Incantatem

Por que me afastar? Porque éramos inimigos e como tais nos odiávamos. Porque eu era uma Weasley e ele um Malfoy. E principalmente porque estávamos em guerra declarada!

Magic and Mistakes

Hermione volta a Londres depois de dois anos. Ela cresceu e já não é a garota de antes. A guerra contra Voldemort teve seu fim e, agora, nada impede ela de ficar com Draco Malfoy. Isso era o que ela pensava. Em meio às mudanças da sua vida, novo emprego e uma nova casa, perceberá que Draco também tem sua própria vida. No entanto, acabarão sendo um dos casais mais conhecidos do mundo bruxo, algo que não esperavam. As consequências de seus atos se tornarão mais perigosas. Magia e erros, porque nem sempre se pode prever o futuro.

Por Culpa do Destino

Seria certo passar por cima de uma guerra por amor?

Imperius

Ele me olhava com aquelas orbes cinzentas como se estivesse arrependido do que me fizera. Eu fora uma tola, uma estúpida e iludida, afinal, como diabos Draco Malfoy se apaixonaria por uma sangue-ruim, nem ao menos a maldição imperius causaria isso. - Deixe-me explicar - ele pediu, sussurrava, sua voz estava quebrada.

Inimicum

Hermione Granger por anos foi uma pessoa amarga e nunca soube ao certo a razão de Draco a abandonar. Agora ela é uma auror e ele um comensal, entretanto um encontro faz com que ambos voltem ao passado e segredos sejam revelados.

05 novembro, 2011

DC Magic and Seduction por Sweet Girl

Sabe o que é achar ao acaso uma amiga? Tratá-la da melhor forma possível e instigá-la sempre a desenvolver suas habilidades? Dizer a ela o quão boa é e insistir nisso até que ela perceba isso também?
Eu tenho amigas, várias. Dos mais variados tipos. Algumas loucas, outras ternas, ou com gênios fortes. Todas especiais e únicas por si só. Amigas que me apresentaram músicas que hoje amo, amigas que mostraram a mim o melhor que há na escrita, amigas que mostraram-me o mundo das fanfics.

E dizendo isso trago a vocês uma edição de uma amiga tão doce quanto seu pseudônimo SweetGirl. Companheira minha no Sunset e uma designer com futuro! Ela descobriu Magic and Seduction recentemente e pelo que vi já devorou os capítulos e tenho a ligeira impressão que ela vai ser mais uma leitora que me lançará crucius, exatamente por eu demorar tanto para escrever mais caps de Magic and Mistakes. Bom, torturas e ironias à parte, eu amei o resultado do Design Completo que a Anna fez. Simples, com um ar misterioso e cores que particularmente amo.
E essa edição é a primeira da fic que alguém (não sendo eu) faz. Simplesmente AMEI!



Obrigada, Annazita! ;)

01 novembro, 2011

Cap. 3 - Um passo mais perto


Capitulo 3 – Um passo mais perto

Ethan trabalhava calmamente, já fazia quase vinte minutos que ele cavava aquela cova, o cadáver ali perto gelava lentamente e uma brisa fria batia em nós dois. Levamos um bom tempo para encontrar um lugar afastado e ali estávamos, eu encarando seu trabalho e ele mudo, inquieto.
Olhei para meu relógio e percebi que iria amanhecer em pouco tempo.
– Ethan, temos que andar logo, o sol irá nascer.
– Não me importo com o sol – ele respondeu dando de ombros.
Isso me irritou.
“Não me importo com o sol”
Ele por acaso era um vampiro todo poderoso? Em menos de um minuto ele queimaria por completo se tivesse contato com o sol.
– Por que me chamou? – perguntei finalmente e ele limitou-se a ignorar-me – ETHAN!
– O que aconteceu com você esta noite?
Novamente a pergunta. Eu bufei, tirando meus olhos dele. Como dizer sobre meus poderes?
– Não importa... – eu comecei a dizer e ele arremessou a pá alguns metros adiante. Detalhe: na minha direção.
Se meus reflexos não fossem avançados eu não teria desviado, estaria com um belo galo na cabeça, mas não, rapidez era exatamente meu forte.
– ESTÁ LOUCO? – gritei adiantando-me para cima dele.
Ethan foi ao chão comigo em cima dele. Eu o prendia ali com meus punhos e pernas, uma das minhas mãos segurava seu pescoço e a outra pressionava sua garganta.
– Como ousa atacar-me? – sibilei entre dentes.
– Pode ser mais forte, Nick, mas quem manda nessa área sou eu e não deixarei que você prejudique esse lugar – sua voz era baixa, entrecortada, simplesmente pelo meu toque em seu pescoço, soltei-o um pouco por pena.
– E como eu faria isso? Diga-me!
– Já está fazendo! – ele gritou girando seu corpo e finalmente trocando os papéis.
Senti dor no momento em que bati a cabeça no chão e reprimi um gemido. Agora ele estava por cima de mim, prensando-me com violência.
– Eu não fiz nada! Solte-me!
– Está fazendo vítimas desde que chegou a Noctem, pensa que não percebi? Eu confiei em você, Nick! E agora seus atos estão expondo a mim e a todos desta área.
– Espera! Do que diabos está falando?
Ethan fitou-me com uma cara tão confusa quanto a minha. Eu nunca consegui ler seus pensamentos, não como lia os de Lory ou qualquer outra pessoa. Ethan tinha algum segredo por trás disso, algum poder tão avançado quanto o meu.
E por algum milagre ele soltou-me. Seus caninos não mais estavam à vista e sua face era mais calma.
– Diga-me, Nick... quantos humanos você matou aqui?
– Dois contando com esse – falei já irritada e empurrando-o.
Levantei-me e olhei para meu estado. Suja de novo! Arrrg, que vontade de matá-lo! Virei-me para ele e agora Ethan era pura seriedade, não fúria.
– E Lory?
– Cinco.
– Kate?
Zero.
Kate era doce demais, boa demais. Eu tinha lá minhas dúvidas se ela sequer era uma vampira!
– E como vocês os escondem?
– Perfeitamente enterrados.
– Isso não faz sentido – Ethan murmurou e levantou-se, sentando no chão com as mãos entre a cabeça, dividido entre preocupação e pensamentos complexos.
Tive dó dele, eu não poderia ler sua mente, mas era óbvio que ele estava torturando-se mentalmente, talvez procurando a solução de algum problema que eu desconhecia.
– O que há de errado? – contestei.
– Caçadores, Nick. Isso é o que há de errado.
– Como é que é? Caçadores aqui?
Eu tremi como há tempos não acontecia. Ethan estava mesmo em sua perfeita sanidade?
– Houve mais de vinte mortes nos últimos meses. É um numero alto demais. Mulheres estão sumindo, homens e garotas. Corpos foram achados drenados, com marcas de dentes nos braços, no pescoço, nos ombros. Nunca houve nada assim antes. Eu a vi mais cedo toda suja e pensei o pior. Pensei que você estivesse indo novamente para a escuridão.
A escuridão. Ridículo isso, comparar meu eu de hoje com o de 100 anos atrás era a pior coisa que ele poderiam fazer. Reprimi minha raiva.
– Pensou que eu estivesse por trás disso?
– Você é forte e poderosa! Sangue é o que nos proporciona magia, como eu poderia explicar suas habilidades se não fosse isso, Nick?
Eu calei-me. Estava cansada daquilo e o tempo corria. O corpo ainda não estava enterrado e estamos agora com um problema enorme. Não me impressiona que Ethan estivesse tão diferente ultimamente.
– Eu não sou assim, não mais – respondi calma e vendo no horizonte uma luz surgir.
Ethan levantou-se e jogou o cadáver na cova, em seguida começou a jogar a terra sobre ele. Eu sabia que Ethan odiava trabalhar duro, mas ali estava ele, ajudando-me mais uma vez.
– Deveríamos começar a queimar os corpos – falei distraída com o trabalho dele.
– Não hoje, a fumaça atrairia os caçadores.
Novamente o problema. Novamente a palavra proibida.
– Quantos há na cidade?
– Segundo minhas fontes, há três – Ethan falou. – No entanto eu não os procurei ainda, fiquei sabendo disso hoje.
– Deveríamos partir? – perguntei agora o fitando fixamente nos olhos.
– Espere um pouco, talvez ainda não. Se a situação piorar, talvez você devesse levar Kate e Lory para longe.
– Certo.
A cova fora finalmente fechada, Ethan pingava de suor e agora olhava para o céu.
– Deveríamos ir – falei.
– Não precisamos – ele sussurrou e fitou-me divertido.
Ethan aproximou-se lentamente de mim e percebi como seus olhos azulados eram incríveis, lindos e demasiados sedutores.
– Desculpe por suspeitar de você e por pressioná-la a revelar seu segredinho, Nick – Ethan sussurrou próximo demais e sua mão tocou meu pescoço, meu colar. – Prata é um metal ótimo para magias, o preferido de feiticeiros devido ao seu poder imensurável. E esse pingente... nunca vi igual, parece ser antigo.
– Pingente escocês, feito em 1694 especialmente para mim.
– Feito por quem?
Calei-me, Ethan estava entrando em território proibido agora.
– Alguém especial.
– Um bruxo?
Afastei-me. O que estava acontecendo ali? Ameaças? Chantagem? Ele deveria ser meu amigo, não alguém que me assustava. Tentei sair dali, mas ele puxou-me pela mão e com a sua mão esquerda puxou um medalhão do próprio pescoço, escondido entre sua camisa.
O sol agora estava nascendo e raios atingiram minha face e a de Ethan. No entanto o inesperado aconteceu. A pele dele permaneceu do jeito que estava, branca, macia, não queimada como se esperaria de um vampiro em contato com o sol.
– Você denunciou-se agora a pouco, Nick. Falei que o sangue é o que gera nossa energia, se mentisse eu poderia não ter concluído o que vejo agora, no entanto você foi sincera. Sei que seu contato com sangue é menor do que qualquer um esperaria, e ainda assim você é poderosa, mais do que eu.
Ethan sorriu sua mão abriu-se e eu pude ver seu medalhão. Havia em seu centro um símbolo, um quadrado. Tudo vinha à tona. E eu deixei escapar uma risada.
Aquele medalhão era místico, assim como meu colar. Ambos foram enfeitiçados para suprir nossas necessidades vampirescas, ambos forneciam poder e proteção, principalmente contra o sol e a sede. Aquela era a única razão para eu poder andar sob a luz solar, e também Ethan. Obviamente eu fingia ser uma vampira normal, do tipo que entra em combustão com o mínimo contato com luz solar. Max me dera aquele colar e eu mesma o enfeiticei, colocando a minha magia nele e, consequentemente, o símbolo do meu grupo, um círculo.
Eu era uma Bruxa Circulus e Ethan, com aquele quadrado, obviamente era um Feiticeiro Quadra. Cada um com seus poderes e características.
– Por que nunca me disse, Ethan? – perguntei, dividida entre a surpresa e a mágoa. – Por que nunca me disse que é um feiticeiro?
Ethan riu e guardou seu medalhão.
 – Olhe para si mesma, também nunca me contou que era uma Bruxa de Circulus! Nunca me disse que é herdeira do maior poder que existe!
Não, eu nunca falara, e exatamente porque era poder demais.
Mas poderia ele me culpar por esconder meu passado? Eu nunca encontraria uma forma de contar-lhe sobre minhas feitiçarias, suas consequências, Max e Lirian... tudo aquilo era complicado demais.
– Vamos sair daqui e resolver primeiro o problema com os caçadores – falei fitando o alvorecer. – Quero encontrar logo quem é o filho da puta que está cometendo todos esses crimes e depois, Ethan, aí sim conversaremos sobre isso. A única razão para eu não ter falado antes sobre mim é exatamente porque é óbvio que um híbrido não é bem visto. Eu nasci bruxa, fui assim por toda a minha vida e só por causa disso eu não abro mão da minha vida de vampira. Sabe tão perfeitamente quanto eu que nós temos um trabalho neste mundo. Equilíbrio, apenas isso. Morte e vida compõem um círculo, sem um não há o outro.
– Séculos de vida e você ainda se lembra de seus princípios, Nick. Isso é realmente incrível.
Fitei-o divertida, e me perdi em pensamentos. Como Ethan, meu Ethan, que tanto brincava e levava a vida na maior brisa, poderia ser um feiticeiro? Ele que raramente era sério e bancava o tipo poderoso. Ironia ou não, ali estava ele, à minha frente, parecendo mais um deus grego do que um simples homem, como sempre. E agora eu sabia, Ethan era mais do que sempre julguei.

***

– Certo. Quem é sua fonte? – contestei Ethan jogando-me em seu sofá e colocando minhas pernas sobre seu colo.
Estávamos agora na casa dele, mais exatamente em sua sala, onde mais cedo ele tomou o sangue da garota humana. A TV estava ligada e eu ouvia claramente o zunzum que surgia dela. Ethan simplesmente apertava o controle remoto sem prestar atenção e colocava qualquer canal ao acaso.
– Uma fonte bem segura, confiável e secreta.
Bufei. Quanto mais eu insistisse, mais tempo perderia. Ele não iria revelar aquilo a mim.
– O que ela disse exatamente?
– Há caçadores pela cidade, vasculhando cada canto à procura de evidências e assassinatos. Pessoas desaparecidas, marcas de dentes e blá blá blá.
“Blá blá blá”? Acha que isso é brincadeira? – Eu estressei girando os olhos. – Vamos, Ethan! Seja legal comigo e me dê informações completas! – eu reclamei choramingando, o que o irritava sempre.
– Você parece uma criancinha assim, Srta. Dominique! – ele brincou sorrindo canalha e jogou-se mais em cima de mim, prendendo-me pela cintura e deixando seus lábios na curva do meu pescoço – uma criancinha linda! – dissera em meu ouvido.
Eu sorri, era divertido ficar com Ethan e ambos jogávamos aquele joguinho de sedução, tanto que pensavam que tínhamos um caso. Ledo engano, ainda que eu não pudesse ler os pensamentos do meu amigo, era evidente que nada existia ali a não ser uma atração e química em relação a mim, nada mais.
– Cale a boca, Ward! Esse joguinho não funciona comigo – eu ri socando seu braço e deitei minha cabeça em seu ombro. Concentrei-me novamente em nosso problema. – Acha que irão nos descobrir?
Ethan suspirou e mesmo que eu não pudesse vê-lo, sabia que ele estava preocupado.
– Não faço ideia, Nick, não faço ideia... Segundo me foi dito, pelos menos dois dos caçadores já dizimaram algumas cidades. Lembra-se de Godspeed?
Eu afirmei com um aceno, lembrando-me daquela cidade, onde estive há alguns poucos anos.
– Ano passado ocorreu um massacre lá, isso chamou a atenção das pessoas, e obviamente dos caçadores. Juro a você, Nick, que eu tinha mais de vinte contatos naquela região. Nenhum vampiro lá permaneceu vivo e sei disso porque nunca mais ouvi falar de nenhum deles.
Arfei. Repentinamente um arrepio apossou-se de meu corpo e passei os dedos em meus cabelos avermelhados.
– Esses caçadores de Godspeed são os mesmos que estão aqui?
– Ao menos dois deles.
Merda. Eu tinha que dar o fora daquela cidade e logo. Se eu ficasse aqui eu iria virar churrasco, nunca na vida imaginei que iria sequer estar a quilômetros de um maldito caçador, imagina estar na mesma cidade que ele.
– Diga-me, Nick, se eu fizer perguntas, você responderá?
Perguntas? Eu estava cansada delas, mas era Ethan ali, não qualquer um. Melhor dizer besteiras a ele do que a outro.
– Talvez, experimente.
– Com quantos anos você morreu? – sorri com essa pergunta, típica dele.
– Você já me perguntou isso, há quase um século atrás!
– Mas você não me respondeu, minha querida.
– Dezessete.
– Dezessete? Céus! Estou atuando como um pedófilo aqui, não me denuncie, por favor!
– Cale a boca, Ethan! Deixe de bobagens – eu ri, levantando-me e jogando uma almofada nele. – Você tem 23 e morreu por causa de uma mera mulher, quem é você para falar da minha idade?
– Sou um vampiro mau que irá te devorar.
– Juro, essa foi a sua pior piada ever! – falei agora rachando de rir.
– Como morreu, Srta. Chata-certinha?
– Estava sendo caçada, por ser bruxa.
– E como se tornou uma vampira? Quem foi o vampiro que lhe tirou a vida?
Parei de rir, aquilo estava passando dos limites. Ethan era curioso demais e meu passado, perigoso e horrível, até mesmo para ele.
– Ele não me tirou nada, ele deu-me a vida, Ethan. Foi um dos maiores presentes que já tive! – falei aquilo e olhei para um ponto acima da cabeça de Ethan.
Um retrato estava numa estante. Duas garotinhas sorriam, a primeira mais velha, aparentando ter uns 10 anos de idade e a segunda, bem menor. O rostinho era todo infantil e eu não lhe dava mais de 5 anos de idade. No entanto não fora a inocência das duas que chamou minha atenção. As duas eram loiras, ambas tinham belos olhos azulados num tom cinzento e a pequena menininha era uma versão jovem da garota que eu vira na banheira. Era como ver seu reflexo novamente, ter a chance de espiar seu lindo rosto uma vez mais.
Mas agora isso não era uma visão. Era real. A garota existia e estava mais próxima de mim do que eu pensara.
– Quem é essa garota?
A pergunta foi feita para Ethan e ele virou-se rapidamente, seu olhar pairou no retrato e depois voltou para mim.
Eu não entendi sua expressão, seria temor? Ou uma espécie de fúria? Proteção para com aquelas garotas?
Eu não fazia ideia.