25 agosto, 2012

[Magic and Mistakes] Beginning

Narração by Hermione



Depois do desconforto inevitável da aparatação eu pude sentir o ar frio da noite londrina e aspirei o ar como se não respirasse há um longo tempo. Sentia algo corroer meu estômago lentamente e só então percebi que estava chorando. As solitárias lágrimas deslizavam silenciosas pelo meu rosto, como se não quisessem chamar atenção. Eu não conseguia acreditar no que acontecera.

Soltei a mão de Draco e dei alguns passos até um banco que achei. Nem havia percebido que estávamos em uma praça vazia. O sol já havia ido embora dando lugar à noite, com seu manto escuro absorvendo qualquer indício de luz. Mas não estava propriamente tão escuro. Havia alguns archotes de luz espalhados no local, reservando ao ambiente uma aparência quase que romântica. Mas eu não estava me importando com isso. Não conseguia.

A única coisa que pensava era naquela cena, a qual se repetia ininterruptamente em minha mente. Palavra por palavra. Gesto por gesto. E o sangue dele descia por seu braço, uma gota vermelha e comum.

Lembrei-me de que Draco estava ali comigo e o olhei. Ele estava de costas para mim, observando um ponto qualquer no horizonte.

–Você não devia ter feito isso. – falei baixo, mas num tom que com certeza ele ouviria.

Vi seus ombros relaxarem lentamente. Ele não disse nada.

–Não devia ter saído de casa por minha causa. – continuei, sabendo que mesmo que ele não estivesse me respondendo, ainda me ouvia. – Draco... é a sua família...

–EU SEI! – Draco gritara virando-se para mim e percebi seus olhos vermelhos. – Eu sei, Hermione... – ele sussurrara soluçando e levantei-me de onde estava.

–Draco – disse baixinho e segurei seu rosto entre minhas mãos, enxugando a trilha que uma lágrima marcara em seu rosto. – O que vai fazer agora?

Minha pergunta era difícil e talvez nem ele mesmo houvesse pensado ainda no que fazer.

–Não sei... vou para um hotel eu acho. Tenho dinheiro suficiente para viver fora de casa. – ele dissera.

Olhei para o céu e percebi o quanto aquilo prejudicaria Draco, mas afinal, ele não estava fazendo apenas o que eu e meus amigos fizemos todo esse tempo? Não estava enfrentando seus medos e aprendendo a viver no mundo, tentando torná-lo melhor?

E o melhor de tudo, não estava me defendendo?

Sorri com isso e algo brilhou em minha mente.

–Por que não mora comigo? – perguntei e Draco me fitou demoradamente.

–Não... não quero te incomodar – ele disse alguns segundos depois.

–Você nunca me incomodaria, meu amor. – falei abraçando-o.

Depois de um tempo fitando-o nos olhos percebi um sorriso formar-se em seus lábios, o qual se transformou em uma risada rouca. Olhei para ele como se perguntasse o motivo da mudança repentina nele. Draco apenas continuou a rir, como uma criança.

–O que houve? – perguntei pensando seriamente se ele estava com o juízo perfeito.

–Não percebe, Hermione? – ele contestou e me beijou ardentemente nos lábios, como se quisesse sugar toda a minha existência naquele beijo.

Sentia minhas pernas fraquejarem e retribui o beijo com a mesma animação que ele. De repente Draco se afastou alguns centímetros.

–Isso é a coisa mais rebelde que eu fiz em todos esses anos e só agora percebo o quanto eu queria sair de casa. – ele respondeu e eu sorri.

–Você é louco, Malfoy. E é todo meu.

Começamos então a andar pelo parque deserto de mãos dadas. Estávamos no começo de outubro e eu sentia o vento gelado bater em mim. Em algumas semanas a neve cobriria toda aquela extensão.

Lembrei-me de que mais cedo Harry me contara que estava noivo e que Gina me contara todos os detalhes, mostrando-se absolutamente feliz. Não conseguiria dizer como meu dia mudara tão rápido, indo da felicidade para a surpresa ou a tristeza em questão de tão pouco tempo.

Paramos perto de um chafariz antigo que havia na praça e fiquei observando o fluxo da água, aquilo era muito mais belo do que eu imaginava.

Olhei então para Draco e o abracei, escondendo meu rosto em seu peito. Quando toquei em seu braço e ele gemeu baixo, lembrei-me do ferimento. Afastei-me e o fiz tirar o casaco que havia colocado ao sair de sua casa. Puxei seu braço. Olhei atentamente para o machucado, era superficial, como havia pensado. Puxei minha varinha e conjurei uma toalha branca. Como sangrava apenas um pouco eu limpei o ferimento com o pano. Depois lavei com água e fiz um curativo rápido. Em alguns dias ele estaria perfeito, mas eu teria que fazer algo melhor quando estivesse em casa.

Olhei novamente para aqueles olhos azuis e percebi como ele estava sério. Quando ele me fitou, sorriu, e percebi ele relaxar.

Pegou seu casaco novamente e o colocou, puxando-me pela mão.

–Draco… para onde vamos? – perguntei acompanhando-o.

–Para qualquer lugar. – ele respondeu divertido.

–Irá morar comigo? – perguntei de repente, retomando o assunto que ele desviara.

O segundo que transcorreu pareceu um século, senti o frio da noite penetrar em meus ossos e só então ouvi a resposta dele.

–Eu vou.

Eu sorri. Isso seria ótimo.

Draco de repente soltou minha mão e dirigiu-se para uma senhora que arrumava vários buquês em um carrinho, pronta para voltar para casa depois de vender suas flores. Vi ele dar algumas libras para ela e quando voltou para mim trazia consigo cravos vermelhos.

–Para a mulher da minha vida. – ele sussurrou antes de beijar as flores e dá-la a mim.

Sorri envergonhada ao perceber que a mulher idosa com as flores nos olhava de forma doce e talvez até sonhadora. Abaixei os olhos e mordi meus lábios nervosa. Por que tudo tinha que ser tão intenso quando eu estava com ele?

Draco pegou minha mão e continuamos a andar passando pela noite sem destino, como cães abandonados e que se encontram para aproveitar o brilho da noite. E de fato a cidade parecia muito mais linda durante esse período, quando as luzes estavam presentes.



Um casal de adolescentes passou por nós brigando e ouvi claramente quando a garota falou algo como eu te odeio. Não consegui evitar e me lembrei de quando eu odiava Draco, ou pelo menos, achava que odiava.

Virei meu rosto para o lado oposto ao do casal e tive a impressão de ter reconhecido alguém dentro de um pequeno café. Sua cabeça estava apoiada na janela de modo desajeitado e eu então o reconheci.

Pela expressão dele eu sabia que havia algo errado, algo tão mais errado do que o fato dele estar bebendo um capuccino e não seu costumeiro wiskey.

–Vem comigo, Draco – falei puxando-o pela mão.

Atravessei a rua e entrei na cafeteria. Passei pelas mesinhas arrastando Draco enquanto este resmungava algo como “O que fazemos aqui?”. Encontrei então o par de olhos verdes que eu procurava. Ele me olhou surpreso e sorriu.

–Hermi? O que faz aqui? – Pietro perguntou oferecendo as cadeiras vazias para nós.

–Estava passando com Draco e te vi – falei sentando-me e o fitei demoradamente. – Juro que é difícil te ver em um lugar desses há essa hora. Normalmente você apenas toma um café cedo. Ou quando está de ressaca, não? – disse divertida tentando arrancar algum sorriso dele.

No entanto tão logo eu toquei no assunto ele tornou-se mais duro, como se eu tivesse cutucado sua ferida. Agora sim eu sabia que havia algo de errado. Seu rosto era agora uma máscara de indiferença.

–O que eu houve? – perguntei e não estava acreditando que aquele dia poderia ter sido ruim para com mais uma pessoa.

–Nada. – ele respondeu distante.

Quase sempre um nada sempre significa algo a mais. Como se houvesse uma mensagem por trás da mensagem. E um enigma por trás daquele sorriso cansado dele.

Quando eu ia continuar a conversa, uma mocinha aproximou-se de nós.

–Desejam algo? – ela perguntou segurando uma bandeja e um bloquinho de notas.

–Não, obrigada. – eu respondi para a garota.

–E o senhor? – ela virou-se para Draco deixando um sorrisinho dançar em seus lábios ao olhá-lo de cima a baixo de uma maneira avaliativa e nem um pouco discreta.

Virei-me para ela e nem percebi que a fitava de um modo quase que fatal.

–Claro. Um cafezinho seria ótimo. – não acreditei quando a voz dele soou tão... sedutora.

O que se passava naquela cabeça loira dele? Com certeza um desejo suicida. Resolveria isso mais tarde. Pietro era mais importante naquele momento.

–Há algo sim, e eu sugiro que diga logo. – falei depois que a garota fora embora.

Deixei meu estresse transparecer um mim finalmente depois daquele dia cheio de acontecimentos.

Pietro logo entendeu que eu falava sério. Ele sabia perfeitamente reconhecer essas minhas oscilações de humor. Relaxou na cadeira e tomou um gole de sua bebida.

–Tudo bem, Hermione. Já que pede tanto... – ele sussurrara. – Meu pai quer que eu volte para a França para cuidar da empresa. – falara e percebi que seus ombros ficaram tensos.

–Mas e a Escócia? Pensei que fosse montar algum negócio por lá. – perguntei agora preocupada com ele.

Um fato sobre Pietro Breine: Ele era filho único. O filho que teria que gerenciar mais cedo ou mais tarde todas as posses da família.

Um segundo fato: Ele não queria nada disso por enquanto.

Como ele próprio dizia, “A vida é uma só, aproveite e quando perceber estará velho o suficiente esquecer todas as loucuras de sua juventude. Se não acontecer, sempre existe uma bela garrafa de wiskey”. O que eu podia fazer? Esse era o modo intenso que ele escolhera para viver. E eu nem queria imaginar as coisas que ele já fizera para ter essa filosofia de vida.

–Bem, faz quase cinco meses que eu terminei o curso e até agora não achei nada que me interessasse por lá... mas aqui... aqui é outra história. – ele sussurrara fitando-me intensamente com aqueles olhos esverdeados.

–E qual o problema com o aqui? – fora Draco quem perguntara, entrando pela primeira vez na conversa.

–Aqui não é a França. Não é meu país. E não há ninguém para me controlar. – percebi que sua voz era ligeiramente amargurada, o tipo de amargura que eu raramente via nele.

Estava mais acostumada ao seu sarcasmo e descaso com tudo. Esse Pietro era muito mais divertido e eu sentia falta dele. O que estava a minha frente era sério demais.

Entretanto sabia exatamente o que ele queria dizer. Seu pai o queria no seu país de nascença, longe de estrangeiros. Onde ele poderia aprender muito mais do que aprendera em seu curso de administração na Escócia. Talvez o Sr. Breine tivesse razão. Talvez não. O que me importava era o que Pietro queria.

–O que te impede de voltar para casa? – perguntei agora o pegando desprevenido, sabendo perfeitamente que ele iria desviar da minha pergunta e inventar mil desculpas para não responder.

Ou iria apenas ignorar, como acabara de fazer.

Mas eu não iria me dar por vencida.

–Pietro... O que há lá que te deixa com tanto medo? – questionei e pelo olhar que ele me lançara eu sabia que estava certa.

Havia algum motivo por trás de seu desejo de não voltar para casa. E ele não iria me contar. Pelo menos agora.



Ouvi então uma canção começar a ser tocada e reconheci. Era tão linda e envolvente. Vinha de um rádio velho que havia em um canto ao lado do balcão. Deixei-me envolver pela música e percebi que não era a única a ser afetada por ela.



Maybe we're all different but we're still the same
Talvez todos sejamos diferentes, mas ainda somos iguais

We all got the blood of Eden running through our veins
Todos temos o sangue do Édem correndo em nossas veias

I know sometimes it's hard for you to see
Sei que às vezes é difícil para você ver

You're caught between just who you are and who you want to be
Você fica preso entre quem você é e quem gostaria ser



Olhei para Draco e como se alguém tivesse sussurrado eu me lembrei do motivo de estar aqui, ao lado dele, em plena noite londrina. Os dois estavam com problemas, ambos relacionados à família, ambos sendo pressionados por seus pais. Era incrível o fato de eu ainda estar viva depois de todo esse estresse. De repente me dei conta do quanto desejava minha cama.



If you feel alone and lost and need a friend
Se você se sente sozinho e perdido e precisa de um amigo

Remember every new beginning is some beginning's end
Lembre-se que todo novo começo é o fim do início de alguém



–Há algo mais. – Pietro sussurrou com um sorrisinho debochado nos lábios. – Meu pai irá se casar de novo.

Esse pequeno fato me atingiu. Eu não sabia quase nada sobre os pais de Pietro. Apenas sabia que seu pai era um velho bruxo, respeitado pela comunidade e tinha muito poder. E também sabia que sua mãe estava morta. Os detalhes eu não ousei perguntar, pensei ser insensível demais.

–Ela é jovem. Muito jovem. – ele falou – Jovem e linda demais para ele pelo o que eu soube. – o moreno falou e percebi o tom sarcástico que ele usava, como se tudo fosse uma piada.

Ele olhava para um pontinho no chão e me dei conta de que talvez fosse isso que o afligia. O casamento do pai. Mas não tinha certeza. Se a mulher era jovem será que ele estaria interessado nele?



Welcome to wherever you are
Bem vindo onde quer que esteja

This is your life; you made it this far
Esta é sua vida, você conseguiu até aqui

Welcome, you got to believe
Bem vindo, você tem que acreditar

That right here, right now
Que aqui e agora

You're exactly where you're supposed to be
É onde exatamente você deveria estar

Welcome to wherever you are
Bem vindo onde quer que esteja



–Você a conhece? – Draco perguntara e bebeu seu café.

–Não.

Uma resposta rápida e curta. O tipo de resposta que afundou qualquer teoria minha sobre o humor dele. Como homens eram complicados! Eu estava cansada de tentar traduzi-los.

–Então qual é o problema? – eu praticamente falara de modo grosseiro e me surpreendi comigo mesma.

Respirei fundo e percebi que talvez eu devesse descansar.

–Estou cansada, Pietro – disse fechando meus olhos e colocando a mão na mesa, havia tocado exatamente no lugar onde colocara minhas flores quando cheguei ali. – Acho melhor você pensar um pouco. Amanhã podemos continuar essa conversa.



Fechei minha mão, pegando meus cravos na mesa e levantei-me. Draco deixou uma pequena quantia sobre o balcão para pagar seu café. Ele despediu-se de Pietro e me acompanhou para fora da cafeteria. Eu percebia só agora o quão cansada estava me sentindo. Apoiei-me em Draco.

–Me leve para casa. – sussurrei e fechei meus olhos.

Mal me dei conta de que Draco me levara para um beco e aparatara comigo para meu apartamento, ignorando que talvez eu devesse entrar pela frente e dar ao porteiro a impressão de que era normal. Assim talvez ele não enlouquecesse por não saber como eu chegava ao meu quarto sem ninguém perceber. Mas isso não era importante. Não agora.



Senti a maciez do meu colchão e depois lábios frios beijarem meu rosto. Sorri. Eu definitivamente adorava receber atenção dele. Virei de costas para o colchão e o fitei. Ele tirou o casado e percebi o curativo que eu fizera em seu braço. Agora que eu estava em casa poderia cuidar melhor daquele machucado. Tentei me levantar, mas ele me impediu.

–Descanse, Hermione – ele falou e quando eu ia protestar completou: - Pode deixar, irei cuidar do machucado que eu fiz.

Suspirei e mais uma vez não podia acreditar no que ele fizera.

Antes de eu fechar meus olhos eu ainda lembrei de que ele saíra mesmo de casa.

–Draco?

–Sim...

–Você irá ficar comigo mesmo?

–Vou.

–Não irá embora, nunca?

–Não, Hermione.

–Quando eu acordar, você estará aqui?

–Estarei.

–Promete?

–Prometo.



E então, adormeci com minha mão grudada na de Draco. Talvez eu pudesse finalmente relaxar depois de um dia tão cheio como aquele. Talvez meus olhos estivessem tão fracos que eu não consegui abri-los por um longo tempo. Precisava tanto disso... apenas descansar. Sem saber se quando eu acordasse tudo estaria no lugar certo.



Narração by Draco



Ouvi a respiração calma de Hermione quando ela adormeceu e acompanhei o ritmo de seu coração, que batia contra seu peito lentamente. Seria ótimo apenas ficar ali, vendo-a dormir.

Mas levantei-me e percebi que ela deixara os cravos que eu lhe dera em cima da mesa.

Peguei-os e conjurei um vasinho simples, colocando um pouco de água. Não estava com sono, no entanto precisava esvaziar a minha cabeça.

Fui até um rádio que Hermione tinha e o liguei baixo para não acordá-la. Talvez se eu ouvisse um pouco de música eu relaxaria, pelo menos piorar eu não iria ficar. A música tinha um ritmo contagiante e um pouco leve. Fechei meus olhos e deixei me levar. Me surpreendi quando descobri que era a mesma música que havia ouvido na cafeteria e que já estava na metade provavelmente.



When everybody's in and you're left out
Quando todos estão por dentro, e você é deixado para fora

And you feel you're drowning in the shadow of a doubt
E você sente que está se afogando na sombra da dúvida

Everyone's a miracle in their own way
Todo mundo é um milagre ao seu modo

Just listen to yourself, not what other people say
Apenas ouça você mesmo, não o que as outras pessoas dizem



“Talvez eu esteja errado quanto a piorar” Pensei agora olhando o rádio com uma careta, como se ele fosse o único culpado de tudo.

Aquela letra me afetava.

Soluções... eu precisava de uma. Meu pai me odiava agora, eu tinha quase certeza. O que eu fiz foi uma traição. Eu o desafiei. E saí perdendo.



When it's seems you're lost, alone and feeling down
Quando parece que está perdido, sozinho e para baixo

Remember everybody's different; just take a look around
Lembre-se que todos são diferentes, apenas dê uma olhada ao seu redor



Será que tudo tinha que ser tão difícil? Suspirei irritado e fui até a janela, olhando para as pequenas estrelas que agora enfeitavam o céu. O que eu deveria fazer?

Primeiro pela manhã, eu voltaria até minha casa e buscaria minhas coisas, tinha que ser cedo, esse era o horário em que ele não estaria por lá.

Depois eu iria me estabelecer em algum lugar, a opção mais tentadora era viver aqui com Hermione. Espaço havia, mas o mais importante. Aqui existia ela.



Welcome to wherever you are
Bem vindo onde quer que esteja

This is your life; you made it this far
Esta é sua vida, você conseguiu até aqui

Welcome, you got to believe
Bem vindo, você tem que acreditar

Right here, right now
Que aqui e agora

You're exactly where you're supposed to be
É onde exatamente você deveria estar



Um novo começo. Era isso que eu precisava. O começo que eu já devia ter garantido. O passo que Hermione dera há muito tempo. Ela pelo menos teve coragem muito antes de mim para sair de casa e garantir sua vida, prova do quanto grifinória era. Eu iria fazer o mesmo. Por ela e por mim.



Be who you want to be
Seja quem você quer ser

Be who you are
Seja quem você é

Everyone's a hero
Todos são heróis

Everyone's a star
Todos são estrelas



Minha boca abriu-se de repente e peguei a mim mesmo bocejando. Agora sim o sono viera. Fui até a cama e me deitei. Olhei para a face relaxada de Hermione e sorri. Poderia acordar todos os dias com aquela visão.

–Boa noite, Hermione. – sussurrei antes de agitar minha varinha e fazer a música acabar.

O apartamento foi mergulhado no silêncio e eu logo adormeci, sabendo pela primeira vez na minha vida que era livre.

E isso era o que mais me assustava.

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