08 janeiro, 2010

Cap. 10 - Darkness Parte 1- A fera do luar


Capítulo 10 :
Darkness
Parte 1 – A fera do luar

Ela estava parada numa floresta desconhecida, ela era escura e a névoa tampava o brilho lunar, sons de animais se misturavam ao som das folhagens, o pavor inundava seu ser, ela nunca sentiu tanto medo assim na vida...
Hermione suava frio e respirava com dificuldade, mal sentia seu corpo rolar na cama com aflição, mal percebeu quando arranhou seu travesseiro com as unhas.

Uma fera saiu das sombras, ela andava em direção à garota, a fera a encurralou, andava em círculos em volta dela como se a estivesse estudando para logo atacá-la.
Hermione gritou assustada não percebendo que a fera estava somente em seus sonhos naquele momento, mas o grito foi abafado já que ela tinha o rosto oculto no travesseiro.
A fera avançou e atacou a garota, ela tentou correr em vão, a fera a alcança e a machuca com violência. Mas um jato de luz atinge o predador, a fera tomba para o chão, mas resiste e tenta atacar o salvador de sua presa. Olhos acinzentados se destacaram da penumbra e quando estava prestes a atacar novamente, um uivo distante se fez ouvir.
Hermione acordou sobressaltada com seu sonho, já havia tido esse mesmo sonho uma vez, mas não entendia porque ele aparecia de novo em seu sono. E muito pior dessa vez. “Por que tantos sonhos estranhos e visões confusas?” Ela se perguntou deixando uma fina lágrima de medo deslizar sua face e decidiu que ia descobrir até o fim do dia, independente do que tivesse que fazer. Levantou-se e decidiu passar o tempo vago pela manhã na biblioteca.
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Pequenos raios penetraram a enfermaria naquela manhã cinzenta iluminando o lugar cada vez mais enquanto o sol nascia, numa das camas estava um garoto, tinha várias feridas enfaixadas e abriu os olhos de repente. E quando suas íris se acostumaram à claridade ele viu dois bruxos a uma pouca distância dele.
-Que bom que acordou Sr. Creevey. – disse Dumbledore lançando no garoto um dos seus olhares penetrantes.
-Onde estou? – a voz do garoto saiu fraca e um pouco perturbada.
-Na ala hospitalar, oras. – respondeu Madame Pomfrey e percebeu o olhar perdido dele. – não se lembra do que aconteceu?
-O que aconteceu? – ele perguntou confuso e sentiu dor ao se movimentar.
A medibruxa olhou o diretor que permanecia com o olhar indecifrável, provavelmente refletindo sobre a reação do aluno.
-Você foi atacado por alguém – o diretor disse por final – não sabemos quem. Esperávamos que você soubesse responder.
-Mas eu não me lembro. – Colin disse baixo tentando lembrar-se.
-Acalme-se. – falou Dumbledore – você está bem agora. Papoula, eu adoraria que me acompanha-se um instante – ele pediu e os dois foram até a sala da enfermeira. – Não o deixe muito agitado, Colin sofreu muito durante o ataque e mesmo que não se lembre agora tenho certeza de que sua memória vai voltar, quem sabe.
-Mas como ele não pode se lembrar? – a mulher perguntou horrorizada.
-Presumo que quem fez isso com ele apagou sua memória, o que aconteceu ontem foi somente para alertar-nos de que a escola corre perigo e, talvez, se o objetivo não fosse somente esse, Colin poderia estar morto. – ele disse preocupado enquanto Pomfrey deixava um gritinho de horror escapar. – Quanto antes ele recuperar a memória melhor, enquanto isso, os alunos devem ficar tranquilos, não vai adiantar nada se eles se preocuparem à toa agora.
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ORDEM DE MERLIN
Medo, apreensão, angústia e... mais medo. Sim caros leitores, Hogwarts com certeza não é mais a mesma. As palavras que eu acabei de citar são o reflexo do que vocês podem estar sentindo agora. E eu posso afirmar que os grifinórios também se incluem a isso, não que eu seja da grifinória, ou talvez eu seja, ah! Que seja, eu estudo em Hogwarts e não vou dizer em qual casa!
Como todos já devem saber, pois notícia ruim voa mais rápido do que dragão em fuga, ontem um garoto foi horrivelmente atacado, Cólin Creevey está agora na enfermaria da escola sendo tratado pela nossa ilustre Madame Pomfrey. O que ninguém sabe é quem o atacou, oh, não, dessa vez eu também não sei, a única coisa que posso dizer é que seja quem for que fez isso com ele, vai fazer de novo, e não precisa ser vidente para descobrir isso, afinal, ele deixou uma mensagem, uma assinatura de crime em minha opinião: O mal chegará a todos... Os sangue-ruins serão os primeiros. Mas o que mais me deixa confusa é a rosa que foi deixada no chão como se fosse uma prova do crime, mas por que uma rosa?
Mas convenhamos, essa de sangue-puro e sangue-ruim já encheu o saco, aposto que tem muitos nascidos-trouxas que sabem fazer vários comensais virarem pó só com um olhar. Isso tudo deve ser só intriga da oposição, ou seja, Você-sabe-quem. O cara é careca, velho, enrugado, cara de cobra, esquizofrênico, careca, tirano, totalitário, Hitler, Mussolini, careca, Neardentais... sério, eu acho que já virei alvo número um dele por causa desse jornal. Meu Merlin, como posso ser tão ingênua? O alvo número um dele é o Potter, putz, o nome dele tem que aparecer em toda edição? Ah é, eu sou a editora. Mas agora falando sério, um conselho a todos vocês, não andem sozinhos por aí, mesmo que forem a um cemitério, uma missa, uma festa, enterro... levem um amigo, um esquilo, uma coruja, que seja. Ah, e se por acaso encontrarem o careca, digo, Você-sabe-quem-Adolf-Hitler, olhe ele nos olhos antes de receber o avada e diga com toda a convicção: “Puxa! Você é feio, hein?”. Bom, dizendo ou não isso, você morre do mesmo jeito. Mas morra com classe, por favor!
Por: Miss M.
-Essa garota ainda vai correr um sério perigo de vida, olha a audácia dela! – Harry disse enquanto via Rony morrer de rir.
-Ela é perfeita se quer saber... – Rony disse divertido folheando o Ordem de Merlin calmamente.
-Não deixe Lilá te ouvir dizendo isso – Harry lembrou o amigo enquanto passava geléia numa torrada. – Onde está Hermione?
-No santuário dela, a biblioteca – o ruivo disse irônico. 
Harry respirou profundamente, a amiga estava cada vez mais distante, ele não conseguia mais encará-la da mesma forma, depois que a beijara há algum tempo, sentiu-se apaixonado por ela, mas depois, esse sentimento foi levado embora, pois ela começou a se distanciar aos poucos, ele já havia entendido que eram amigos e por isso estava com Gina, mas a ruiva também estava estranha, desde a noite anterior.
Agora Harry vivia um dilema. De um lado estava Hermione, cada vez mais próxima de Malfoy, cada vez mais sucessível a se magoar e sair ferida. Ela já não escutava mais o moreno. Estava diferente, machucada, e ainda tinha que decifrar um mistério: o da pedra do destino, e talvez isso implicaria com sua vida, mais do que ela esperava. Do outro lado estava Gina, cada vez mais distante, cada vez mais magoada e sofria por causa do moreno, e ela tinha um segredo, um enigma, talvez ruim, talvez autodestrutivo, mais ainda assim um enigma...
E ele tinha que ajudá-las antes que fosse tarde demais...
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O loiro entrou no salão comunal e se sentou na mesa da sonserina, começou a comer lentamente, lançou um olhar para a mesa da grifinória. “Ela não está aqui! Garota idiota! Aposto que está me evitando! Não a encontrei praticamente em nenhum lugar hoje, e pior, hoje não tivemos nenhuma aula em comum. Droga!” pensou irritado e saiu do salão ignorando os olhares furtivos dos outros sonserinos. “Mas se a Granger não vem até mim, eu vou até a Granger!”
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Hermione andava calmamente entre as prateleiras da biblioteca passando o dedo entre os títulos que achasse sobre visões e futuro que explicasse o que aconteceu na noite anterior e o motivo de seus sonhos. Já tinha encontrado várias respostas ridículas e improváveis e tinha jurado amaldiçoar a primeira pessoa que visse se encontrasse algo como “Você é uma clarividente” no próximo livro que lesse.
Pegou um volume antigo e gasto pelo tempo e deixou-se seguir para uma mesa.
“Preocupada com o futuro? Está vendo coisas estranhas de repente? Já previu algo? Sim? Então você é uma vidente com o olho aberto para a clarividência.”
“Ou seja, Trelawney II, ah lembrei, odeio adivinhações. Quem que eu vou amaldiçoar?” Pensou com ironia e sentiu alguém puxar o livro de sua mão. “Esse eu azaro com prazer”
-O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – Draco perguntou irritado e com a voz cheia de cinismo como sempre.
-Lendo? – ela respondeu com uma sobrancelha levantada – ou pelo menos estava.
-Não estou falando disso – ele disse e jogou o livro na mesa – desde quando lê sobre adivinhação? Pensei que tivesse desistido da matéria... – ele perguntou atônico olhando o livro, mas logo voltou ao tom de antes. – não importa, o que eu quero saber é o motivo de você não ter aparecido até agora no salão principal, não foi tomar café, nem almoçar, acabou de perder o jantar... Está até pálida, vai desmaiar daqui a pouco.
-Eu não estou com fome – ela disse simplesmente, mas seu estômago a denunciou com um longo barulho – certo, eu estou, mas se eu quisesse comer, já teria feito isso – ela então pegou o livro novamente, mas o loiro o tomou deixando-a irritada – DÁ PARA ME DEIXAR LER? Não é da sua conta o que eu deixo ou não de fazer! – ela disse se levantando e sentindo uma tontura.
-Eu não falei? – Draco disse a segurando pela cintura – Agora você vem comigo.
O garoto então a levou até a cozinha, onde vários elfos trabalhavam. Os elfos faziam-lhe reverencias e ofereciam tudo o que tivessem à mão, mas o loiro pegou ele mesmo o prato e encheu de comida, colocando na mesa, onde deixara Hermione sentada.
-Coma tudo.
-O que? Eu não vou comer tudo isso. – ela protestou vendo o tamanho de prato enquanto comia.
-Ah, vai sim, quer apostar? – ele disse ameaçador e recebeu outro olhar perigoso dela, pegou o garfo e levou a comida até a boca dela – abra a boca – mas ela simplesmente fechou mais ainda – não estou brincando, vou contar até três – disse como se estivesse falando com uma criancinha – Um... Dois... Três. Não reclame, você que escolheu que fosse desse jeito. – ele disse e começou a fazer-lhe cócegas, ela começou a rir, e loiro aproveitou e colocou a comida na boca dela.
-Eu te odeio Draco – ela disse derrotada e tomou o garfo da mão dele, comendo por si própria.
-Eu sei que sim.
-É horrível o que os bruxos fazem, menosprezam qualquer criatura... pobres elfos. – a garota comentou depois de uns minutos fitando-os.
-Como é que é? – o loiro perguntou distraído.
-Os elfos, são forçados a trabalhar e mesmo assim não têm reconhecimento algum, ou até mesmo gratidão de seus donos.
-Por que se preocupar com eles? Essa é a natureza deles, são feitos para servir, ofereça a liberdade a algum deles e veja o que fazem, eles não querem ser livres, Hermione. – Draco disse ainda olhando o nada e ouviu o garfo dela bater no prato.
-Mas não é porque eles têm que servir aos bruxos que eles não mereçam respeito. São bruxos com pensamentos como o seu que envergonham a magia – ela gritou – Que tola eu sou, esperando algo decente de você – ela disse se levantando, pronta para ir embora, mas Draco a parou.
-O que quer que eu faça para você confiar em mim? Quer que eu ajoelhe? Quer que eu grite que não sou um monstro sem coração e implore seu perdão?   
-Você me dá nojo! – ela disse se desvencilhando e dando lhe as costas, mas Draco a puxou de volta pelo braço.
-Me diga que não está apaixonada por mim! Grite que me odeia! Vamos Hermione, não é isso que quer? Me despreze. – ele gritou afetando ela em cada palavra – Você não entende. Só queria que compreendesse que eu jamais tive que lutar por alguém, eu jamais amei, mas você, só você, vale essa luta, eu estou tentando, juro que estou, mas eu não posso mudar, e não estou pedindo para você mudar, tudo isso sou eu, EU SOU O QUE VOCÊ VIU TODOS ESSE ANOS! Um sonserino, cínico, convencido, hipócrita, um filho de um comensal, mas mesmo assim, eu não posso mudar o que sou.
-Eu não estou pedindo para você mudar... – ela disse ressentida perdida no olhar perigoso e cinza dele. – eu me apaixonei pelo que você é, e isso me assusta, porque eu não sei se posso amar você.
-Eu deveria ir embora então, ficar longe, assim você estaria protegida até de si mesma, já que você não sabe o que quer. – ele disse cruelmente e magoado.
-NÃO! Por favor, não me deixe. – ela suplicou ao ver que ele estava falando sério quando dizia que ia abandoná-la – eu te quero, Draco.
-Eu sei que quer, mas primeiro você deve decidir se vale a pena se sacrificar por mim, quando você tiver a resposta, eu também terei a resposta para o que me propôs ontem. – ele disse e saiu, deixando-a para trás.
Novamente sozinha, fraca, vulnerável, Draco destruiu de novo as paredes que ela construiu para proteger a si mesma, ele acabou ferindo o orgulho dela, o fez desaparecer, e sem ele, ela não sabia o que fazer. Queria tanto que Draco cedesse, que abandonasse sua missão, que desistisse de tudo por ela. Mas ela entendia exatamente o porquê dele não fazer isso, afinal, ela nunca abandonaria seus pais, nunca daria as costas a Harry e a Rony. Então Draco jamais trairia sua família, sua mãe, seu pai, mesmo que fossem seguidores de Voldemort, foram eles quem deram amor a ele primeiro.
O destino era realmente ruim com as pessoas, machucava os corações, separava amantes, distanciava famílias, determinava quem era mal e quem era bom, mas mesmo que o destino se mostrasse horrível a alguém, não era desculpa tornar-se mal ou rancoroso por isso, afinal, independente de tudo, um dia nasce após o outro.  
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Uma garota de longos cabelos loiros estava procurando um livro na estante, mas mantinha o olhar em um garoto de pele pálida e olhos negros. Observava-o tentando descobrir algo, qualquer detalhe que fosse. ”Ele tem um segredo! O que será? Será que é importante ou algo bobo?” ela se perguntou mentalmente, mas no fundo ela sabia que fosse o que fosse, era importante. Resolveu por sentar em uma das mesas da biblioteca e tirou da mochila um diário velho, que continuava com todas as páginas vazias, sem uma única palavra. Abriu a primeira página. Uma senha. Ela precisava só de uma senha. Melanie Moore. Não. Lucy. Não. “Que praga! O que minha mãe usou para selar esse diário?”
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Hermione entrou na sala de aula, teria dois tempos de poções com o melhor professor que poderia existir: Severo Seboso Snape.
Bufou irritada e se sentou perto de Harry e Rony. Logo Snape chegou com seu bom humor de sempre, deu um floreio com a varinha e várias palavras apareceram no quadro.
-Copiem as instruções. Abram na página duzentos e cinquenta e seis e preparem a poção, sem conversas, sem interrupções, alguma pergunta? – ele perguntou e viu que ninguém se atreveu a dizer nada – ótimo. Comecem.
“Nossa, o Snape é realmente um amor de pessoa...” Hermione pensou irônica e começou a poção, logo, viu um passarinho de papel pousar em sua mesa. Era de Draco.
“Irritada comigo ainda, sabe-tudo? Me desculpe por ontem, por favor, fui um idiota com você. Bom, isso está virando rotina... Pensei bastante no que me disse, talvez, olhe bem, talvez eu aceite o que me propôs, mas acredito que não seja uma boa ideia você saber meus segredos. Eu sinto falta dos seus beijos... Mas só uma dúvida... o que o Snape tem? Acho que ele ‘tá com TPM.
D.M.”
Hermione sorriu, ele realmente estava se esforçando para reconquistá-la. Pegou um pergaminho e começou a escrever.
“Sabe que talvez eu não esteja tão irritada assim? Não há o que ser perdoado... Mas é bom mesmo você aceitar minha proposta, não te quero mal, sabe muito bem que gosto de você... Bom, eu não vi nada de diferente no Snape sabe... todas as aulas ele tem essa cara de morcego, sério, eu tenho medo dele, por que usar sempre preto? Ele é gótico por acaso?
H.G.”
Discretamente tocou o papel com a varinha e um passarinho se formou, este voou até Draco, que pegou o papel e leu, controlou-se para não rir e começou a escrever outro bilhete.
“Nossa, Hermione Granger, a sabe-tudo, declarando que gosta de um sonserino? Merlin! O mundo vai acabar! Mas já parou para pensar em uma coisa? Que mulher, em sã consciência, namoraria o Snape? Não, seria muito engraçado, ‘Snape eu te amo’, ‘Snape me beija’, ‘Snape seu nariz tá atrapalhando nossos beijos’, ‘ai, Snape!’ Sério, já pensou nisso?
D.M.”
Hermione se segurou para não rir, naquele momento o professor estava verificando o andamento das poções, olhou ele e ficou imaginando cenas.
-Do que está rindo? – Harry perguntou estranhando-a.
-Nada – ela disse com um sorriso nos lábios e puxou um outro papel.
“Você é louco! Pare de me desconcentrar, minha poção está horrível por tua causa, Merlin! Eu não consigo ver uma cena dessas que você falou, estou pensando seriamente se o Snape é virgem. Ou, é claro, joga em outro time. Depois nos falamos.
H.G.”    
Ela enviou o passarinho e viu Draco sorrir, ele leu e depois olhou para ela, com seu sorriso cínico, a fazendo corar e desviar o olhar.
-Ora, ora, ora. O que são esses papéis em sua mesa, Srta. Granger? – Snape perguntou se aproximando.
-Anotações, professor – ela disse rápido e recolheu os bilhetes de Draco.
-É claro, e creio que queira compartilhar com seus colegas.
“Ah, pode apostar!” ela pensou.
-Na verdade não. – ela disse e pediu a Merlin para Snape não ler os bilhetes.
-Permita-me. – ele disse e pegou os pergaminhos, quando ia começar a ler, alguém o empurrou e os pergaminhos caíram na poção que Hermione estava preparando.
-Me desculpe professor, eu tropecei, sinto muito mesmo – Draco disse com a cara mais inocente que conseguiu. – Eu ia te entregar minha poção, está pronta. – ele estendeu o frasco para Snape, que pegou.
-Tudo bem Sr. Malfoy, agora creio que a poção da Srta. Granger não funcione mais, então vai levar um zero. – ele disse zombeteiro dando as costas à Hermione, que não acreditava ainda que tinha levado seu primeiro zero.
“Merlin! Quando ele vai largar do meu pé?” ela pensou e viu Draco olhar para ela como se pedisse desculpas.
A aula de poções acabou, era a última aula do dia, Hermione saiu das masmorras perdida em pensamentos, mal conseguira prestar atenção em sua própria poção e levara um zero. Resultado: Não obteve nenhum “ótimo” como sempre conseguia. Culpa de suas conversas com Draco. “Ele me desconcentrou, que droga!” Pensou rindo
Caminhava cansada até o salão comunal, querendo chegar até lá logo para descansar, mal percebia por onde andava, não conseguia pensar no que responder a Draco, o fato era que ela tinha certeza que queria ele. “Mas e a maldita missão dele?” perguntava-se “E se ele tiver que ser um comensal?”. Parou seu caminho assim que escutou uma melodia tocada por um violão. Uma melodia que a atraia mais e mais, mas ela resolveu seguir seu caminho, quando escutou uma voz firme, arrastada e sofrida cantar.
I wanted you to know I love the way you laugh
(Eu queria que você soubesse que eu amo seu jeito de sorrir)
I wanna hold you high and steal your pain away
(Eu quero te abraçar bem forte e levar sua dor pra bem longe)
I keep your photograph; I know it serves me well
(Eu guardo sua fotografia; eu sei que ela me faz bem)
I wanna hold you high and steal your pain
(Quero te abraçar bem forte e roubar sua dor)


Era Draco, cantando perfeitamente, atraindo-a até a sala onde ele se encontrava, a porta estava quase fechada, só com uma pequena fresta, mas a garota a empurrou e encontrou Draco de costas para ela, olhando pela janela enquanto o sol se punha devagar no horizonte, deixando sua luz penetrar em cada canto da sala, cegando os olhos da garota a princípio, mas ela tinha certeza, era ele ali, e ela não precisava que ele lhe dissesse que era de seu sorriso que ele falava, era ela que ele queria abraçar. E ela conhecia aquela letra, era a canção que encontrara no caderno dele. E ela não se controlou e começou a cantar junto com ele. 

‘Cause I'm broken when I'm lonesome
(Pois eu fico despedaçado quando estou sozinho)
And I don't feel right when you're gone away
(E eu não me sinto bem quando você vai embora)

Ele se virou surpreso vendo a voz fina e trêmula dela se unir à dele naquele canto sofrido. Ele sorriu por dentro e cantou para ela.

You´ve gone away
(Você se foi)
You don´t feel me here, anymore
(Você não me sente aqui, não mais)

Aquela canção fazia eles se lembrarem do que já havia acontecido aos dois, a briga na cabine, o primeiro beijo dos dois, arrancado à força por ele, retribuído com desejo por ela, depois a discussão no lago em que ambos acabaram encharcados e com detenções. As detenções... Foram várias, cada um tentando evitar o outro nelas e sempre acabavam discutindo, mas depois, não sabiam quando ao certo, começaram a ver que precisavam um do outro. Ele lançou um olhar a ela, querendo que ela prosseguisse a canção e ela atendeu ao seu mudo pedido.

The worst is over now and we can breathe again
(O pior já acabou e nós podemos respirar de novo)
I wanna hold you high, you steal my pain away
(Eu quero te abraçar bem forte, e mandar minha dor pra longe)
There's so much left to learn, and no one left to fight
(Ainda há muito o que aprender, e ninguém mais para brigar)
I wanna hold you high and steal your pain
(Eu quero te abraçar bem forte e roubar sua dor)

Todo lamento era atirado para fora de seu peito enquanto cantava aqueles versos para Draco, mas será que o pior acabou mesmo? Isso já não importava naquele momento, ela só queria ficar com ele, queria beijá-lo, amá-lo. E cantaram juntos.
 
‘Cause I'm broken when I'm open
(Pois eu fico despedaçado quando estou aberto)
And I don't feel like I am strong enough
(E eu não sinto que sou forte o suficiente)
‘Cause I'm broken when I'm lonesome
(Pois eu fico despedaçado quando estou sozinho)
And I don't feel right when you're gone away
(E eu não me sinto bem quando você vai embora)

Lembraram-se de repente do ataque à Hogsmeade, se Bellatrix não estivesse naquela floresta aquele dia, talvez eles já estivessem juntos, mas depois de terem sido torturados, ambos temiam que aquela cena acontecesse de novo, mas sabiam que mesmo que estivesse longe um do outro estariam em perigo, se estivessem juntos poderiam proteger um ao outro.

‘Cause I'm broken when I'm open
(Pois eu fico despedaçado quando estou aberto)
And I don't feel like I am strong enough
(E eu não sinto que sou forte o suficiente)
‘Cause I'm broken when I'm lonesome
(Pois eu fico despedaçado quando estou sozinho)
And I don't feel right when you're gone away
(E eu não me sinto bem quando você vai embora)

Ficariam juntos e lutariam, mal sabiam que o destino nem sempre reserva boas surpresas, mal sabiam eles que cedo ou tarde chegaria o confronto que decidiria a vida deles, mal sabiam que aquela canção estava principiando um futuro cruel, marcado de lágrimas e feridas, mal sabiam que um dia estariam mais ligados do que imaginavam.

‘Cause I'm broken when I'm open
(Pois eu fico despedaçado quando estou aberto)
And I don't feel like I am strong enough
(E eu não sinto que sou forte o suficiente)
‘Cause I'm broken when I'm lonesome
(Pois eu fico despedaçado quando estou sozinho)
And I don't feel right when you're gone away
(E eu não me sinto bem quando você vai embora)

Draco temia pela vida dela, nunca sentiu o que sentia agora, queria protegê-la, renegar seu destino, mas sabia que precisava dela, terminou a música sozinho, com sua voz arrastada e cortante.

You´ve gone away
(Você se foi)
You don´t feel me here, anymore
(Você não me sente aqui, não mais)

Ficaram fitando um ao outro, castanho no cinza, cinza no castanho, até que Hermione falou.
-A porta estava aberta, eu...
-Não precisa se explicar – ele a cortou com a voz calma e se deu conta de algo. – Você está com meu caderno, não é?
-Estou – ela disse derrotada, afinal ele logo perceberia, já que ela sabia a letra da música. Pegou o caderno dele na mochila e entregou a ele.
-Leu tudo... – ele disse a si mesmo, não era uma pergunta, era uma afirmação – agora sabe a minha missão. – sussurrou.
-Você tem que encontrar essa tal pedra? A pedra do destino? – ela perguntou e ele assentiu, sonegando a ela informações a mais sobre aquilo, omitindo a parte mais perigosa e cruel do que teria que fazer – não posso fazer você abandonar sua missão, tanto porque eu nunca trairia minha família, e por isso, não podemos ficar juntos, até quando sonegaríamos informações um do outro? Você do lado de Voldemort, eu do lado da ordem da fênix. É impossível que...
-Eu aceito o que você propôs... – ele a cortou – posso aprender a confiar em você, podemos sim ficar juntos, mas só se você prometer também confiar em mim. – ele disse e viu a face hesitante dela, pegou sua mão e a colocou sobre o próprio peito, prendendo a mão dela entre a dele, e seu coração – diga sim, entre em meu coração, você verá que existe um Draco que realmente vai valer a pena lutar. Eu quero você. Olhe nos meus olhos, eu nunca vou te machucar.
-Eu só sou uma sangue-ruim, como você sempre disse, então por que me quer depois de todo esse tempo? – ela perguntou testando-o divertida.
-Porque apenas não ignoramos isso e seguimos para a próxima fase? – ele perguntou sorrindo e mais uma vez tomou-a nos lábios, explorando a boca daquela garota com desejo, traduzindo por esse toque as juras de amor nunca ditas, desejando jamais abandoná-la. E a testemunha desse amor, era somente os fracos raios de sol que se dispersavam na tarde, enquanto o céu pintava-se devagar com as cores do crepúsculo e a noite surgia serena, fria e estrelada.
Mas de repente Hermione não via mais o dia se dispersando, estava mergulhada no que a princípio achou que fossem pensamentos, mas percebeu que não se tratava de pensamento algum. Ela via Draco, seu rosto feliz, seu sorriso cínico e brincalhão a fitando... Mas logo isso se transformava e o que ela via era um Draco triste, magoado, distante e fraco, seu olhar mais cinzento do que o normal, como uma tempestade num dia frio e logo um relâmpago se fez brilhar no céu, não, não era um relâmpago, era uma marca negra, brilhando e trazendo horror, mas logo ela já não brilhava, estava completamente negra e se destacava em um braço extremamente pálido... Depois um véu branco separava dois amantes da realidade, uniam-se mais e mais a cada beijo, a cada toque... Uma badalada distante se fez ouvir na noite fria, era o sino de uma torre que anunciava a meia-noite ao mesmo tempo em que um uivo glorificava a lua e fazia a floresta estremecer de medo... Um choro infantil, era um bebê recém-nascido com o olhar mais lindo que alguém já vira...
Hermione separou seus lábios dos do loiro voltando à realidade.
-Você está bem? – ele perguntou vendo que ela estava pálida.
-Estou, apenas me abrace... – ela disse afundando o rosto na camisa do garoto, pensando no que acabara de ver, era tudo muito confuso, sem significado algum...
-Eu tenho uma coisa para você – Draco disse enquanto a soltava do abraço e procurava algo na própria mochila – queria ter entregado ontem, mas não pude obviamente. – ele sorriu e entregou uma caixa preta de veludo à Hermione. – Feliz Aniversário.
A garota pegou a caixa e abriu, para sua surpresa, dentro dela havia um colar com a corrente em prata e um pingente em forma de coração, era vermelho e cravejado de diamantes, ela olhou aquele presente delicado espantada.
-Eu não posso aceitar – ela disse, mas Draco não permitiu os protestos dela. Pegou o colar e colocou delicadamente no pescoço dela.
-É seu, não pode devolver meu coração. E a partir de agora, você é minha namorada. – ele disse sorrindo e a garota o puxou para um mais beijo terno e único, selando o destino de ambos.
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No dia seguinte...
Draco olhava o céu calmamente, via as nuvens em suas formas estranhas e leves, sua cabeça estava no colo de Hermione, ela acariciava os cabelos dele devagar, estava distraída. Havia tido mais um sonho estranho, via luzes, pessoas falando coisas desconexas, imagens aparentemente sem significado algum. Não conseguia obter resposta alguma, praticamente virou a biblioteca, mas não encontrou nada, estava pensando seriamente em invadir a seção restrita.
-Alguma coisa está te perturbando – Draco disse fitando-a.
-Não está não, é impressão sua. – ela mentiu.
-Tem certeza?
-Tenho, Draco. – ela respondeu beijando-o levemente nos lábios.
-Me responde uma coisa? Como o Potter e o Weasley reagiram quando souberam do nosso namoro? – ele perguntou divertido.
-Rony ainda não acredita, ele acha que eu não estou falando sério e Harry não falou comigo depois disso. – ela disse triste.
-Engraçado, pensei que ele estivesse com a Weasley...
-Harry não confia em você... esse é o problema. – ela disse respirando cansada.
-E você confia? – ele perguntou em desafio.
-Você sabe que sim. – ela respondeu sorrindo. – vamos juntos no baile de Halloween, não é?
-Claro, pensei que isso já estivesse certo.
-Draco! – Lucy chamou o loiro enquanto caminhava em direção a ele e a Hermione – Preciso falar com você.
-Lucy, tem que ser agora? – ele perguntou desejando ficar sozinho com Hermione.
-Tem, Draco, aconteceu uma coisa... é importante – ela disse com aflição – por favor.
-Vai Draco, eu preciso ir para a biblioteca mesmo, nos vemos mais tarde. – Hermione disse despedindo-se dele com um selinho – Tchau, Lucy!
-Ela me chamou pelo nome? – Lucy perguntou quando a castanha já se fora. – Isso é estranho.
-Acostume-se, agora ela vai conhecer o mundo sonserino. – Draco disse rindo – o que queria?
-O diário da minha mãe desapareceu, sumiu, não vejo nem pó dele mais. – ela disse preocupada.
-Me chamou por causa de um diário? – ele perguntou erguendo uma sobrancelha.
-Draco! Isso quer dizer que já era as chances de eu encontrar meu pai! Tudo acabou! – ela disse irritada.
-Calma, com certeza a gente vai dar um jeito, nós vamos achar o diário de novo, você vai ver. – ele a tranqüilizou vendo que ela estava preocupada e triste.

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Uma semana depois...

Uma garota loira andava despreocupada para o saguão de entrada, trajava um vestido perolado e parecia perfeita como um anjo, mas seu rosto se distorceu em um sorriso triste. “Como eu queria vê-la de novo...” pensou sabendo que nunca mais veria sua mãe, muito menos encontraria seu pai, sua única chance já se fora, o diário havia sido roubado, os segredos do passado ficariam ocultos. Parou de andar e ficou fitando por uma janela o dia se pôr. O baile iria começar em alguns minutos, depois que o sol se fosse. Agora os raios de sol se dissipavam no céu, projetando um dos mais belos espetáculos da natureza. E isso era o que mais Lucy apreciava, queria ser livre, como um pássaro, voar, sentir tudo sob seus pés. Foi então que pela janela viu alguém com uma capa preta andando em direção à floresta proibida, ela estranhou, e como sempre não resistiu ao impulso de ir até lá, como uma autêntica sonserina, a imprudência estava em seu sangue.
Seguiu a pessoa com a capa, até entrar na floresta, alguns instantes depois pensou ter perdido o rastro do desconhecido, mas alguém tocou seu ombro a assustando.
-O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? – Anthony perguntou com a voz no tom mais furioso que tinha, surpreendendo-a por não carregar nem um pouco da sua ironia característica.
-Eu, bem... Estava seguindo alguém – ela disse desconcertada e ao ver o garoto com uma capa negra caída nos ombros se deu conta – peraí, é você que eu ‘to seguindo, vi alguém sair da escola e vir pra cá. O que quer aqui?
-Não é da sua conta. – ele respondeu irritado – agora por que não volta para seu baile, aqui você pode sujar seu belo vestido. – ele disse sarcástico continuando a entrar na trilha.
-O que eu te fiz, hein? Por que está falando assim? – ela perguntou magoada com o tom dele, seguindo-o.
-Se você for realmente esperta, volte para o castelo, se não, enfrente o perigo dessa floresta, mas já vou dizendo, eu não vou poder fazer nada por você. ENTÃO VOLTE.
-NÃO. – ela gritou em resposta, mas se calou a ouvir um barulho distante.
-Moore, seja esperta, não complique para mim, não tenho muito tempo – ele disse fitando o céu que escurecia cada vez mais.
-Ótimo, vou voltar então. – ela disse e começou a voltar para o castelo, deixando Anthony para trás, mas quando ficou fora do campo de visão dele, a garota não existia mais, seu corpo inteiro diminui ao passo que ganhava asas e no seu lugar havia um pássaro branco, que levantou vôo, suas penas leves balançavam o ar e tinha um objetivo: Descobrir o que Anthony estava fazendo.
Lucy voou alto, achando o garoto de cabelos negros na escuridão da noite, se afastando cada vez mais do castelo, entrando numa floresta perigosa sozinho, enquanto o sol finalmente partia e dava lugar à completa escuridão e à lua.
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Uma melodia começava a ser tocada enquanto Hermione descia as escadas devagar para o saguão
de entrada, usava o vestido que Harry lhe dera, era rosado e contrastava com sua pele, revelando
suas curvas, no rosto uma maquiagem leve iluminava seu olhar, tornando-o delicado. Estava 
usando ainda o colar que Draco lhe dera de aniversário, o vermelho brilhava sobre a prata, como 
se fosse seu próprio coração. 
 
Every night in my dreams
(Todas as noites, nos meus sonhos,)
I see you, I feel you,
(Eu vejo você, eu sinto você...)
That is how I know you go on
(É assim que eu sei que você continua...)
 
Encontrou o olhar azul-acinzentado que procurava e sentiu-se corar pela intensidade com que ele 
a fitava, terminou os degraus e pegou na mão que o loiro a oferecia. Draco então beijou 
delicadamente o dorso de sua mão, não deixando de fitá-la nos olhos e logo depois a tomou nos 
lábios, explorando a boca da garota que mais amava com desejo e paixão.
 
-Está na hora de todos saberem que você é minha. – ele disse depois de separar seu rosto do dela 
e juntos entraram no salão principal.   
 
Far across the distance
(Longe, atravessando distancias)
And spaces between us
(E espaços entre nós)
You have come to show you go on
(Você tem que mostrar que você continua...)
 
O salão estava irreconhecível, as velas que flutuavam sobre as mesas emitiam uma luz azul 
fluorescente, abóboras estavam distribuídas pelo salão deixando evidente que aquele era o baile de 
Halloween, as quatro mesas das casas deram lugar a mesinhas circulares espalhadas e havia uma 
pista de dança bem no centro do salão, onde alguns casais já dançavam. As garotas com seus 
longos vestidos volumosos e com ar principesco, exibindo olhares de inocência e paixão a seus 
acompanhantes, que trajavam vestes a rigor elegantes, mais parecendo príncipes. Sem pensar 
Draco guiou Hermione até o centro, onde começaram a dançar deforma apaixonada.  
 
Near, far, wherever you are

(Perto, longe, onde quer que você esteja)
I believe that the heart does go on
(Eu acredito que meu coração vai continuar...)
Once more you open the door
(Mais uma vez você abre a porta)
And you're here in my heart
(E você está aqui no meu coração)
And my heart will go on and on
(E meu coração vai continuar e continuar...)
 
-Sabe que você não dança tão mal? – o loiro sussurrou no ouvido da garota fazendo-a estremecer.
 
-Aposto que é só uma questão de tempo para você pisar no meu pé! – ela devolveu e sorriram.
 
Love can touch us one time
(O amor pode nos tocar uma vez)
And last for a lifetime
(E durar por toda a vida)
And never let go till we're one
(E nunca ir embora até nós partirmos)
 
Hermione apoiou a cabeça no ombro dele enquanto dançavam conforme a música, felizes por 
finalmente estarem juntos, nem mesmo percebiam os olhares confusos dos outros alunos, que os 
viam como se fossem o casal mais estranho e ao mesmo tempo o mais apaixonado daquele baile.
Tanto tempo e finalmente estavam ali, juntos... e de repente Hermione se lembrou de algo que 
acontecera há algum tempo.
 
“-Hermione, que cena foi aquela? - Gina perguntou ficando no caminho da amiga.
-Foi exatamente o que você viu – ela disse limpando as lágrimas.
-Como vocês conseguem ser tão infantis? Só conseguem ferir um ao outro. Hermione será que você não entende? Ele gosta de você, mas aparece que você não enxerga isso.
-Ele? Conta outra piada, Gina – ela disse indiferente à afirmação da ruiva.
-Piada? Não é piada. Você é tão infantil e por causa desse seu orgulho não consegue aceitar que o ama também.
-Eu? Eu não amo o Malfoy. Eu...
-O odeia? Tem certeza? Quantas vezes ao dia você pensa nele? Quantas vezes ele já te beijou? O que você sente quando isso acontece? Ou melhor, o que você sente quando ele está perto de você? E quando ele te diz coisas ruins? – ela disse fitando a expressão magoada da castanha e finalizou – Comece a rever isso minha amiga, pois Hogwarts inteira já sabe de vocês dois. – a ruiva disse séria e se afastou da amiga, deixando-a mais preocupada e ferida. Algumas lágrimas brotaram de seus olhos e ela ficou parada, pensando no motivo de estar acontecendo isso com ela.”
Tanto tempo ignorando seus sentimentos, fingindo que o desprezava... para que? Para perceber que não conseguia viver sem ele, para se dar conta que tudo parecia mais feliz quando ele estava por perto.  
Love was when I loved you
(Amor foi quando eu te amei)
One true time I hold to
(Uma vez de verdade, eu segurei você)
In my life we'll always go on
(Nessa vida nós sempre continuaremos...)
 
Draco beijou delicadamente o pescoço dela,seguindo uma trilha até seus lábios doces e investindo suavemente suas mãos na cintura e nas costas da garota.
“Merlin, eu não lembro nem meu nome mais... Como ele tem todo esse poder sobre mim?” ela pensou sentindo arrepios, ciente que ele estava fazendo aquilo de propósito. 
-Você me ama? – ele perguntou quase num sussurro sabendo o quanto ela estava se sentindo 
provocada. – hein?
 
“Qual foi a pergunta? Peraí, era ‘Quer me beijar? ’, não, era ‘quer ir pra cama? ’ PQP, o que ele 
disse mesmo?”
 
-Então Hermione? – ele perguntou ainda sem parar de beijar o pescoço e os lábios dela – Você 
me ama?
 
-Amo. – ela respondeu num sussurro e organizou seus pensamentos, empurrando o loiro alguns 
dela, ele ergueu a sobrancelha contestando-a sobre o porque dela ter se afastado, a garota corou 
e desviou o olhar dele, Draco soltou uma de suas risadas cínicas sabendo aquela era sua menina.
 
Near, far, wherever you are
(Perto, longe, onde quer que você esteja)
I believe that the heart does go on
(Eu acredito que meu coração vai continuar...)
Once more you open the door
(Mais uma vez você abre a porta)
And you're here in my heart 
 (E você está aqui no meu coração)
And my heart will go on and on
(E meu coração vai continuar e continuar...)
 
-As pessoas vão ficar falando de nós... – ela comentou depois de um momento.
 
-É sempre assim. – o loiro disse e fez ela encará-lo nos olhos ainda guiando - a naquela bela 
dança – Me escute, Hermione, as pessoas sempre vão dizer, elas vão inventar mentiras, vão dizer 
que nunca daremos certo, mas o que eles sabem? Não sabem nada. Ninguém pode nos separar.
 
You're here, there's nothing I fear,
(Você está aqui, e não há nada que eu tema)
And I know that my heart will go on
(E eu sei que meu coração continuará...)
We'll stay forever this way
(Nós ficaremos para sempre desse jeito)
You are safe in my heart
(Você está salvo em meu coração)
And my heart will go on and on 
(E meu coração continuará e continuará...)
 
-Que tal bebermos alguma coisa? – Draco perguntou enquanto a guiava para uma mesa. Foi pegar 
uma bebida para eles e deixou ela sozinha esperando. Logo, alguém sentou na cadeira ao lado de 
Hermione.
 
-Como vai querida? – Pansy Parkinson perguntou com sua voz debochada – sabe que é até 
engraçado te ver com o Draco?
 
-Ah, é, Parkinson? Por quê? – Hermione perguntou fitando a garota com desprezo.
 
-Qual é, Granger? Pensei que fosse inteligente – ela zombou rindo da cara da castanha – certo, 
tenho que cumprimentar o Draco, ele realmente conseguiu fazer você gostar dele, vai ser muito 
divertido quando ele te dar um “pé na bunda”. Mas eu fico pensando em quem ele vai escolher para
te trair...
 
-Cala a boca,ele não vai me trair querida, não sou uma vagabunda para ser comparada a você, não
 sou um brinquedinho para o Draco, como você foi. Agora, quer me dar licença? Você está poluindo 
meu ar. – Hermione falou decidida provocando a fúria de Pansy, mas ela se levantou ao ver Draco 
se aproximar.
 
-Oi Draquinho! Faz tempo que a gente não se diverte, hein? – ela disse piscando um olho e indo 
para outro lugar do salão.
 
-O que ela queria? – Draco perguntou sentando-se e oferecendo um copo de hidromel para 
Hermione.
 
-O que mais ela poderia fazer aqui? Me irritar é claro. – ela respondeu emburrada bebendo a bebida.
 
-Ei, não liga para ela, tá? – o loiro disse obrigando-a a olhá-lo nos olhos e beijando-a levemente nos
lábios.
   
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Harry dançava devagar com Gina, ele podia perceber o quanto ela estava mal. Seus cabelos ruivos estavam presos em um coque, deixando algumas mechas soltas que lhe caiam pela face, ela usava um longo vestido azul claro que lhe caía suavemente pelo corpo. Ela estava linda, mas em sua aparência exibia certa tristeza, que ficava mais evidente em seu sorriso cansado. Mas ainda assim, ela era bela, bela em sua aparência, bela em seu olhar triste, uma beleza na tristeza. Harry não sabia o que fazer, sabia que havia algo de errado, mas sua ruiva insistia em negar, em esconder a verdade. O moreno tinha medo de perdê-la e várias vezes já havia considerado a opção de se manter longe de Gina para protegê-la. Sabia que era um perigo para todos permanecerem perto dele, um garoto marcado, cheio de tristezas e ódio de seu destino. Mas ele simplesmente não conseguia. Guiava-a pelo salão numa dança lenta e romântica, abraçando-a gentilmente e capturando os lábios doces da garota que tinha certeza que amava.

-Harry, você me ama como diz? – Gina perguntara mergulhando seus olhos tristes nos verdes de Harry.

-Mais do que minha própria vida... – ele respondeu tomando-a nos lábios com amor.

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“Não pode ser...” Lucy pensou tentando convencer a si mesma de que o que ela via era pura ilusão. Ela pousou perto de Anthony e voltou à sua forma humana. Anthony estava ajoelhado, os braços estendidos no chão como apoio, ele gritava, fitava a lua, suas pupilas se dilataram tornando-se mais negras ainda. Seu corpo aumentava de tamanho, pêlos iam surgindo em seu corpo.

-Anthony, o que está acontecendo? – Lucy perguntou sacudindo o garoto desesperadamente.

Mas ele não conseguia responder, sua face estava transformada e exibia uma feição canina, de dor, de sofrimento, mas principalmente, de desespero e medo. Seus dentes cresceram, tornando-se afiados e mortais, seu olhar humano havia sumido. Anthony Wolhein era um lobisomem agora.

Transformação completa, sentidos apurados. Ele sentiu a presença de uma garota, uma presa fácil em uma floresta distante e escura. Ele não sabia quem ela era, não se lembrava de nada de seu lado humano, mas o cheiro dela era familiar, sua mente não controlava mais seu corpo, o lobo humano avançou, mas Lucy foi mais rápida e voltou a ser um pássaro delicado, mas mesmo assim ágil. Ela voou e distanciou-se da fera, o lobo uivou para a lua no céu e foi-se para mais dentro da floresta desistindo daquela presa, mas o pássaro o seguiu.

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-Fico pensando, por que será que Dumbledore não fez só um jantar como todos os anos no dia das 
bruxas? – Draco perguntou.
 
-Talvez ele queira que os alunos se divirtam, estão todos com medo de serem atacados, ele deve 
estar querendo diminuir um pouco esse medo. – Hermione respondeu fitando a mesa dos professores
 onde o diretor estava conversando com Snape e McGonagall conversava com Sprount. – ou talvez
eles tenham algo importante a dizer. – ela completou ao ver Dumbledore se levantar.
 
Todos perceberam e logo o salão ficou mergulhado no silêncio, os alunos curiosos, os professores 
preocupados, o diretor pensativo e fitando os rostos de seus alunos.
 
-Boa noite a todos, espero que estejam gostando desse baile, é claro que devem ter estranhado já 
que sempre fazemos apenas um jantar, mas esse ano é um ano diferente. – ele disse e fez uma 
pausa,mas logo começou a falar novamente – Devido aos ataques recentes vocês vão voltar a ter 
aulas de duelo, contratamos um professor novo, mas ele só estará aqui amanhã. Preciso avisar 
também que vocês deverão voltar para suas casas no natal, mas que teremos um grande baile na 
noite antes de sua partida, vocês regressarão a Hogwarts três semanas depois. E a partir de 
amanhã, nenhum aluno deverá andar sozinho pelos corredores, e depois das dez da noite todo  
aluno que for encontrado fora de seu salão receberá detenções, não podemos mais nos arriscar, 
Hogwarts não é mais a mesma, e vocês devem saber disso,tempos difíceis chegaram, confiem nos 
amigos, tomem cuidado com as pessoas, elas podem não ser o que aparentam, mas principalmente, 
protejam-se uns aos outros, unam-se não somente por suas casas, mas pela escola inteira, 
Hogwarts é só uma e o segundo lar de todos vocês. – Dumbledore encerrou e sentou-se em sua 
cadeira.
 
Imaginou o que aqueles jovens sofreriam pela frente, ele já não era forte o suficiente para protegê-
los, estava envelhecendo e sabia que chegaria o dia em que ele não iria mais estar em Hogwarts. 
Como ele dissera, tempos difíceis chegaram.
 
-Pergunta respondida, Draco – Hermione dissera respirando profundamente.
 
-Acho que Dumbledore acabou com animação de todos. – ele disse percebendo a tensão de todos, 
mas logo uma música agitada começou a tocar, aliviando o clima no salão. – ou não... 
 
-Hermione, posso falar com você? – Harry perguntou se sentando em uma cadeira vazia ao lado 
dela – Ah! Malfoy, você... 
 
-Como vai, Potter? – o loiro perguntou com sua voz arrastada.
 
-Bem – ele respondeu, mas logo voltou-se para Hermione – me diga uma coisa, o que a Gina tem?
 
-Não sei, Harry, ela está estranha, mas toda vez que eu pergunto ela foge do assunto, ela parece 
triste... Você não fez nada, né?
 
-Claro que não, ela não me diz o que tem... – ele disse baixo – sabe preparar uma poção da 
verdade? – ele brincou.
 
-Não, não sei. Viu o Rony?
 
-Vi, está com a Lilá. Eles não se largam um minuto, fico pensando o que os gêmeos fariam com 
ele se estivessem aqui. – ele disse rindo e esse levantou – vou voltar para a Gina, e toma cuidado 
com o Malfoy – ele completou baixo só para ela ouvir.  
 
-Hermione, vamos sair daqui um pouco, quero te mostrar uma coisa... – Draco disse enquanto 
guiava-a para os jardins de Hogwarts.

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-Harry, eu não tenho nada, já disse. – Gina falou irritada entrando numa sala ao lado do saguão de entrada e começou a olhar a lua por uma janela.

-Desculpa, é que você parece diferente – ele disse abraçando-a por trás.

-É o que você acha – ela disse virando-se de frente para ele.

Gina fitou os olhos verdes dele e afundou-se em seu olhar, devagar começou a beijá-lo intensamente enquanto ele a mantinha firme pela cintura, Gina levou uma das mãos até a nuca dele, puxando-o mais para si e arranhando-o fracamente com as unhas.

-Sabia que eu te amo? – a ruiva disse entre beijos, sorrindo pela primeira vez em dias.

-Eu também te amo minha ruivinha. – Harry disse prensando-a mais a seu corpo e a beijando com mais desejo. Gina, perdida em novas sensações abrira os primeiros botões da camisa do moreno, e ele reagira a isso. – Gina, eu não vou te forçar a nada e não quero fazer nada do que você se arrependa depois. – ele disse baixo, sentindo a respiração ofegante dela.

-Desculpe, Harry – ela disse fracamente – eu não estou... pronta. – ela falou e se afastou dele, mas Harry a puxou pela mão.

-Vem cá – ele falou a abraçando – não precisa se desculpar, temos muito tempo pela frente ainda, Gina. – ele disse no ouvido dela.

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-Era isso que queria me mostrar? – Hermione perguntou fascinada enquanto fitava o céu calmamente, tendo o loiro a abraçando pelas costas.

-Era, gostou? – ele perguntou sussurrando no ouvido dela.

-É lindo.

No céu várias estrelas brilhavam, belas e misteriosas, e o futuro estava guardado dentro delas. E os dois ficaram juntos, olhando as estrelas, inertes do tempo. Imaginando o futuro calmamente, desejando que aquela guerra acabasse logo e eles pudessem ficar juntos, vivendo aquele romance o máximo possível.  

-Draco, olhe aquilo. – Hermione disse apontando para a floresta proibida. Várias luzes azuis e vermelhas estavam sendo disparadas ao mesmo tempo – O que está acontecendo lá?

-Seja o que for, é melhor não irmos ver – Draco fala preocupado – Sabe, eu acho melhor irmos dormir, o baile está no fim já, não tem quase ninguém mais por aqui – ele disse fingindo estar cansado.

-Tudo bem, até amanhã então – ela disse beijando levemente os lábios do loiro e começou a andar em direção à torre da grifinória.

-E agora o que aconteceu? – o loiro resmungou saindo do castelo e seguindo a trilha para a floresta proibida, indo em direção aos brilhos que vira antes.

Hermione parou de andar e ficou olhando o loiro, ele resmungou alguma coisa e em seguida saiu do castelo.

“Ele está aprontando alguma!” ela pensou e começou a segui-lo sem que ele percebesse.

Draco entrava calmamente na floresta, sem sequer se afetar pelo ambiente escuro e frio, ignorando completamente os sons sombrios das feras que habitavam aquele ambiente, mas Hermione aparentava estar com medo, arrepiando-se a cada ruído que ouvido. Ela começou a perder Draco de vista e tentou andar mais rápido, mas os galhos das árvores a arranhavam, e ela tropeçava várias vezes em raízes e outros obstáculos. De repente se deu conta que não sabia por onde Draco havia ido, começou a olhar para todos os lados procurando o loiro, mas logo percebeu que nem sequer lembrava-se por qual caminho viera.

A floresta era escura e ela não sabia em que parte estava, olhou para o céu e viu uma lua isolada, ela estava parada numa floresta desconhecida, ela era escura e a névoa tampava o brilho lunar, sons de animais se misturavam ao som das folhagens, o pavor inundava seu ser, ela nunca sentiu tanto medo assim na vida...
Dois olhos negros começaram a fitá-la e no outro instante uma fera saiu das folhagens, andando em circulas, encurralando-a, estudando aquela presa fácil, preparando um ataque eminente.
Hermione gritou assustada temendo o lobisomem que se aproximava mais e mais dela, lembrou-se de suas próprias palavras anos atrás.
“Um animago é um bruxo que escolhe virar um animal e um lobisomem não tem escolha, em toda lua cheia quando se transforma, ele não se lembra mais de quem é, mataria seu melhor amigo se cruzasse com ele e um lobisomem só responde a um uivo de sua espécie.”
A fera avançou e atacou-a, Hermione tentou escapar, mas foi em vão, o lobisomem a alcançou a machucou violentamente, ferindo-a nas pernas e braços. Seu vestido já estava manchado de sangue e rasgado. Ela já esperava a morte e desmaiou após mais uma investida da fera. Mas um jato de luz atingiu o lobo humano e ele foi ao chão, no entanto voltou-se mais furioso ainda contra seu agressor, dois olhos acinzentados e furiosos se destacaram.
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-Ai,meu Merlin! – Lucy exclamara enquanto acompanhava o trajeto de Anthony, não podia acreditar que ele estava atacando Hermione, mesmo que inconscientemente.
“Faça alguma coisa! Faça alguma coisa! FAÇA ALGUMA COISA!” ela pensou. “Certo, espero que funcione.”
Lucy então começou a fazer um barulho parecido com um uivo, tentando atrair o lobisomem para longe de sua presa.
“Droga! Seja mais convincente Lucy Moore!”disse a si mesma mentalmente e uivou mais algo, dessa vez atraiu o lobisomem para si. “E agora? Ele está atrás de mim! Plano B – virar animaga.” Pensou e tornou-se um pássaro, voando para longe, ciente que se voltasse à forma humana Anthony a atacaria. Mas avistou uma clareira estranha e voou em direção a ela.
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-Sectumsempra! – Draco grita e atinge a fera ferindo-a.
Mas ela resiste até que um uivo distante se faz ouvir, e o lobisomem corre para longe deles, procurando seu igual que o chamara.
-Hermione, você está bem? – Draco corre na direção dela a abraçando, mas vendo-a desmaiada. – Droga! Vou ter que te levar para a enfermaria. – ele resmunga para si mesmo.

-Acho que não, Draco – uma voz masculina disse calmamente para o loiro, fazendo-o se arrepiar de medo com o que pudesse acontecer.

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N/a: Oi, como meus leitores vão indo? Parar nessa parte é sacanagem hein? Suhuhsuhsu, 
Certo, eu sei que demorei, mas por favor, não me lancem um crucio, eu tive uns problemas,
fiquei doente essa semana, foi um tédio, perdi até prova na escola, sem contar as crises 
existenciais que tive, mas eis o cap, a boa notícia é que eu tenho algumas páginas da 2ª 
parte escrita,a má é que eu preciso decidir algumas coisas no próximo capítulo e vai 
demorar um pouco. Bom, como vocês viram esse capítulo teve várias surpresas. Sim, O 
ANTHONY É UM LOBISOMEM, logo logo vocês vão conhecer um pouco sobre ele, e a Lucy, 
bem vocês viram, né? Ela é uma animaga, um lindo pássaro branco... e se vocês prestaram
 atenção no último capítulo,vão perceber que eu cito um pássaro no começo e no fim, é a 
Lucy sim! Para quem quiser lembrar...
 
O dia nascia devagar e os fracos raios do sol penetravam o castelo iluminando-o com cores claras. Em uma das janelas, observando todos os alunos assustados e os professores receosos havia somente um pássaro alvo, qualquer um poderia observá-lo e lamentar que tão belo animal tivesse que presenciar tão horrível fato. Um animal branco que poderia significar paz, a ausência do mal, indiferença, mas era exatamente por isso que o animal não era observado, porque ninguém se mantinha tranqüilo e indiferente diante daquele acontecimento. O animal abriu as asas e ainda sem chamar atenção levantou vôo, longe do terror, seguindo para outro lugar com sua falsa tranqüilidade.
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“Como eu pude ver aquilo antes de acontecer?” ela pensou e observou Harry inquieto ao seu lado. “Uma coisa positiva: Não foi o Draco.” Ela disse a si mesma, pois o loiro estava do seu outro lado, talvez temendo que Hermione fosse a próxima a ser atacada. O que já acontecera em Hogsmeade e poderia retornar a acontecer. Hermione mal percebera que Lucy não estava mais com eles quando um pássaro branco levantou vôo de alguma parte do castelo.


Certo, já lembraram, bom, como perceberam, a Lucy perdeu o diário da mãe dela, ou melhor, roubaram o diário, agora, por que ele é tão importante? Bem, é com ele que a Lucy vai descobrir coisas sobre a família dela, e bem, algumas coisas ela com certeza não vai gostar...
A Hermione e Draco finalmente estão juntos, ushhshuhsu, será que isso vai durar? Parece que a Pansy não gostou da felicidade deles, *eu não sou má, só um pouco cruel suhushush*
E o Harry e a Gina? Parecem bem apaixonados, e nesse cap eles quase se entregaram à tentação... aguardem e confiem, tenho alguns... planos.
Próximo capítulo... Darkness parte 2 – O pássaro ferido, vai acontecer muitas coisas... e vamos conhecer o passado de Melanie Moore.

Quanto aos coments...

Lúh. C. P. – adorei saber que está gostando, bem vinda à fic, continue comentando, viu?  

Karla Dumbledore – Bem vinda à fic, suhuhshushusu, amei seu coment, uma parte desse trecho eu vi num site na internet , mas estava bem mais simples, acho que estava assim “Se Deus fala com você, você é esquizofrênico.” , eu só aumentei ele para se encaixar aqui na fic, já escrevi várias frases irônicas desse tipo e vou colocar elas aos poucos, quanto à sua dúvida, bem eu não assisto House, AINDA, é que eu estou assistindo outras séries no momento e estou meio que sem tempo, mas um dia eu ainda assisto, tenho uma amiga que simplesmente ama House. Continue lendo e comentando.

Bom, como o próximo cap vai demorar vou postar alguns trechos que já escrevi, aproveitem...

Trechos cap. 10 – parte 2

-Adoraria saber como Bella foi capturada, sabia? Ouvi falar que você estava presente – o comensal disse assustando mais ainda o loiro.

“Não tema! Mantenha a cabeça fria.” Draco pensou e retomou a antiga máscara de deboche.

-O que eu podia fazer? – ele disse sorrindo cinicamente – Estava eu fazendo um passeio em Hogsmeade e... BUM! Vejo a marca negra. Sabe que eu não podia fazer nada. Eu recebi ordens expressas do lorde para não me expor.

-Claro, e o que me diz de estar aqui agora... com essa garota? – ele disse apontando para Hermione sem reconhecê-la.

-Vi algo estranho aqui. Vi disparos de feitiços. Quando eu vi, eu entendi que havia comensais aqui na floresta. – o disse com o tom de voz sério.

-Garoto esperto, descobriu tudo isso mesmo sem ter acesso aos planos?
 
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Lucy ouviu tudo atentamente e resolveu espiar a barraca dos comensais, levantou vôo e sem nem ao menos chamar a atenção dos dois homens entrou na barraca. Ela era encantada para parecer maior por dentro e parecia um pequeno apartamento, estava uma bagunça dentro, Lucy resolveu voltar à sua forma humana, assim seria mais fácil para espiar. Começou a andar, havia quatro camas desarrumadas. “Há quatro comensais? Merlin! Não pode ser.” Prestou mais atenção nas camas e percebeu que em cima de uma mesinha havia um diário “Morgana me amaldiçoe! É o diário da minha mãe!” Lucy correu e viu que o diário estava aberto, mais precisamente, estava com palavras. “Não acredito! Alguém conseguiu descobrir a senha!” Pegou o diário, começou a ler.
 
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A lua brilhava fracamente e desaparecia devagar enquanto o dia nascia, um longo uivo se fez ouvir, fazendo a floresta inteira se estremecer, logo um silêncio se apoderou de tudo, um silêncio sobrenatural, como se a floresta sentisse medo da fera e não ousasse chamar sua atenção. Um silêncio medonho.
Dedos compridos, com unhas pontudas, afastaram as folhas banhadas pelo brilho da lua, dois olhos sem pálpebras fixam ao longe a luz e a fera uiva mais uma vez fazendo a floresta novamente se encolher de medo. O céu se pinta devagar com raios fracos, enquanto a lua vai desaparecendo e de repente não existe mais nenhuma fera, só um jovem fraco e cansado caído entre as folhagens, ele abriu os olhos e viu um pássaro branco cair no seu lado, viu que a asa do pássaro estava ferida, tentou pegar o pequeno animal com as mãos, mas o pássaro começou a se mexer e de repente se transformou em uma moça, alguém que ele já conhecia.
-Lucy?

Certo, já falei demais, agora o jeito é vocês esperarem, minhas provas estão acabando, talvez eu consiga um tempo para escrever mais, ou se eu demorar eu posto mais prévias, agora, bye-bye, até daqui a um mês, brincadeira...

Gabi Ravenclaw

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