dois olhos no livro e nenhum em meu caminho. Entro na narrativa, conheço a mocinha indefesa e o estúpido metido a galã. Ora, parece-me uma história nada original.
Meus instintos, antes fracos, alertam-me com antecedência. Fecho o livro prontamente e desvio da minha trajetória. No entanto, o estranho não é tão rápido, percebo como é desastroso somente quando sinto um líquido cair sobre mim. Não preciso olhar para minha blusa para descobrir que aquele líquido era café, gelado pelo que percebo.
Raios! Por que eu não conseguia ficar limpa ultimamente? Era pedir demais? Sim, claro que era, Dominique Crystal de La Armstrong!
Olho para o desconhecido e fico gélida de espanto, aquele homem não é tão estranho quanto pensei. Há algo familiar nele. Os cabelos negros e os olhos castanhos. Sinto meu coração bater mais rapidamente. O que aquele homem estava fazendo ali?
Eu o salvara e repentinamente ele estava ali, à minha frente, todo forte e agora são. Mais vivo do que jamais esteve. O contemplo de perto, vejo sua expressão, seu ar debochado e de intelectual. Ele parece estar bem melhor do que antes. Obviamente! Quem pareceria tão belo num acidente de carro?
Esqueço minhas divagações e fito ele com raiva no olhar, nunca me senti tão irritada em toda a minha vida. Aquela semana estava sendo “A Semana”.
– Não olha por onde anda? – eu digo entre dentes e sinto aquele homem tão forte encolher-se.
É uma cena engraçada, quem diria que músculos se intimidariam com uma garota? Eu praticamente encarno a face de uma bruxa megera. Crueldade nunca foi minha especialidade, entretanto em minha herança genética com certeza há um gênio forte.
– Eu não...
– Não me viu? Óbvio que não me viu! Esconde-se por trás desse maldito jornal e anda por aí como um estúpido sem direção!
– Mas...
– Cale a boca! Você estragou minha blusa, manchou-a com essa bebida horrível.
– Isso na sua mão tem café também, senhorita. Como pode beber uma bebida tão horrível?
Calo-me. Eu sinceramente não tenho paciência com espertinhos.
– Saia do meu caminho!
Ele estremeceu e eu tentei acalmar-me. Nada de hipnose e nenhum lapso de magia. Não, eu deveria controlar-me. O homem me olha e eu apenas viro minha cara, indo para longe dele. Quero distância de pessoas arrogantes, principalmente dele. E aqui estou eu, arrependida de tê-lo salvo.
Entro direto na primeira loja que encontro e puxo algumas roupas dos cabides. Eu mal vejo o que pego, só miro as roupas escuras. Cores claras não são exatamente comigo. Entro no provador e arranco minha blusa. Visto a roupa nova e fito-me no espelho.
Olho para meu reflexo, provocante é como eu me descreveria. A camisa negra contrasta na minha pele alva, um cinto branco marca minha cintura fina. Sou indescritível, sou a feiticeira mais poderosa dessa cidade, possuo a beleza característica da minha família, e esta fora acentuada com minha herança vampiresca. Sorrio, no entanto meu sorriso morre. Sinto agora uma forte dor na minha cabeça. Alguém chama meu nome e eu não faço ideia do que pode estar acontecendo.
É a voz de Kate, seu choro mudo. E eu ouço como se ela estivesse a metros de mim. Sinto cheiro de perigo e saio dali. Pagar roupas não está na minha lista de necessidades, por ora. Corro tão rápido que sinto o vento bater em meu rosto de forma violenta.
E à criatura da noite será dada velocidade
Para que assim fuja
De seus Inimigos ora tão fortes e impiedosos
Cheguei à minha casa tão rapidamente que quase entrei pela porta da frente. Parei e tive a pior visão do mundo. Havia dois homens, todos eles vestidos de negro e eles estavam ateando fogo à minha casa. Fúria preencheu meu ser e eu agi. Ataquei o primeiro tão rapidamente que temi por mim mesma, a insanidade começava a aparecer e minha consciência estava longe. Eu era feita de instintos.
Força lhe será concedida
Já que todo predador necessita
De uma saciável presa
Quebrei o pescoço do primeiro e percebi que apenas o fator surpresa me auxiliou. Eu era rápida demais e nenhum deles me via. Nenhum conseguia me parar. Aqueles eram mesmos caçadores? Eram apenas homens fracos.
Sua sina sede será
E a luz será como uma maldição
Olhos de demônios não verão nunca o sol
Porque este será maldito a eles
Fitei o segundo. E sorri, um sorriso demoníaco, todo feito de uma doçura sobrenatural e insana. Aproximei-me dele, e o homem deu um passo para trás, jogou-me um líquido. Água benta.
Eu ri.
– Não sou um demônio, meu querido, não exatamente – falei e cravei meus dedos em sua pele, quebrei alguns ossos até sentir seu coração, fechei minha mão sobre ele e num movimento rápido o arranquei.
Nenhum caçador brincava comigo. Eu não era a caça. Era a predadora.
Sob uma visão ora privilegiada ora difusa
E contemplativa beleza
Eu a crio
E torno-me teu mestre
Beijo-lhe com os lábios frios da morte
Clamo a ti: Viva!
Entrei na casa e esgueirei-me para as sombras. Quase fui acertada por um tiro.
– Onde você está? – um homem moreno e alto falou.
Ele possuía belos olhos azulados, embora fossem frios e indiferentes. Havia em sua postura nobreza e um ar familiar, um ar de orgulho, a típica honra de simplesmente ser um caçador.
Provavelmente eu o assustei, visto que a imagem dos dois corpos lá fora causou arrepios nele homem, eu o fitei e notei ali o medo característico de um humano, o medo da morte mesclado ao da dor. Ele me temia e eu queria que isso nunca mudasse.
Eu tinha poderes que ele, invisibilidade era apenas um deles.
Olhei para o chão, Anthony estava deitado ali de barriga para cima. Sua beleza outrora tão viva e perspicaz agora estava morta. Uma adaga de madeira estava enterrada bem em seu peito, onde deveria estar seu coração. Uma poça de sangue estava à sua volta e eu que tanto desejei sua morte agora sentia pena daquele homem.
Virei-me para o caçador e ele apontava sua arma ao acaso no ar, procurava pela minha presença. Fui para cima dele, mas antes que eu pudesse fazer algo percebi que mais homens vinham para cá, eu ouvia o som deles na estrada, a metros de distancia. Corri para o andar de cima e chamei pelas minhas duas amigas. Fui até o quarto de Kate e a porta estava aberta. Entrei e senti a presença das duas, ambas espreitando das paredes escuras. Automaticamente voltei-me para a porta e a tranquei.
– Nick! – Lory sussurrou toda surpresa. – Como veio até aqui? Está claro e tem caçadores lá embaixo!
– Eles viram vocês?
– Não, nós corremos, mas não vejo Tony, ele deveria estar conosco – Lory chorou, agora sentindo temor pelo companheiro e ao mesmo tempo desejando que eu dissesse que tudo estava bem.
Os sentimentos de Lorena eram quase palpáveis, embora isso fosse por si só impossível. Eu percebia uma mistura de sensações nela, o horror, a carência, sua perturbação com aquela situação.
– Temos que sair daqui – disse lembrando-me que mais caçadores estavam vindo.
– Mas Anthony... – Kate falou, os olhos brilhando – Temos que ir atrás dele, pegaram Anthony!
– Deixe-o para trás, Kate! – eu falei fitando-a consumir-se em sua própria desolação.
Katherina tentou sair do quarto e ir para o corredor mais eu a impedi, joguei-a contra a parede e a mantive ali. Força era outro dom dado a mim, se vampiros tinham uma força descomunal, a minha era mais acentuada ainda.
– Deixe-o para trás! – falei fitando-a nos olhos e a minha persuasão a atingiu, senti ela relaxar e tentei pensar.
Como tirá-las de lá se nenhuma delas poderia andar no sol?
Se eu tivesse mais um medalhão de prata como o meu, eu o enfeitiçaria com minha magia, mas eu não possuía nada disso.
– Peguei meu celular no bolso da minha calça e disquei o número de emergência.
Só havia uma pessoa em todo o mundo que corresponderia a esse número.
E ironicamente eu estava morrendo de raiva dele.
– Alô?
– Preciso de ajuda, Ethan.
Eu praticamente o via à minha frente, o sorrisinho sarcástico e os comentários desnecessários e zombeteiros.
– Ajuda? A Nick que conheço prefere morrer a passar sobre seu orgulho idiota – ele falou, sua voz era totalmente ridícula – Nick, Nick, quando você me chama tenho certeza que está realmente enrascada, o que foi dessa vez?
Bufei.
– O que aconteceu? Direi o que aconteceu! Há um maldito caçador prepotente na minha casa, estou trancada no andar superior num quarto escuro e se ele vier até aqui arrancarei sua cabeça com minhas lindas mãos. A questão é: você quer mais mortes do seu distrito ou irá ajudar-me a dar o fora daqui?
– Estou indo – a voz dele soou preocupada e vencida.
Eu sorri.
O resgate estava a caminho.
– O que é isso? – perguntei fitando agora um papel jogado a um canto.
– Eu estava lendo antes deles chegarem – Kate falou e Lorena puxou o jornal para si.
– Hey! Olhe só o jornal – Lory falou dando um sorrisinho – é aquele cara de ontem na manchete, Nick.
Cara de ontem? Reflito, tentando lembrar-me de qual homem ela fala. Recordo-me da noite anterior, de Ethan, do corpo que enterramos. Puxo automaticamente o periódico e o leio.
Oh-ou. Problemas.
George J. Smith, 42, advogado. Desaparecido há quase um dia, foi visto pela ultima vez saindo acompanhado da Boate Imperius com uma jovem mulher, desde então o homem, pai de dois filhos, não retornou à sua residência. A esposa nega que o marido frequentasse o referido estabelecimento e pede para que as autoridades locais façam buscas. Conhecido em Noctem em razão de sua forte influencia e casos famosos nos tribunais, Smith...
Parei a leitura. Eu não acreditava naquilo. Eu matara um homem público! Um maldito advogado famoso na cidade! Bufo e jogo o jornal para longe.
Ambas olham para mim e eu ouço barulhos no andar de baixo. Abro o armário e tiro de lá três sobretudos. Jogo dois para Katherina e Lorena e visto o último.
– Sei que isso é perigoso, mas quero que venham comigo. Quando Ethan chegar, quero que as duas pulem essa janela e entrem no carro.
– E você? – Lorena contesta, não gostando nada do meu plano.
– Eu as seguirei. Se os caçadores as atacarem, eu os distrairei. Se me pegaram, vocês vão seguir adiante.
– Mas, Nick...
– Isso é uma ordem.
Ordem, a palavra que eu raramente usava. Ordem , ordem. Isso parecia a mim algo estúpido, mas estávamos todas correndo risco de vida e quando um vampiro mais forte ordena, os outros obedecem ou morrem. Simples.
Ouço o som do carro. E abro a janela, a luz penetra na sala. As duas vão automaticamente para os cantos do quarto, protegendo-se contra a luz.
– Como você não queima? – Lorena contesta-me e eu a ignoro.
Ethan para o carro e atrai atenção dos homens, há apenas um lá, exatamente perto da entrada.
Eu olho para Lorena e lanço-lhe um olhar.
– Nick, por favor, deve haver outra forma de...
– Você vai primeiro, Lorena! – eu grito e ela estremece.
– Por quê?
– Porque Katherina é mais rápida e não quero que você fique para trás – eu falo e caminho até a loira, a puxo com força e ela grita quando entra em contato com os raios do sol.
O sobretudo não a protege inteiramente e toda a sua dor é angustiante. Eu a jogo da janela e Lorena cai em pé na grama. Ethan abre uma das portas e Lory entra.
– Kate! – eu grito e a morena não precisa de empurrão algum, apenas sai das sombras e faz o mesmo caminho que Lorena.
Alguém bate na porta e quase a derruba, olho para fora e o caçador vai na direção de Ethan e das meninas. Pulo, portanto, e caio quase em cima dele. O homem assusta-se comigo e minha aparição repentina, ele não vê minha face, meu capuz esconde minha identidade. Torço seu pescoço sem pensar, quero matar a todos eles, não virarei isca de nenhum caçador estúpido.
Entro no carro.
Ethan pisa no acelerador e saímos de lá. Respiro fundo finalmente.
– Quantos?
– Cinco. Três mortos. Dois vivos – respondo e olho para Lory e Kate, ambas tem a pele avermelhada e queimada, nada que não vá curar logo. Elas fitam-me com raiva no olhar.
– A grande Dominique cometeu um erro! – Lorena fala, totalmente furiosa.
– Cale a boca, Lorena! – eu grito, totalmente ofendida com tamanha insolência. – Eu as salvei e é assim que me paga?
– Salvou, sim. Isso é fato, mas fez sua obrigação. Não fui eu que deixei pistas para caçadores!
– Pistas? Um desaparecimento não é uma pista! Vários corpos mutilados é que são! E uma mulher em cativeiro também se enquadra nisso! – falo, sabendo que aqueles insultos as irritarão.
– Ela não era uma mulher importante, Dominique! – Kate fala pela primeira vez em meses de forma hostil. – Ela não era ninguém, seu sequestro nem sequer foi percebido e eu a matei, seus gritos não atraíram a nenhum caçador, tenho certeza disso.
– Que lindo! A doce Katherina fez uma vítima, vamos cerebrar! – eu ironizei. – Desde que chegou aqui não fez nada a não ser babar em Anthony e Lorena apenas se esbaldou em festas e em homens estúpidos. É obvio que um dia suspeitariam, fora que sua linda ideia de viver naquela casa foi perfeita, Lorena!
– Eu ao menos seleciono minhas vítimas, você nem ao menos faz isso! Vá saborear mais um homem riquinho!
– CALEM A BOCA! – Ethan grita repentinamente e nós três nos viramos para ele.
Eu no bando do passageiro estremeço e tenho certeza que o mesmo ocorre com as duas no banco de trás.
– Você vão parar com essa discussão inútil e irão vazar de Noctem, não quero ver mais nenhuma das três aqui. Jamais. – Ethan continua, a velocidade aumenta cada vez mais.
– Por mim, ótimo! Vou voltar para a França e esquecer essa maldita cidade! – Lorena fala agora completamente dona de si e com um orgulho francês idiota.
– Não irei sair daqui! – falo interrompendo-a e os três me olham como se eu estivesse dançando nua.
– Você não entendeu, Nick! Eu mando aqui e quero vocês fora. – Ethan disse pausadamente.
– Não. Você manda nessa área, não em mim. E nem tente. – Falo estreitando meus olhos e odiando-me. Brigas com Ethan não levavam a nada.
“Não há nada aqui para você!” Ethan fala comigo mentalmente.
“Claro que há!” penso e Ethan para de acelerar, estamos entrando na cidade. “Há coisas realmente interessantes aqui e acharei com ou sem a sua ajuda.”
“Há muitos caçadores, mais do que imaginei. Dê o fora!”
“Eu os matarei.”
“Nick, se você continuar aqui, eu mesmo a matarei”
“Não, não irá. Não tem coragem. Você veio por mim hoje, teme a minha morte, Ethan, e não ouse negar”
“Sua morte não seria agradável, mas há coisas que vem antes de você”
“Coisas ou pessoas?”
Ele se cala. Espero uma resposta.
“Coisas ou pessoas” repito mentalmente e percebo Ethan enfurecer-se, ele aperta o volante com tanta força que sei que ele está controlando-se ao máximo, se não o carro já estaria estraçalhado.
“Não brinque com isso, Nick”
“Não é uma brincadeira” penso e fito a calçada, uma garota loira está andando, ela carrega uma bolsa lilás e veste-se com simplicidade e elegância. Eu posso ver seus olhos cinzentos, sua expressão despreocupada e jovial. Ao lado dela a irmã caminha quieta. Ambas conversam e parecem discutir algo realmente importante. As duas são realmente parecidas.
Eu deixo um sorriso escapar. Sei o motivo de tamanha obsessão de Ethan por elas. Sei que ele faz isso comigo porque é apenas parte de seu trabalho, seu propósito de vida. Protegê-las é vital para ele.
“Qual delas é a sua protegida?” pergunto a ele por pensamento e sinto Ethan ficar mais nervoso. Ele olha para as duas na calçada.
Mais um segredo de Ethan vem a baixo. Como bruxo ele ligou-se a uma delas. Tornou-se seu protetor, algo como um guardião. Isso é magia antiga e eu não vejo algo como isso a um longo tempo. Qual das duas é a protegida dele? A jovem ou a mais velha? Não sei. Ainda. E o motivo que o levou a isso? Minha curiosidade me corrói.
Laços como aquele de proteção são duradouros, fortes. Se Ethan compartilha um laço, isso o torna tanto forte, quanto fraco.
Eu estou cada vez mais perto do perigo e só por causa daquelas duas garotas eu não vou embora.
Eu deveria fugir, fugir de tudo e de todos, mas aqui estou. Entregue a minha própria sorte e brigada com todos os meus amigos.
Sorte corre em minhas veias, é impressionante!

Nossa, escrevi demais dessa vez, mas pelo menos agora vcs te uma ideia do quão perigosos os caçadores são. O que eles fizeram ao Tony não é nada ainda. O único motivo para eles não terem empalado as meninas foi a Nick, que obviamente não é uma vampira normal. Well, irei postar mais em breve, mas não tenho previsão, minhas provas começarão logo logo D: Então é isso, bjos :*