05 outubro, 2012

[Incantatem] Losing my mind



Scorpius Pov
Minhas mãos percorriam seu corpo, minha boca trilhava toda a sua pele de forma desesperada, como se eu sentisse fome demais e o mundo fosse acabar no próximo minuto. Sua língua encontrou a minha e ficaram ambas num jogo perigoso, movimentando-se num ritmo que eu já conhecia, um jogo feito de prazer. Abandonei seus lábios novamente e beijei seu pescoço alvo, fui até os seios já enrijecidos e os suguei com vontade, enquanto explorava também sua intimidade, excitando-a e causando-me arrepios involuntários por sua espinha.
A loira gemeu e eu sorri, desejando cada vez mais tê-la. Ela arrancara minha camisa, e alguns botões foram arrancados do pano, devido à sua pressa incontrolável. A camisa foi parar no chão, junto ao sutiã vermelho dela e o resto de suas roupas. Respirações ofegantes, gemidos prazerosos. Eu mordiscava sua pele, queria cada pedaço de seu corpo, sentia meu membro rígido, a excitação tomando conta de mim.
A loira entrelaçou suas pernas ao redor de mim e eu invadi sua privacidade, não querendo mais aquele jogo de sedução, apenas a satisfação imediata. Cada estocada nos levava mais próximo para o ápice, me movia dentro dela, forte, profundamente, tirando-lhe mais gemidos ainda.
A sensação era angustiante, e nos impelia a chegar logo ao maior prazer.
Senti as unhas dela arranharem minhas costas e em seguida seu corpo relaxar, no mesmo momento em que eu gozava.
Emmily sorriu e beijou meus lábios.
– Para um Malfoy, até que você é... gostoso.
Eu sai de cima dela e fiquei fitando-a.
– Gostoso é pouco, Em – falei sussurrando e ela riu.
– Um convencido! Mereço?
– Mas é claro que merece! – falei prendendo-a na cama novamente, beijando seu pescoço provocando-a, até que ela me jogou para o lado e foi à caça de suas roupas, vestindo-as e escondendo parte de suas curvas.
– Não diga nada a Diana sobre isso – Emmily Vlouty falou.
– Não direi – falei e a puxei pela cintura.
– Chega, Malfoy! – a loira reclamou. – E lembre-se: eu não repito noite alguma.
– Vou tentar lembrar-me disso – resmunguei.
Ela me olhou divertida, os cabelos loiros estavam ligeiramente desgralhados e ela os alisava com as mãos.
– Sabe... se eu fosse você, Malfoyzinho, deixava de ser um idiota. – Vlouty falou. – Afinal, obviamente você ainda está louquinho pela Weasley, e quanto mais quiser enganar-se a si mesmo, substituindo amor por sexo... mais louco ficará.
– Emmily, apenas vá embora – falei fechando a cara.
Deitei-me na cama, enquanto a loira partia. O que ela dissera é ridículo.
Eu não amava a Weasley.
“Mas você disse isso a ela” minha consciência falara.
“E daí? É fácil dizer eu te amo” pensei.
“Você não diz ‘eu te amo’ Peguei um vidrinho na cômoda, o líquido era azulado e entornei a poção garganta abaixo, sentindo um relaxamento em todos os meus músculos. Sentia-me leve, calmo, e não estava nem aí se ficaria ou não viciado naquela poção alucinógena. Eu apenas queria não sentir coisa alguma, queria epenas... esquecer.
Garotas. Sexo. Drogas. E mais nada.
Tentava dormir, mas as horas passavam e eu não conseguia pregar o olho. Sempre que adormecia, sonhos invadiam a minha mente. Sonhos ruins, que eu desejava apagar dos meus pensamentos.
A primeira vez que tive esse pesadelo, eu acordei suando frio. Parecia tortura ver sempre a mesma coisa, e eu não tirava da minha mente que aquilo fosse um mau presságio.
No sonho eu via apenas escuridão, tentava gritar, mas me sentia sufocado. Água me cercava, em todas as direções, eu tentava subir a superfície, mas esta parecia inatingível. Eu tento nadar, mas sou puxado para mais fundo ainda, sinto a vida se esvair e então... acordo.
Penso nisso, nesse sonho, abro os olhos, sorrio bobamente para o teto, onde constelações se movem, uma mini-galáxia.
Reconheço Scorpius, Ophiuchus, Libra e Lupus. Perco-me naquelas estrelinhas e mal ouço quando a porta se abre.
– Pensei que estaria aqui – Liam fala e o ignoro, ainda olhando o espaço mágico no teto.
Sinto seu olhar sobre mim, sobre toda a sala precisa, a desordem, as garrafas vazias e o Firewiskey aberto. Sei que estou horrível, um lixo, mas não sou capaz de falar nada. Sinto como se perdesse a consciência aos poucos. A sala gira sob meus olhos.
– O que você está fazendo da sua vida? – meu amigo pergunta e fecho os olhos – Nada disso tratá Rose para você, nada disso mudará a situação em sua casa.
Eu sento-me da cama, tento ficar de pé, em seguida, mas quase caio. Já fazem horas que estou ali, Emmily já havia ido há um longo tempo enquanto eu ficava tomando algumas doses da poção azulada.
– Meu pai é um idiota – eu falo com dificuldade e minha cabeça dói, meus sentidos estão lentos.
– Você está igualzinho ele, um fraco que sabe só desistir.
– Liam – eu falo, mas estou tonto, a sala gira novamente, caio em cima da cama, enquanto meu amigo tenta em vão me ajudar.
Eu percebo ele se desesperar, sinto como se morresse. Algo é colocado na minha boca e sinto um gosto amargo. Não me importo.
Vejo a escuridão apenas.
Sinto mãos em minha face, sinto minha cabeça doer. Abro meus olhos e miro imediatamente os olhos claros de Mia.
– Por que você fez isso? – ela pergunta e não posso mais fitá-la – Scorpius!
Continuei ignorando-a e tentei me levantar, estava fraco, mas agora as alucinações se foram. Liam estava sentado no sofá de couro esverdeado e me olhava com raiva nos olhos.
Eu sabia que ambos sentiam raiva.
Sabia que era o único culpado ali.
– Scorpius... – Mia tenta novamente.
– Quanto tempo eu dormi? – pergunto, fitando o céu pela janela.
– Por um dia – Liam responde.
– Se não fosse por ele e o bezoar que vocês roubaram do estoque da escola...
Eu abaixo minha face, sei que Mia está chorando.
– Scorpius, eu não quero que nada aconteça com você – ela sussurra – Já não bastam Leo e Agnes? Temos problemas suficientes por causa deles, Scor, não me venha agora se tornar um viciado depressivo – Mia praticamente gritou, segurando a gola da minha camisa e eu apenas virei o rosto.
Ouvi uma batida na porta da sala precisa e em seguida, uma garota morena entrou, e ficou surpresa ao ver Mia e Liam ali comigo. Virei-me para Mia.
– Esqueça-os – falei e soltei minha prima de mim. – Vá embora, Mia. Deixe-me sozinho.
– Mas...
– Por favor – pedi friamente.
Ela me olhou com ódio, mas se foi junto com Liam, enquanto eu tentava novamente esquecer o mundo, tudo e todos. Puxei a garota morena para perto de mim, tomei seus lábios, porém não sentia coisa alguma.
Finalmente, eu não sentia nada. Beijava seus lábios de modo frio, sem paixão.
A porta novamente fora aberta e eu olhei para a mesma.
Uma ruiva me fitava, sua expressão era totalmente machucada e só então senti meu coração pular angustiado.
“Ops, sala ocupada” ela falou, senti a ironia em sua voz, a raiva. E então ela se fora.
Fitei seu caminho, a porta bater, seus passos apressados. Se antes eu não sentia nada, agora meus batimentos estavam a mil, porque ela era a única que causava esse efeito. E eu a havia machucado.
Saí correndo, deixando a garota morena para trás, ignorando o mundo todo, o fato de eu estar parecendo um louco desesperado.
Vi ela parada, chorando que nem uma garotinha e percebi o quão raro esse fato ele. Weasley não costumava chorar.
– Rose... – chamei e ela continuou sem fitar-me. – Rose olha para mim.
– Para que? – perguntou a ruiva com raiva
– Me desculpe – falei. Era só isso que eu desejava lhe dizer, desde aquele dia, desde que ela me rejeitara.
Desde que Rose Weasley desabara parte do meu mundo.
Rose Pov
“Eu te amo” Scorpius falou de uma vez “Rose Weasley, eu te amo”
As palavras dele eram doces, eram tudo o que qualquer garota sonharia em ouvir.
Eu toquei seu rosto, eu sorri.
“Eu te amo também, Scorpius” sussurrei, tocando seus lábios ternamente.
– Rose, acorda! – ouvi a voz de Albus e abri meus olhos. Estava no salão comunal, deitada num dos sofás, minhas costas doíam ligeiramente. – Por que não vai para sua cama?
– Eu cochilei... – falei sentando-me e escondi minha face em minhas mãos.
Eu sonhara com Scorpius, com aquela noite. Bem, não exatamente. Eu nunca dissera aquelas palavras para o loiro. Nada sobre amor fora dito por meus lábios. Então o que era aquele sonho repentino?
– Você está com olheiras – Al sussurrou.
Suspirei, olhei para meu primo e lágrimas arderam em meus olhos.
– O que eu fiz para merecer isso tudo? – contestei. – Por que armaram para mim? Por que...
– Rose... – Albus me abraçou e encostei a cabeça em seu peito. – Você está com medo demais. Pare com isso, cadê a minha amiga corajosa?
Eu era incapaz de falar, meus sonhos eram os mesmos, a mesma noite, o mesmo loiro, e isso há mais de um mês.
– Pare de lutar – Albus sussurrou. – Ele não é como o pai. E você não é inimiga dele. Não estamos lutando uma guerra, então pare de retomar o passado dos nossos pais.
Eu olhei para Albus surpresa. Pela primeira vez ele dizia isso. Ele me entendia. Mesmo eu não tendo falado nada sobre Scorpius, Albus lia minha alma.
– Albus, desde quando você me dá conselhos sensatos?
Ele riu e deu de ombros, mas em seguida seu sorriso murchou.
– Rose, você vai acabar percebendo que ou você faz sua vida... ou deixa os outros te controlarem – o moreno disse sério.
– Por que tenho a sensação de que você irá aprontar?
Ele riu novamente e me abraçou, encaixei meu rosto na curva do seu pescoço.
– Porque eu vou, Rosie. E quero só ver Lily fazer um barraco! – Albus sussurrou. – Alynna é como você, teme demais, mas mesmo assim...
– Oh meu deus! Vocês irão assumir esse namoro! Finalmente! – eu quase gritei de felicidade por ele. – Eu tenho que ser a madrinha do casório! Por favor!
– Rose! – Albus me censurou todo vermelho. – Que mané casamento!
– Potter, Potter... eu te conheço. Vocês dois estão escritos nas estrelas, meu primo! – falei e ele riu me dando um soco fraco no ombro.
– Rose?
– Hum?
– Eu só não entendo uma coisa, de tudo isso... – Al foi dizendo todo misterioso.
– O que?
– Como, pelo amor do santo Merlin, você foi gostar logo do Malfoy?
Eu dei uma gargalhada gostosa, me esquecendo de todos os problemas e pela primeira vez eu senti como se aquilo não fosse algo ruim.
Eu estava apaixonada por Scorpius.
Mas eu fizera algo imperdoável.
– Bem, ele não irá me querer depois do que fiz... – eu sussurrei. – Eu fui uma estúpida, uma cega e idiota, e...
– Rose – Al quase gritou. – Apenas conserte o que fez.
Consertar... um erro. Tentar novamente. Como numa aula. Como num feitiço. Mas seria esse meu erro tão simples? Eu poderia refazer meus passos? Minhas palavras?
– Você o quer, então conserte o que fez - Albus falou – Ele erra tanto quanto você.
Eu sorri mais ainda e beijei as faces de Albus Potter.
– Eu te amo, Potter! Te amo demais! – falei sorrindo e me levantei.
– Aonde vai? – ele perguntou confuso.
– Concertar meu erro – falei colocando minha sapatilha.
– Você vai pegar uma detenção, isso sim. Já passou do horário da monitoração até.
– Eu preciso... ir – falei e sai que nem uma doida pelo quadro da mulher gorda.
Deixei Albus para trás, ele nunca mudaria esse fato, não me impediria de ir até Scorpius. Eu poderia não encontrá-lo, mas não poderia deixar para amanhã. Eu nunca o acharia no meio dos estudantes no trem, indo passar as férias de Natal em casa. Simplesmente o perderia. Fui até a sala precisa e a porta se materializou quando eu pedi. Empurrei a porta, desejando que ele estivesse ali e não em seu dormitório.
E Scorpius estava sim ali.
Se agarrando com uma garota morena.
Quando abri a porta, atrai a atenção dele para mim. Seus olhos cinzentos encontraram os meus e vi ali tanto surpresa, quanto medo e vergonha.
Eu ri.
“Ops, sala ocupada” falei com raiva e comecei a andar para fora de lá, me xingando mentalmente por eu ser tão idiota.
Encostei-me numa parede, respirando fundo e tentando em vão não chorar.Ele não merecia isso. Que ótimo! A prima louca dele me batia, eu era ameaçada por Di Angelo, Lysander me odiava provavelmente... E ele...
Ele me machucava cada vez mais.
– Rose... – era a voz dele e eu não pude evitar uma lágrima de escapar, idiota, idiota, idiota! – Rose olha para mim.
– Para que? – perguntei com raiva
– Me desculpe – ele pediu e parecia realmente desesperado.
Eu apenas ri, consumida pelo ciúme e pelo ódio.
– Esqueça, eu não sou ninguém para você, não precisa dar satisfações – falei começando a andar, mas ele se pôs no meu caminho.
– Você é alguém sim, sabe que é.
– Por que você me ama!? – quase gritei e ele fechou a cara.
– Não zombe disso, se não acredita...
– Eu acreditei. Cinco minutos atrás eu ainda acreditava – falei nervosa. – Mas fui uma idiota.
– Realmente, é uma completa idiota, porque não sabe lidar com isso.
– Olha aqui...
– Você riu da minha cara! Você fugiu, Weasley!
Flashback
“Eu te amo” Scorpius falou de uma vez “Rose Weasley, eu te amo”
Eu me limitei a rir de forma nervosa, sentia uma sensação estranha, meu estômago estava cheio de borboletas, porque Scorpius Malfoy acabara de dizer... que me amava.
“Eu, eu...” falei e me afastei nervosamente. Coçou minha cabeça. Merlin! Ele estava louco? E com certeza estava, não era como se tivéssemos um futuro. “Malfoy, você...” eu ri de novo, ele me amava”
“Por que está rindo?” Scorpius contestou-me e eu somente continuava a rir como uma boba.
“Porque... porque... porque você não deveria dizer isso” sussurrei, sabendo que tudo aquilo era uma loucura. “Deve a ser poção! Você deve estar sob o efeito dela e fica dizendo coisas...”
“Coisas o que?”
“Insanas” completei agora raciocinando direito. Ele me amava, ele me amava. Mas meu pai o odiava!!
“Insanas?!” ele repetiu.
“Bem...sim” falei pegando meus sapatos e os calçando “Pense em nós como... óleo e água!”
“Óleo e agua?” ele repetiu e percebi que estava irritada.
“Yeah!” falei, merda, eu estava sendo uma idiota, POR QUE EU NÃO SABIA COMO AGIR DIANTE DELE?
“Não nos misturamos então...” Scorpius completou cruzando os braços e sorrindo amargamente.
“Exato!” falei “Weasley e Malfoy... não devem se amar, fala sério! Odiamos-nos desde que nos conhecemos, você me prendeu num armário, você já explodiu poções minhas, jogou livros meus no lago negro”
“E você me fez ficar em coma” ele sussurrou e eu me levantei. O que eu deveria fazer? Dizer que também o amava? Depois de tudo o que ele fizera?
“Eu não... eu não planejei isso!”
“E teria planejado?!”
“Que? Não!” eu protestei e comecei a ficar inquieta. “Tudo bem que te azarar não seria uma péssima ideia... mas eu não faria nada que te matasse, talvez só te ferir um pouco...” sussurrei.
“Ferir um pouco? MUITO OBRIGADO! É ÓTIMO SABER ISSO” ele exclamou.
“Olha eu... não quis dizer isso” falei escondendo minha face.
Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Isso ecoava pela minha cabeça.
Eu te amo... eu deveria dizer também? Não! Seria... loucura!
“E o que quis dizer?” Scorpius perguntou.
“Eu... eu... eu preciso ir!” falei antes que ele pudesse me segurar e me fazer sua prisioneira naquela sala. Assim que saí, encostei-me a parede.
“Merlin! O que eu fiz?” sussurrei.
Fim do Flashback
– Scorpius... – comecei a dizer.
– Sabe como fiquei? – ele me perguntou. – Depois que você saiu por aquela porta eu fiquei olhando e olhando, não acreditando em nada.
– Não era tão simples tudo aquilo – falei – eu não queria dizer o que disse.
– Mas disse! – Scorpius gritou. – Agora só queria saber o porquê de você ter agido como uma louca.
Eu queria ter dito que a única razão para minha loucura era meu ódio por ele.
Mas não. Eu não disse nada. Eu simplesmente o puxei pela gola da camisa e o beijei.
– É porque eu te amo, Malfoy! – sussurrei. Seus olhar era de pura surpresa e eu o via através das minhas lágrimas. – Porque tenho medo, porque um Malfoy não se importa em quebrar em corações – falei e o soltei, deixando ali.
Eu praticamente corri, não o fitei, parei só quando não conseguia mais aguentar aquela angústia dentro de mim, mas ouvi passos, virei-me.
Automaticamente, Scorpius me prendeu entre seus braços e uma parede.
– Nunca mais, nunca mesmo, sequer tente fugir – sussurrou, encostando sua testa na minha – Eu não teria te machucado se você não tivesse feito isso primeiro, não teria te protegido no campo de quadribol, se não me importasse, não teria cuidado de você em nenhum momento se a verdade não fosse... que te amo, Weasley.
Ele sussurrou e tomou meus lábios delicadamente, um beijo calmo, terno. Um beijo que poderia bem ser o nosso primeiro.
– Rose, você quer me namorar?

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