11 janeiro, 2011

Cap. 11 - Choices



–Comensais conseguiram penetrar as defesas da escola. – o sonserino disse – Draco, eles estão na floresta proibida. 

A voz de Theodore Nott era ligeiramente surpresa ao dizer aquilo e eu não podia esquecer-me de seu tom. Olhei para Draco, ele parecia preocupado. Comensais. Isso me lembrava instintivamente de Harry e seu desejo insano de vingar-se daqueles que causaram a morte de Sirius. Mas, principalmente, ele queria matar Voldemort. Suas palavras foram até audíveis para mim naquele momento. 

–Eu tenho sonhos ruins, piores do que os de antes. Eu vejo ele matar, Hermione, cada vez mais pessoas. Inocentes. 
“Ele não sabe da ligação.
–Harry, você vai aprender oclumência, queira você ou não. E vou provar para você a inocência de Gina.
–Mas eu poderia usar isso contra Voldemort.
–Você não vai usar isso mais, entendeu?
–Tudo bem.

O “Tudo bem” que Harry me dera não me convencera nem um pouco. Se ele tivesse uma chance, eu sabia que ele a usaria.
Gina veio até mim correndo e vi terror em sua face. Eu sabia que o que ela falaria apenas provaria mais ainda minha teoria de que Harry estava indo na direção da sua morte naquele minuto.
–Hermione - sua voz estava afetada e eu podia perceber claramente que ela estava com medo – Harry sumiu. Assim que o rumor dos comensais começou.
Então era verdade. Harry estava correndo perigo.
Saí correndo de repente, sem pensar, e sabia que Draco e Gina estavam me seguindo. Com certeza eles me impediriam se eu tentasse algo.
Subi as escadas para o salão comunal correndo e fui até meu quarto, tirei aquelas roupas antigas e coloquei uma calça jeans, uma blusa simples e um casaco quente. Eu não poderia fazer nada com aquele vestido opulente e exageradamente longo, não conseguiria nem ao menos correr se o usasse.
–O que pensa que vai fazer? – Gina me perguntou, olhando-me trocar de roupa apressada.
Tirei a tiara em minha cabeça e a joguei na cama. Peguei minha varinha e saí do quarto apressada.
–Hermione! – Gina gritara.
–Onde está Rony?
–Com o idiota do Harry, onde mais acha? Eles sumiram!
–Sei onde estão e estou indo atrás deles. – eu passei pelo quadro da Mulher-gorda e encontrei Draco do lado de fora.
–O que pensa que vai fazer? – a pergunta dele fora exatamente igual a que Gina me fizera.
–Vou ir atrás de um idiota que está indo na direção da morte. – respondi seca, mas Draco me parara.
–Não vai não. – fora o que ele falara.
–Lamento, Draco. – falei e apontei minha varinha para Draco, mentalizando claramente um“Petrificus Totatus”.
Ele olhara-me e endurecera. Só não caíra no chão porque eu não o deixei. Coloquei-o deitado.
–O que você fez? – Nott perguntou surpreso. – Você o matou?
–Não seja ridículo. – falei irritada. – Apenas o petrifiquei. Desculpe-me, Draco. Você não pode me impedir, sabe que ele é meu amigo e sabe muito bem que faria muito mais por você. Mas ele precisa de mim agora.
Seu olhar, mesmo que petrificado, era acusador. Senti um bolo formar-se em minha garganta, mas não permiti a mim mesma fraquejar naquele momento. Draco poderia me odiar se quisesse, mas agora eu não podia me dar ao luxo de esperar meu amigo voltar, são e salvo, repentinamente. Voltei a correr e consegui me esconder dos professores que tentavam selar a entrada. Felizmente consegui sair. E corri em direção à orla da floresta. Não foi difícil eu entrar lá. Já havia feito isso no ano anterior e sabia muito bem que era perigoso. Mas as raízes e a neve não me ajudavam, apenas tornavam o caminho mais difícil. Vi algumas luzes. Vermelhas. Verdes. Azuis. Não. Não eram apenas luzes. Eram feitiços. Segui as luzes e encontrei Harry duelando com um comensal. Um feitiço iria atingi-lo.
Protego! – eu murmurei muito mais rápida do que o homem, denunciando minha localização.
Fora o que bastara para feitiços voarem até mim, no entanto, me defendi deles como se estivesse treinando na A.D, ironicamente aquilo não era uma aula clandestina de estudantes, mas sim a vida real, onde ninguém hesitaria em matar uma sangue-ruim.
O que eu não percebera era que havia alguém atrás de mim. Outro comensal.
Eu não pensei direito naquela hora, ergui meu braço, e bobeei. Seu feitiço atingira em cheio meu braço. Um corte profundo fora deixado no lugar e o sangue começou a sair, tão silencioso e cruel quanto poderia ser.
Eu sentir dor, mas não era a primeira vez. Eu já estava, de certa forma, acostumada a duelos, embora não fosse tão boa. Mesmo ferida eu apontei a varinha para o homem e murmurei um feitiço.
Se corpo fora jogado alguns metros para trás e bateu em uma árvore. Não se movera mais. Pelo menos um ficara inconsciente.
Mal pensei isso quando ouvi uma voz fria murmurar e ao mesmo tempo senti uma dor que não poderia suportar.
“Crucio”
O feitiço viera tão repentino, que me deixara surpresa, mas logo eu não sentia mais nada que não fosse dor e desespero, como se meu corpo estivesse sendo perfurado e cortado por facas invisíveis e a cada momento, mais cruéis.
Quando senti que o feitiço cessara, eu ainda não conseguia me mover, embora não pudesse mais sentir meu corpo sendo torturado.
Abri meus olhos e me deparei com mais luzes. Olhei para meus lados. Harry e Rony duelavam com alguns comensais. Olhei para outro lado e perto de mim havia um comensal caído no chão, provavelmente fora Harry quem o estuporara.
O sangramento em meu braço aumentava e eu me sentia tonta pelo fato de estar perdendo sangue. Céus! Eu precisava estancar aquele machucado antes que desmaiasse, mas não me sentia fraca, com dor e a última imagem que vi foi um brilho, um belo brilho antes da completa escuridão.     

Narração by Draco

Eu ainda não acreditava na audácia daquela maldita grifinória. Ela me petrificou!
“Lamento, Draco.” Foram suas palavras.
–Finite Incantatem! – ouvi a voz de Nott e senti meu corpo relaxar.
Levantei-me com raiva.
–Maldita grifinória! – eu gritei indo na direção em que ela fora.
–Draco. Não faça nada estúpido. – Theo falou seguindo-me.
–Tudo bem. – falei e minhas palavras nunca soaram tão falsas. – Theo, você vai vir comigo mesmo?
–Mas é claro, não quero que faça algo idiota, já disse isso.

Parei de andar do nada e me virei para Theo. Apontei a varinha para ele e murmurei um feitiço. Ele se assustou com isso e provavelmente com a sensação que o feitiço causara.
Olhei para ele, não estava mais loiro, mas sim com seus cabelos pretos e os olhos castanhos.
–Se vai vir comigo será melhor que não o reconheçam, não sei quem está aqui e seu pai não ficaria nada alegre se souberem o que você está prestes a fazer, mesmo que esteja em Azkaban agora. – falei rápido e Theo me olhou emburrado.
–Não precisa me lembrar disso, Draco. – ele falou bruscamente.
Mas no fundo ele sabia que eu tinha razão. E de certa forma me identificava mais com ele e o via como igual, porque Theo era meu único amigo mais inteligente do que eu e que estava na mesma situação do que eu. Seu pai também estava em Azkaban por causa do que houve no Ministério da Magia.
Depois de ter mudado minha própria aparência, mudando a cor dos meus olhos e cabelo, bem como um pouco da feição do meu rosto, nós saímos da escola facilmente. Me dirigi até a cabana de Hagrid, peguei um dos cavalos que ele cuidava e o montei. Curiosamente, a sela dele estava arrumada.
E eu não me incomodava nem um pouco com isso. Nott fizera o mesmo que eu e fomos até onde ele havia dito que os comensais estavam.
Entrei na floresta. Tinha um pouco de medo ainda daquele lugar. A última vez que eu entrara ali fora quando tinha 11 anos e a culpa fora de Hermione e seus amigos.
E até hoje me lembro de ter visto vultos e criaturas das trevas naquele lugar.
Mas não me abalaria. Quando vi estava em uma clareira e percebi que havia corpos no chão. Corpos com roupas negras e máscaras. Comensais. Reconheci o Weasley caído no chão arfando cansado e tentando atacar um comensal que se aproximava dele.
Desci do cavalo e ergui minha varinha, estuporando o homem. Havia só mais um e este se dirigiu até mim.
Ele foi mais rápido do que eu e me acertou. Caí no chão. Minha perna doía e gemi, mas mantive a cabeça fria, me desesperar agora decididamente não seria bom. Mas antes que eu fosse atacado de novo, Nott postou-se na minha frente, entrando em meu lugar naquele duelo. É claro que o comensal era bom, mas meu amigo era melhor.
Olhei para o lado e vi o Potter abraçando alguém de cachos castanhos.
Hermione.
Senti o ar fugir de mim e arfei. Não era possível que ela tivesse sido atacada.
Que pensamento idiota... Ninguém sob ordens do Lorde hesitaria em ferir uma sangue-ruim. Tentei me levantar, o que exigiu muito esforço, e fui até ela.
Havia um machucado profundo em seu braço e sangrava.
Mas minha atenção se desviou de Hermione quando vi o Potter apontar sua varinha para mim. Fora quando eu lembrei que ele não me reconheceria, uma vez que modifiquei minha aparência.
–Abaixe essa varinha, Potter. – eu falei no modo arrogante como sempre falava.
Ele se assustou, mas pareceu ter reconhecido meu modo de falar e minha voz. Fora o que bastara para ele perguntar hesitante:
–Malfoy?
–Quem mais seria? – perguntei irritado me aproximando – O que foi? Não acredita em mim?
Ele continuava com a varinha em punho, mas segundos depois a abaixou. Aproximei-me de Hermione e vi seu ferimento.
–Leve-a até a ala hospitalar. – Fora o que eu ouvira o Potter dizer.
–Há mais comensais? – perguntei pegando-a nos braços e tentando colocá-la no cavalo.
–Acho que não. Ela estuporou um e eu e Rony demos conta do resto. Vamos voltar para o castelo. Mas leve Hermione com você.
Era estranho o Potter confiar sua amiga a mim. Talvez ele finalmente acreditasse que eu a amava e não lhe faria mal. Subi no cavalo com dificuldade, devido a minha perna machucada, e percebi que aquele era um dos animais mais fascinantes que eu já vira naquela escola, isto é, se não fosse o único. Segurei o corpo desmaiado de Hermione, tentando não deixá-la cair, e eu não deixaria mesmo. Corri então em direção ao castelo.
Ela fora idiota. Muito idiota e eu não sabia mais o que fazer com uma cabeça-dura como aquela.

:::  :::

O sol nasceu como todas as manhãs: indiferente ao frio e à neve.
E eu já estava lá naquela enfermaria esperando ela acordar. Seu machucado no braço fora cuidado pela Madame Pomfrey. Hermione estava bem, precisava apenas de descanso. Mas eu daria uma bela bronca naquela sabe-tudo irritante.
Minha perna estava enfaixada, o corte fora superficial, mas perdi um pouco de sangue. Não me importava para falar verdade.
Enquanto ela não acordava eu dedilhava meu violão, olhando para a janela. Me empolguei e comecei a tocar alguns acordes, lembrando-me de uma canção.

I will be there, always waiting
Eu estarei lá, sempre esperando
Waiting for you to let me inside
Esperando que você me deixe entrar
Where your fire burns in a city of angels
Onde o fogo queima em uma cidade de anjos
Well just like a river rushing straight into the sea
Assim como o rio corre diretamente para o mar
I'm the one thing meant for you and you for me
Eu sou o único destinado para você e você para mim

Eu queria muito que ela acordasse, só de pensar que cheguei a acreditar que ela morreria... não. Eu não queria pensar nisso, não mesmo.
Eu iria protegê-la de agora em diante e não deixaria que ela tomasse essas decisões idiotas. Mesmo que ela me odiasse por isso. Eu não poderia deixar que ela se arriscasse, simplesmente porque não conseguia imaginar viver em um mundo onde não pudesse ver seu sorriso, seu rosto, seu olhar hesitante e, por vezes, constrangido, como quando eu a beijava.

Whatever you want
O que você quiser
Whatever you need
O que você precisar
Whatever it takes
O que for necessário,
I'll do anything
Eu farei qualquer coisa

Ouvi um gemido fraco atrás de mim e parei. Olhei para trás e lá estava ela, tentando sentar-se na cama. Levantei-me abandonando meu violão.
Ela me olhou atônica, como se me perguntasse por que eu estava tocando, ou por qual motivo estava naquele lugar.
Hermione parecia mais do que confusa, parecia desorientada, mas logo se lembrou do que fizera.
–O que aconteceu? – sua voz era fraca, mas eu não poupei minha raiva.
O que aconteceu? – repeti irritado. – Aconteceu que você foi atrás do Potter, no meio da floresta, onde havia comensais da morte. – eu praticamente gritara. – Você me petrificou e eu só pude te encontrar depois que você desmaiou. Se ao menos eu tivesse chegado antes...
–Espera... você foi atrás de mim?
Aquela era a pergunta mais idiota que ela já me fizera em todos aqueles anos.
–Imagina, fiquei parado filosofando se você voltava viva ou não. É claro que eu fui atrás de você!
Aquilo, pelo que eu percebi a deixou desconcertada.
Acho que ela não esperava por isso. Hermione começou a chorar e eu fiquei confuso e com peso na consciência.
–Ah, não. Não chore, por favor. – eu pedi me sentando do lado dela e segurando sua mão.
–Eu disse para você que tinha perdido minha confiança. Como pude fazer isso? Depois de todo aquele plano para humilhar a Parkinson. E depois de tudo que aconteceu e os comensais de ontem. Você foi lá, por mim. Mesmo eu tentando te impedir e... – ela falava rápido e eu tinha que me esforçar para entendê-la.  
Percebi que ela não tinha habilidade nenhuma em reconciliações e não fazia ideia de como me pedir desculpas. Simplesmente jogava mais e mais palavras em mim.
Então eu a beijei, sem deixá-la terminar de dizer o que queria. Explorei sua boca com desejo, como eu queria fazer em todos aqueles dias desde o passeio de Hogsmeade. Só Merlin deveria saber o quando eu sentia falta da minha sangue-ruim.
–Vamos esquecer isso, Hermione. – falei – Apenas me prometa que não irá mais atrás de comensais.
Mal falei isso e a vi hesitar, como se estivesse escondendo algo. Seu olhar parecia que exibia até certa súplica, para que assim talvez eu pudesse compreender o que ela me falaria em seguida.
–Draco... eu não posso prometer isso. – Hermione dissera e me olhara – Há algo que eu, Harry e Rony temos que fazer. Não posso dizer, não porque não confio em você, mas sim porque não podemos envolver ninguém nisso. É uma missão que só nós três podemos cumprir e que ajudará a todos os bruxos.
Depois de tudo o que acontecera, ela inda queria lutar, queria enfrentar comensais, e nem ao menos aparentava que estava com o braço enfaixado, ou que fora torturada na noite anterior. Ah, como eu odiava essa maldita determinação grifinória. Mesmo que aquela casa fosse a da coragem, naquele momento parecia que era a da burrice!
–Sinto que isso tem muito a ver com o Lorde das Trevas, não? – perguntei já adivinhando e ela confirmou.
Tudo o que eu queria naquele momento era que ela não tivesse que se envolver nessa guerra.
–Você lutará ao lado do Potter? – perguntei olhando-a fixamente.
–Sim.
O silêncio, depois dessa palavra tão simples e complexa, veio me torturar. Refleti sobre suas palavras. Naqueles meses em que eu estava com ela, Hermione mudou completamente meus conceitos. Eu já não me importava com o sangue. Achava ridículo isso, mas não era o que a maioria pensava. Eu também não via futuro se Voldemort assumisse o poder e dominasse os bruxos.
Sem perceber, Hermione Granger me fizera crescer, me transformou em um adulto, porque agora eu não temia meu futuro como antes. Ela me dera esperança, me trouxera felicidade e me ensinara como amar. E aprendi a tudo como um bom aluno, embora eu soubesse que também era para ela um ponto de fortaleza. Eu encontrara há algumas semanas uma garota com o coração quebrado e chorando como uma criança. O que eu via agora era uma mulher, a mulher que me ensinara a viver.
–Há algo que você precisa saber. – falei para ela e sabia que seria difícil continuar, mas eu não parei, sua expressão apenas me estimulou a prosseguir. – Naquele dia, na sala precisa, quando eu estava chorando, eu havia acabado de receber uma carta.
–Uma carta? – ela perguntou e insistiu – Uma carta de quem? 
–Da minha mãe. – respondi olhando para o chão – Dizia que Voldemort me quer como aliado e seu fiel seguidor. E que serei um de seus mais importantes espiões aqui dentro de Hogwarts. E que sua retomada do poder aconteceria logo.
Vi Hermione levar a mão à boca pela surpresa e dizer um sonoro “não”. Mas continuei.
–Eu irei receber a marca negra, mas eu não quero. Ele matará minha mãe se eu recusar. – senti minha garganta secar e deixei uma lágrima cair e a limpei.
Odiava chorar e demonstrar fraqueza.
E agora Hermione sabia da verdade.
–Temos um problema – ela falou. – Draco, escute. Enquanto estivermos em Hogwarts, estaremos bem. Podemos ficar juntos. Dumbledore é muito inteligente, saberá dar uma solução para isso. Você não será um comensal. Eu não vou deixar, Draco. – ela falou determinada e sorri. Talvez eu ainda tivesse uma chance.
–Enquanto estivermos em Hogwarts podemos ficar juntos. E depois? O que acontece? – perguntei com certa amargura.
Percebi que ela não sabia o que responder, mas me enganei. Hermione Granger sabia qual resposta me dar.
–Vamos viver cada dia de cada vez. Não se preocupe com o depois tão rápido assim.
Se antes minha esperança estava renovada, agora eu sabia que ela não me abandonaria tão cedo.
–E essa sua missão? Não posso te ajudar?
–Não. Não pode. Isso é entre grifinórios. – ela respondeu animada.
Se eu soubesse do que se tratava essa missão não teria a deixado ir.
Se eu soubesse que aquele era seu último ano em Hogwarts e que ela voltaria à escola somente para terminar sua misteriosa missão e começar uma batalha, eu teria a impedido.
Se eu soubesse que Dumbledore acharia uma solução para meus problemas, mas que isso não impediria que eu virasse um comensal, eu não teria criado tantas esperanças.
Se eu soubesse que teria que assistir ela sendo torturada em minha própria casa pelo bem do precioso plano deles, eu nunca teria concordado.
Mas tudo acontecera, de fato.
E eu nada poderia fazer, afinal, eu não sabia nada disso naquele momento em que estava com ela na enfermaria. Eu não podia prever o futuro.
–Eu tenho que eu ir contra minha família para ficar com você. – falei divertido.
–Dorothy foi contra seu pai para ficar com Adrian. – Hermione disse sorrindo – Nos romances mais interessantes acontece isso, Draco.
Eu ri, adorava o modo que ela pensava.
–No fim eu me apaixonei mesmo por você – falei deitando ao lado dela na cama, tendo cuidado para não acertar seu braço machucado. – Sabe, não importa o que aconteça. Serei seu eterno amante.
Beijei os lábios de Hermione com ternura, envolvendo-a em meus braços e levando-a mais uma vez para a insanidade. O que eu não sabia era que eu também estava perdido nela e que não me acharia mais. Simplesmente porque tudo nela me fazia bem. Sorri em meio ao beijo.
O modo como ela me olhava tão apaixonada já era por si minha redenção.
Eu não era mais um garoto arrogante, um sonserino frio, sarcástico e arrogante.
Eu, na verdade, poderia ser tudo que quisesse e poderia agir como bem entendesse, mas a única que conseguiu derrubar os muros que construí em volta de mim fora Hermione.
Eu odiava mesma aquela sangue-ruim por isso.   
Mas eu realmente a amava por ser minha, e somente minha, sangue-ruim.   


N/a: Olá queridos leitores, eis o último capítulo. 
A música é Anything do The Calling, amo essa banda e mais ainda o vocalista ;D
Amanhã postarei o epílogo e logo começo a postar a 2ª temporada da Fic, Magic and Mistakes.

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